Maschinengewehr 42
Antes da MG 42 ser desenvolvida, os alemães usavam como armamento padrão de sua infantaria a MG-34, uma metralhadora projetada nos anos 30. Com o passar dos anos, os alemães perceberam que esta arma não serviria para ser usada em batalhas de longo período pois os recursos e o tempo que se gastava em sua produção eram muito altos, além do que, ela também tinha uma alta propensão a falhas quando estava suja. Houve uma tentativa de aprimoramento da MG-34, que culminou na MG-34S, mas este projeto não obteve êxito.
Para resolver estes problemas que a MG-34 tinha, o Exército Alemão distribuiu, em 1937, para 3 empresas distintas dentre elas a Metall und Lackwarenfabrik Johannes Grossfuss AG, situada em Dobeln, a Rheinmetall-Borsig, situada em Sommerda e a Stubgen, situada em Erfurtm; um contrato de desenvolvimento de uma arma que substituísse a MG-34. A vencedora foi a Grossfuss AG, com um projeto que era de longe o melhor dentre as três, a MG42.
O engenheiro responsável pelo projeto foi o Dr. Werner Gruner Gustolff-Werke que, quando recebeu a missão de projetar e construir esta arma, não sabia nada sobre metralhadoras. Ele era especializado em tecnologias de produção em massa e na construção de armas curtas. O engenheiro buscou participar de um curso militar, junto ao exército alemão, de operação de metralhadoras, para se familiarizar com as características deste tipo de armamento e com as necessidades de seus operadores.
O Dr. Werke reciclou o sistema de trancamento por rolamento da MG-34, que era patenteado pela Mauser, e incorporou algumas características próprias que tirou de sua experiência com os operadores de metralhadoras e de seu aprendizado militar; ele projetou também o maior número de peças em metal estampado possível. Ao invés de fazer o dissipador de calor do cano separado do receiver, como na MG-34, na MG42 eles fizeram estas duas peças juntas e estampadas de uma única “folha” de metal, o que ajudou a poupar tempo e recursos. As outras medidas adicionadas pelos projetistas fez com que fosse possível realizar uma economia final de 30% no custo de produção por arma em relação à MG-34, de 327RM (Reichsmark, moeda da época) passou a custar 250RM, além de precisar de 50% menos material e menos tempo para ser produzida (gastava-se 75 horas/homem nessa nova arma e na MG-34 gastava-se 150 horas/homem) . O armamento resultante foi a MG-39, seu projeto e design final foi aprovado apenas em 1942, dando origem então à MG-42 (Maschinengewehr 42). Seu contrato de produção foi dado as empresas: Mauser-Werke, Gustloff-Werke, Metall und Lackierwarenfabrik Johannes Grossfuss AG, Steyr e Maget. A Grossfuss fabricou a MG42 até meados de 1943.
A nova MG-42 permaneceu similar à MG-34. As únicas diferenças que os operadores poderiam ver, de fato, uma grande diferença era basicamente o seu sistema de alimentação e suas alavancas de manejo. A MG42 agora poderia ser alimentada por um cinto de munição que estivesse mais frouxo, ou por um “drum magazine” com capacidade para 50 munições, que deveria ser acoplado ao receiver da arma, assim como na MG-34. Foi incorporada à MG 42 também, peças que eles aprenderam a duras lições em combate que deveriam ser feitas de outra forma. Tanto a alavanca de manejo do ferrolho, quanto a trava da capa superior e a alavanca de abertura da janela do de troca do cano, foram feitas para que o operador pudesse manejar a MG 42 usando luvas, pois em situações em que a temperatura está abaixo de 0 isso era vital, pois o contato da pele com o metal frio poderia causar sérios danos ao operador da arma. A MG-42 também funcionava melhor em terrenos e situações que apresentavam muita sujeira, diferente de sua antecessora.