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Isso é fato conhecido há tempos. A infame Unidade 731 era responsável por isso.

 

O tratamento dado pelos japoneses aos prisioneiros de guerra e a população civil dos países ocupados por eles, não ficavam muito a dever ao que os nazistas faziam.

 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Unidade_731

 

http://en.wikipedia.org/wiki/Unit_731

 

http://pt.wikipedia.org/wiki/C..._Jap%C3%A3o_Imperial

Last edited by fernando frota melzi
Originally Posted by oswaldo antonelli:

Wawá, embora você  não seja graduado no assunto, dê uma fuçada do Google imagens com "japanese war crimes". Mas esteja muito preparado para as imagens que virão.

 

Uma das coisas que os oficiais de campo mais gostavam de fazer era decapitação com espadas.

 

Há muitas fotografias de barbaridades.

 

Ao contrário dos alemães que cometiam crimes com sangue frio e em sua maioria premeditados, os japoneses sempre foram mais esquentadinhos, tipos os latinos da Ásia, principalmente os com mais poder. Então, nos campos de prisioneiros, quando eles não tinham algo exatamente como queriam, era muito fácil dar exemplo para disciplinar. 

 

No filme "Merry Christmas Mr Lawrrence"- 1.983 David Bowie, Tom Conti, Ryuichi Sakamoto - no Brasil Furyo, Em Nome da Honra, - O diretor japonês ( Nagisa Oshima - O Império dos Sentidos ) mostra de forma suave o tratamento dado aos prisioneiros, perto do que foi a realidade. Pudera, o diretor é Japonês e tentou dar mais uma conotação passional ao seu personagem oficial nipônico, que se apaixonara pelo protagonista inglês interpretado por David Bowie. 

 

O mercado de filmes que explora tanto a causa judaica na Europa, quando se ver esgotado de listas, listras, pianistas e afins, terá terras conquistadas por Hirohito uma grande aventura a explorar.

 

 

Existe e uma questão cultural por trás de todo este comportamento agressivo com os prisioneiros de guerra. Os japoneses não entendiam a redição, para eles isso era maior das vergonhas. Segundo esta visão prisioneiros de guerra eram pessoas sem honra e por isso mesmo mereciam o pior dos tratamentos.

 

Uma coisa interessante a respeito deste comportamento é que uma vez que soldados japonês jamais se deixariam capturar vivos, não recebiam qualquer instrução de como se comportar diante desta situação.  Assim os poucos capturados eram extremamente cooperativos, já que não sabiam o que deviam ou não dizer, acabavam dando todas as informações de que dispunham.

 

Para quem quer entender melhor o comportamento japonês, existe esse excelente livro que fala sobre a cultura japonesa e inclui um estudo feito em 1944 pela autora com o objetivo de permitir ao comando americano entender melhor a cultura e o comportamento japonês.

 

 

 

Originally Posted by Augusto:

Existe e uma questão cultural por trás de todo este comportamento agressivo com os prisioneiros de guerra. Os japoneses não entendiam a redição, para eles isso era maior das vergonhas. Segundo esta visão prisioneiros de guerra eram pessoas sem honra e por isso mesmo mereciam o pior dos tratamentos.

 

Uma coisa interessante a respeito deste comportamento é que uma vez que soldados japonês jamais se deixariam capturar vivos, não recebiam qualquer instrução de como se comportar diante desta situação.  Assim os poucos capturados eram extremamente cooperativos, já que não sabiam o que deviam ou não dizer, acabavam dando todas as informações de que dispunham. 

 

 

Seu Gugu, isso poderia explicar, sem justificar, é claro, o comportamento deles em relação aos soldados inimigos.

Mas nada explica nem justifica o que fizeram com os civis, especialmente os chineses.

 

E mesmo tendo essa diferença cultural, o Japão violou tratados que era signatário. Do link da Wikipedia:

 

"Embora o Império do Japão não tenha assinado as Convenções de Genebra, as quais estabelecem a definição-padrão para crimes de guerra desde 1864, os crimes cometidos podem ser enquadrados em outros aspectos do direito internacional e japonês. Por exemplo, muitos dos crimes atribuídos às tropas japonesas ferem o direito militar japonês, e não foram submetidos à corte marcial, conforme exigido na lei.3 O Império também violou acordos internacionais assinados pelo Japão, incluindo cláusulas do Tratado de Versalhes tais como a proibição do uso de armas químicas, e asConvenções de Haia (1899 e 1907), que protegem os prisioneiros de guerra. O governo japonês também assinou o Pacto Kellogg-Briand (1929), com isso tornando suas ações entre 1937-45 suscetíveis à acusação de crime contra a paz, o que efetivamente foi apresentado no Julgamento de Tóquio para processar criminosos de guerra "Classe A". Criminosos de guerra "Classe B" foram aqueles considerados culpados por crimes de guerra per se, e criminosos de guerra "Classe C" foram os condenados por crimes contra a humanidade. "

 

"A taxa de mortalidade dos prisioneiros de guerra chineses era muito maior porque — sob uma diretriz ratificada em 5 de agosto de 1937 pelo imperador Hirohito — as restrições da lei internacional quanto ao tratamento daqueles prisioneiros foram retiradas.17 Somente 56 prisioneiros de guerra chineses foram libertados após a rendição do Japão.18"

 

Sem contar a mudança verificada entre o tratamento dado pelos japoneses aos prisioneiros chineses na guerra sino-japonesa, e os russos, na guerra russo-japonesa:

 

"A vitória na Primeira Guerra Sino-Japonesa (1894-95) significou a ascensão do Japão ao status de grande potência militar. Diferentemente de outras grandes potências, contudo, o Japão não assinou a Convenção de Genebra — a qual estipula o tratamento humano de civis e prisioneiros de guerra — até o fim da II Guerra Mundial. Não obstante, uma Proclamação Imperial (1894) declarava que os soldados japoneses deveriam fazer todos os esforços para vencer a guerra sem violar leis internacionais. De acordo com o historiador Yuki Tanaka, as forças japonesas durante a Primeira Guerra Sino-Japonesa, libertaram ilesos 1.790 prisioneiros chineses, depois que eles assinaram um compromisso de nunca mais pegar em armas contra o Japão.11 Depois da Guerra Russo-Japonesa (1904-05), todos os 79.367 prisioneiros do Império Russo foram libertados e pagos pelo trabalho prestado, de acordo com a Convenção de Haia.12"

 

http://pt.wikipedia.org/wiki/C..._Jap%C3%A3o_Imperial

 

 

Concordo, explica em parte e não justifica em nada.

 

Uma coisa que poucos falam é que o japoneses eram (dizem que ainda são) muito racistas. Consideravam os outros povos asiaticos como raça inferior o que "permitia" toda a sorte de barbáries.

Last edited by Augusto

Infelizmente e como sempre, quem mais se ferra com este tipo de atitude é a população civil, daí não acredito em qualquer remorso da tripulação do B-29 Enola Gay (Eu ao menos não teria se soubesse que se capturado teria este tipo de tratamento)

Quanto ao racismo nipônico, sei...adoram loiras.

Originally Posted by Augusto:

Existe e uma questão cultural por trás de todo este comportamento agressivo com os prisioneiros de guerra. Os japoneses não entendiam a redição, para eles isso era maior das vergonhas. Segundo esta visão prisioneiros de guerra eram pessoas sem honra e por isso mesmo mereciam o pior dos tratamentos.

 

Uma coisa interessante a respeito deste comportamento é que uma vez que soldados japonês jamais se deixariam capturar vivos, não recebiam qualquer instrução de como se comportar diante desta situação.  Assim os poucos capturados eram extremamente cooperativos, já que não sabiam o que deviam ou não dizer, acabavam dando todas as informações de que dispunham.

 

Para quem quer entender melhor o comportamento japonês, existe esse excelente livro que fala sobre a cultura japonesa e inclui um estudo feito em 1944 pela autora com o objetivo de permitir ao comando americano entender melhor a cultura e o comportamento japonês.

 

 

 

 

Outro excelente livro para se compreender o pensamento japonês é "Bushido - Alma de Samurai" (Bushido - The soul of Japan. An Exposition of Japonese Thought) de Inazo Nitobe.

 

Nitobe, que nasceu em 1862 e faleceu em 1933, escreveu o livro com o objetivo de apresentar ao ocidente o pensamento e a filosofia japonesa.

 

Este ainda está em catálogo no Brasil e pode ser encontrado.

 

Last edited by Mateiro
Originally Posted by Senriz:

Infelizmente e como sempre, quem mais se ferra com este tipo de atitude é a população civil, daí não acredito em qualquer remorso da tripulação do B-29 Enola Gay (Eu ao menos não teria se soubesse que se capturado teria este tipo de tratamento)

Quanto ao racismo nipônico, sei...adoram loiras.

Curioso que o escritor e diretor de cinema James Clavell foi prisioneiro de guerra e depois escreveu livros sobre a cultura japonesa. O mais famoso deles "Shogun" foi transformado em série para a televisão.

 

Lembro de certa vez ter lido que Clavell nutria grande ódio pelos japoneses devido ao tratamento que recebeu quando prisioneiro. Este ódio o levou a tentar conhecer melhor o pensamento japonês. Então o ódio se transformou em admiração pela cultura japonesa.

 

Shogum é justamente a história de um marinheiro europeu que naufraga na costa do Japão e se torna, primeiro prisioneiro e depois samurai. As diferenças entre a cultura europeia e a japonesa é um fator de conflito constatante e serve de guia para apresentar a cultura japonesa, que vamos descobrimos junto com o protagonista da história.

 

Acho que o pior da guerra é isso: a desumanização do inimigo.

Last edited by Mateiro

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