Alexandre Oliveira posted:É isso mesmo, belas fotos ! Com poucas exceções não havia nem grade separando os aviões dos visitantes, lembro-me também de um Arava israelense e do primeiro modelo do Airbus senão me falha a memória. Os Thunderbirds deixaram os visitantes impressionados e os donos de uma grande granja localizada perto do CTA reclamaram muito pois segundo eles a barulheira diária dos aviões deixaram as galinhas sem botar ovos por vários dias Quem sabe o Brasil um dia volte a ter algum evento assim dada a importância de nossas industrias do setor aeroespacial e defesa.
https://www.youtube.com/watch?v=RaT5QSTjxs8
https://www.youtube.com/watch?v=sKINEWvPlzU
Um abraço.
Alexandre!
Grandes imagens estas de 73 , um dia ainda irão recuperar estes VTs, mas são belas e saudosas deste jeito mesmo.
Apenas lamento pelas galinhas
Abs
Castro
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Copio abaixo matéria interessante com o saudoso Alcântara Machado, certamente de seu conhecimenot, mas vale divulgar :
"Em junho de 1970, o Brigadeiro Paulo Vitor, nesta época Diretor do Centro Técnico Aeroespacial (CTA), visitando o recém construído Pavilhão de Exposição do Anhembi, conversou como o Sr. Osmar Guaselli, da Cia. Alcântara Ltda. Pensou na possibilidade de aproveitar a enorme estrutura metálica do Pavilhão para a exposição de aviões, numa grande feira da Indústria Brasileira. Alcântara Machado, ao estudar a ideia, decidiu organizar um Salão muito maior, nos moldes dos importantes salões aeroespaciais de Le Bourget (França) e Farnborough (Inglaterra). Mas, para isso, seria necessário fazer o salão brasileiro o local de encontro entre os grandes fabricantes e grandes compradores.
O objetivo da feira era, basicamente, comercial. Queriam reunir de um lado, representantes dos principais fabricantes, e de outro, representantes dos governos e empresas aeronáuticas da América Latina. O Salão seria uma porta de entrada para o comércio latino americano, e, também, seria a primeira oportunidade para os brasileiros mostrarem para o mundo os produtos da sua então jovem e dinâmica indústria aeroespacial, que já contava com três fábricas de aviões, uma fábrica de mísseis e centenas de empresas de aeropeças.
Em 1972, o Projeto do Salão recebe o apoio da Aeronáutica Brasileira. Os detalhes, contatos internacionais e localização do Salão Internacional Aeroespacial foram providenciados por uma Comissão Coordenadora. Os locais decididos foram: no Anhembi, exposição estática de peças, equipamentos, turbinas e mísseis; no Aeroporto de São José dos Campos, as demonstrações de voo e a apresentação das aeronaves.
Pra que a Feira fosse realizada, exigiu-se a construção de um viaduto e um trevo rodoviário na Via Dutra, além da construção de mais de 2 km de estrada pavimentada e estacionamentos. Foi exigido também a preparação de uma área gramada de 85.000 m² junto ao aeroporto de São José dos Campos, onde ergueu-se os chalés rústicos para abrigar estandes.
Desta forma, o 1º Salão Internacional Aeroespacial no Brasil se tornou realidade graças aos esforços do Ministério da Aeronáutica , da Alcântara Machado Comércio e Empreendimentos e ao apoio dos Governos do Estado de São Paulo, das Prefeituras de São Paulo e de São José dos Campos. Seria, na ocasião, a oportunidade para demonstrar a industria aeroespacial brasileira que começara a se destacar."