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“...ajoelhar-se na areia branca do fundo do mar, escutando somente o chiado da nossa respiração, em silencioso respeito e observar aquele elegante casco, mesmo desmantelado por uma morte violenta, é ser tomado por uma grande emoção. E eu senti isto...”


Realmente uma visão majestosa, intimidadora para muitos, carregada de sentimentos tão variados quanto profundos, mas que certamente culminam na contemplação. Uma das armas de guerra mais desenvolvidas de sua época, que cobrou preços altíssimos aos seus inimigos e estendeu o poder militar do Terceiro Reich por todo o planeta – agora calmamente eternizada no leito dos oceanos.


Acredite se quiser, um brasileiro passou as últimas décadas percorrendo o mundo para conhecer esses monstros de aço mortalmente feridos, apaixonado desde a infância pelas histórias da guerra naval e seus protagonistas. Conheceu mais de perto do que qualquer outra pessoa aqui no nosso país o verdadeiro mundo dos U-Boats, os submarinos alemães da Segunda Guerra Mundial.


Contudo, para o leitor da Sala de Guerra, este aventureiro não é nem um pouco estranho, pois trata-se do nosso colunista Nestor Magalhães. Quem já leu as crônicas dele aqui, sabe que o Nestor é um mergulhador profissional, que roda o mundo atrás de destroços submersos da Segunda Guerra, nos brindando sempre com histórias únicas e imagens espetaculares.


Pois é exatamente isso que ele nos conta em “U-Boats: Mergulhando na História” (Redes Editora, 272 páginas), um relato de sua série de mergulhos pelo mundo, para conhecer os lobos cinzentos da Kriegsmarine.



Nestor: o intrépido brasileiro caçador de U-Boats. Aqui, ele está no porto de Willemshaven, Alemanha, tendo como fundo o Wiilem Bauer, um original Type XXI alemão da II Guerra recuperado das águas do Báltico


Se a natureza da missão já é singular, o mesmo pode ser dito da escrita da obra, construída em tom leve e apaixonante, ricamente ilustrada e referenciada com curiosidades históricas do maior conflito mundial. Ao chegar à França para mergulhar a caça de um submarino, o leitor viaja junto com Nestor pelas praias da Normandia, seus museus e locais famosos. Não há como largar a leitura!


E quem já leu as histórias do Nestor sabe que ele, melhor do que ninguém, sabe se meter “em altas confusões” no melhor estilo Sessão da Tarde – casos que ele faz questão de entremear na narrativa. Sua “visita” ao U-171, na costa francesa, já foi resumidamente compartilhada aqui na Sala de Guerra, e dá um perfeito exemplo do que estou dizendo! No livro, com a narrativa expandida, muitos outros momentos impagáveis aparecem.



Nestor: o intrépido brasileiro caçador de U-Boats.



A guerra submarina alemã entre 1939-1945, particularmente a Batalha do Atlântico, conheceu momentos de grande sucesso para os caçadores, bem como momentos de extremas dificuldades – quando passaram a ser a caça. Nunca na história outra força teve uma taxa de baixas tão grande, chegando perto dos 75%, mas nunca faltaram-lhe voluntários. A tática da “alcateia”, divisada pelo Almirante Karl Doenitz, colocou em xeque a navegação Aliada nos primeiros anos do conflito, sendo somente vencida por uma guerra tecnológica de intensidade fantástica, que dedicou esforços hercúleos para desenvolver ferramentas que especificamente localizassem e destruíssem os U-Boats.


Essa é uma das razões pela qual a história da guerra submarina é tão apaixonante, e o Nestor faz um excelente trabalho ao transpor para seu livro, de maneira bastante fácil para o leitor, enquanto descreve os submarinos afundados, como se deram os progressos tecnológicos dos Aliados e dos alemães.


Se antes você enxergava um submarino afundado apenas como um monte de metal retorcido, tenho certeza de que sairá desta leitura sabendo pormenores e detalhes técnicos que nem imaginava um dia conhecer! Além, é claro, de fazer uma bela viagem ao redor do mundo com o Nestor, sempre na trilha dos misteriosos e temidos U-Boats.


Adquira sua Edição Especial de "U-Boats: Mergulhando na História" diretamente com o autor, através do e-mail ulissess18@yahoo.com.br. Você receberá o exemplar autografado em sua casa, via postal. O preço da edição é de R$ 42,00.


Fonte: Sala de Guerra
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