Skip to main content

hehe to rindo do comentario do Carlos Chagas "saido de ferro velho", é exatamete o que eu penso e ja comentei em outro topico que eu vejo exagero em aplicar ferrugem em veiculos terrestres, principalmente o escorrido, que so se da em veiculos maritimos sob forte maresia.  

só uma observação.

Em qualquer quartel, a "lavagem" de veículos de combate é feita com água apenas, um escovão ou um trapo, e pelos recrutas. Quando muito, passam óleo queimado, o que só acumula mais pó e estraga a borracha das rodas. Sabão só no veiculo administrativo do Comandante, e olhe lá. Pelo menos aqui.

Além disso, a pintura, embora seja automotiva comum, não leva verniz, e, com o tempo e o uso, fica encardida. Isso deixa aquele aspecto "enpolvorado" como diz o MIG. O veiculo está limpo, mas encardido.

Isso é diferente de coberto de barro. No CIBld. , atrás do pavilhão onde ocorreu o concurso, havia uns dois Leos, um Guepard e o lança pontes, esses sim com a suspensão cheia de barro seco. Mas eram só as rodas de apoio, os amortecedores, tratora e tensora e alguns outros pontos onde o barro acumula, mas no resto a camada era fina ou só salpicada. Não tinha barro até a escotilha do comandante.

A ferrugem é outro caso semelhante. Todos os veículos têm uma capa de primer, difícil de sair com o uso, e por cima camadas de pintura. Ela só aparece onde não há primer, como os pinos das lagartas, onde foi arrancado como dentes das tratoras, onde há roce do uso ou contato metal-metal, etc. Além disso, a liga do aço de blindagem não enferruja profundamente como uma chapa comum, ficando limitada à superfície. Nas fotos do Assef isso é visível.

Valls

Last edited by Valls

A ferrugem é outro caso semelhante. Todos os veículos têm uma capa de primer, difícil de sair com o uso, e por cima camadas de pintura. Ela só aparece onde não há primer, como os pinos das lagartas, onde foi arrancado como dentes das tratoras, onde há roce do uso ou contato metal-metal, etc. Além disso, a liga do aço de blindagem não enferruja profundamente como uma chapa comum, ficando limitada à superfície. Nas fotos do Assef isso é visível.

Valls

Beleza sobre esta sua argumentação, realmente e visível o que foi dito, mas pergunto e nos veículos da segunda guerra, esta observação e pertinente ate que ponto, pois gostaria de saber a que ponto um bruto daqueles poderia apresentar marcas de ferrugem sem um exagero mórbido. Afinal o material usado na blindagem daquela época poderia apresentar uma estrutura de ferrugem pouco elevada as atuais ou muito maior.

Rubens,

Eu diria que não muda muito, apesar de ser uma situação de guerra. Sempre li que os alemães eram muito perfeccionistas e certamente o padrão de fabricação seria mantido, assim como no caso de americanos, ingleses, etc. .

Já dos russos, sempre li que o processo de fabricação deles era mais, digamos, relaxado, alem de que, depois da invasão alemã e posterior mudança das fábricas para os Urais,  os padrões devem ter sido esquecidos. Os tanques russos de antes e do inicio da guerra, como o T34 inicial p/e,  eram máquinas muito bem fabricadas, mas com o desenrolar da guerra e a necessidade de produção, os padrões caíram muito. Se diz que na STZ de Stalingrado, eles saíam da linha de produção direto para o combate só com o primer.

Assim, imagino que com relação à 2GM, há bastante variação, tanto com relação ao período quanto ao país. O melhor é definir qual veiculo se quer representar e fazer uma pesquisa para definir como vai ser, caso se queira representá-lo com fidelidade.

Mas se o objetivo for baseado no gosto pessoal, qualquer coisa vale.

Valls

Last edited by Valls

Colegas,

Este assunto é controverso...

Acho que "envelhecimentos", "desgastes" e "sujeiras" valem pelo equilibrio do conjunto, mas falar é fácil, acertar nem tanto...

Na realidade, como estes efeitos são aleatórios é dificil obter algo equilibrado, realistico e também agradável, ainda mais quando aquilo que me agrada, certamente não vai agradar à todos.

Mas seja saido do lava-jato ou após um quase apocalipse, gosto não se discute, no máximo se critica construtivamente.

Afinal por mais que já tenhamos montado, a intenção é montar o próximo ainda melhor não é?

PlastiAbraços

 

Por que é que existe a suposição, baseada nas três fotos em preto e branco acima, de que as as áreas escuras daqueles três tanques são marcas de ferrugem?

Não dá para julgar cores a partir de fotos p&b. Só tons, claros e escuros.

O primeiro KV-2 é capturado pelos alemães. Pode-se afirmar isso por causa da cúpula do comandante adaptada, e pela camuflagem branca. Só os alemães pintaram os KV-2 (capturados) de branco, os russos não. Então aquele tom escuro em várias partes é apenas o verde 4B0 original aparecendo sob o branco já desgastado e lavado de chuva.

O segundo KV-2 parece o tal que levou uns tiros, ficou atolado num lamaçal e não conseguiu sair. As tentativas de salvá-lo espalharam lama em tudo quanto é lugar, que secou e ficou mais clara. Tenho mais fotos dele em algum disco.

O Sherman capturado está camuflado, pelos alemães, em tons contrastantes.

Nada disso sugere ferrugem.

Ferrugem existe em alguns pontos localizados, mas sem aquela orgia laranja pra todo lado que uma parte dos modelistas gosta de fazer. Uma das fotos do Assef mostra bem isso. Em escala 1/35, é um efeito sutil, com cor atenuada. Isso já é suficiente, não precisa exagerar.

Outra coisa que muita gente boa esquece é que os tanques fotografados pelo Assef já tem o quê, décadas de idade? Estes sim, são muito mais velhos do que um Tiger ou Panther operacionais jamais foram. Na segunda guerra, esse conceito não existia. Tanques duravam alguns meses, eram destruídos em combate, e as fábricas jorravam tanques novos sem parar. Simplesmente não dava tempo para que envelhecessem. Podiam ficar sujos, amassados e com alguns buracos de tiro, mas velhos, não.

É engraçado pensar que se os veículos daquela guerra durassem tanto tempo assim, e as fábricas também continuassem a produzir, logo logo todas as estradas da Europa ficariam tão congestionadas devido ao tráfego pesado, que não haveria mais condições de os exércitos se movimentarem. E a guerra acabaria num instante.

 

Last edited by Carlos Chagas

Espero que ninguém ache que estou ditando normas de acabamento de pintura a serem seguidas. Acima de tudo, existe o prazer de montar um kit e cada um monta e pinta o seu como bem entender, ninguém tem nada com isso. Não nego que sou extremado quando monto um modelo, portanto quando debato (com algum fervor) assuntos deste tipo, é como se eu conversasse apenas com o reduzido grupo de modelistas que também tem o mesmo tipo de preocupação com essas pequenas coisas. Sem estresse.

 

Last edited by Carlos Chagas
Valls posted:

só uma observação.

Em qualquer quartel, a "lavagem" de veículos de combate é feita com água apenas, um escovão ou um trapo, e pelos recrutas. Quando muito, passam óleo queimado, o que só acumula mais pó e estraga a borracha das rodas. Sabão só no veiculo administrativo do Comandante, e olhe lá. Pelo menos aqui.

Além disso, a pintura, embora seja automotiva comum, não leva verniz, e, com o tempo e o uso, fica encardida. Isso deixa aquele aspecto "enpolvorado" como diz o MIG. O veiculo está limpo, mas encardido.

Isso é diferente de coberto de barro. No CIBld. , atrás do pavilhão onde ocorreu o concurso, havia uns dois Leos, um Guepard e o lança pontes, esses sim com a suspensão cheia de barro seco. Mas eram só as rodas de apoio, os amortecedores, tratora e tensora e alguns outros pontos onde o barro acumula, mas no resto a camada era fina ou só salpicada. Não tinha barro até a escotilha do comandante.

A ferrugem é outro caso semelhante. Todos os veículos têm uma capa de primer, difícil de sair com o uso, e por cima camadas de pintura. Ela só aparece onde não há primer, como os pinos das lagartas, onde foi arrancado como dentes das tratoras, onde há roce do uso ou contato metal-metal, etc. Além disso, a liga do aço de blindagem não enferruja profundamente como uma chapa comum, ficando limitada à superfície. Nas fotos do Assef isso é visível.

Valls

Quando servi, o fiz num batalhão de polícia, no inicio da década de 1970, em pleno governo militar.

Era tudo exatamente como o Valls colocou...

Tínhamos caminhões, viaturas leves e o carro do comandante, que era o único lavado regularmente. Os demais eram lavados com água via mangueira de incêndio e escova nos pneus. No dia seguinte, parecia que o pessoal da manutenção nem tinha chegado perto dos grandalhões. Era uma poeira fina, uma espécie de fuligem sobre os veículos, principalmente, porque estávamos em zona alta na capital.

O aspecto de lama, barro deve ser feito pelo plastimodelista com bom senso.

Abs.

Depois do inicio deste debate, observei melhor e aquelas marcas de ferrugem em abundância, e bota abundância nisto, estão realmente fora de cogitação em um blindado que esteja em combate. Eu mesmo tenho alguns que estão pesadinhos nisto, os acho bonitos, fazer os próximos menos carregados.

Mas vejamos esta imagem abaixo da torre de um bruto que esta em ação, como num quadro impressionista ou realista, ela estaria mais ao devaneio ou a realidade.

 

Chagas, as fotos foram justamente para saber o que seriam. No KV2 que aparece só a torre e muito visível que é tinta e não ferrugem mesmo, nos demais gostei do esclarecimento. Suas colocações são boas, creio que firmes, para quem vê o assunto como uma boa oportunidade de esclarecer pontos de vista ela é mais que normal.

Vamos lá companheiros, o assunto esta muito bom.

Abs.

Então, parece que a palavra chave é bom senso.

Por exemplo, nessa foto, dá pra ver nitidamente a marca do barro até onde o tigrão enfiou o focinho, mas o resto está relativamente limpo.

tiger mud

Se quiser fazer limpo e impecável, também dá, mas não tem graça sem nenhuma sujeirinha.

tiger mud 1

tiger mud 2

 Essa daqui é clássica. O Bigode, inspecionando um Hetzer zero km. 

O cano ainda está no primer, as lagartas estão com tinta da pintura, que está impecável. Quanto tempo ele ficaria assim, depois que saísse da fábrica?

Hetzer_photo

Attachments

Images (4)
  • tiger mud
  • tiger mud 1
  • tiger mud 2
  • Hetzer_photo
Last edited by fernando frota melzi

Rubens, a torre deste Panzer IV está perfeita...para um tanque largado até hoje num depósito ao ar livre! Mas há 70 anos, o comandante que deixasse o seu Pz IV ficar desse jeito seria fuzilado, junto com a mulher, os filhos, os vizinhos, e a rua dele inteira, eheh.

Fernando, a foto do bigode examinando o Hetzer é clássica. No cano, aquilo não é bem um primer, mas a tinta cinza escuro com propriedades antitérmicas com que os alemães protegiam os tubos dos canhões. Geralmente era pintada por cima com as tintas normais de camuflagem, mas podia passar um tempo desse jeito. Não é o caso deste Hetzer novinho, mas quando se vê um tanque mais usado, com o tubo do canhão ainda cinza, é sinal de que esta parte foi trocada recentemente, e ainda não camuflada como usual. Essas coisas tinham vida útil relativamente curta. Mais um detalhe a ser notado quanto ao "envelhecimento ilógico" nas pinturas dos modelos.

Já alguns freios de boca, como os do Panther e Tigre, recebiam uma camada de laca, também cinza, levemente mais escura do que o tom de cinza no cano, e com um pouco (mas só um pouco) de brilho. Só dá para ver essas diferenças em fotos muito nítidas. O assunto esteve em pauta há algumas semanas, em diversos fóruns estrangeiros.

Isso parece até papo de nerd, né não?

Last edited by Carlos Chagas
RUBENS COSTA posted:

 

 

 

esta foto que me parece ferrugem de navio e abandonado ainda por cima 

igual os ferry boat abandonados em guaratuba, a casa do meu pai fica na beira da praia a uns 300m do porto de itapoá e nem os navios que chegam todo dia tem tanta ferrugem hehe

RUBENS COSTA posted:

Depois do inicio deste debate, observei melhor e aquelas marcas de ferrugem em abundância, e bota abundância nisto, estão realmente fora de cogitação em um blindado que esteja em combate. Eu mesmo tenho alguns que estão pesadinhos nisto, os acho bonitos, fazer os próximos menos carregados.

Mas vejamos esta imagem abaixo da torre de um bruto que esta em ação, como num quadro impressionista ou realista, ela estaria mais ao devaneio ou a realidade.

 

Chagas, as fotos foram justamente para saber o que seriam. No KV2 que aparece só a torre e muito visível que é tinta e não ferrugem mesmo, nos demais gostei do esclarecimento. Suas colocações são boas, creio que firmes, para quem vê o assunto como uma boa oportunidade de esclarecer pontos de vista ela é mais que normal.

Vamos lá companheiros, o assunto esta muito bom.

Abs.

Essa torre é a que foi desenvolvida pela Krupp para o VK 3001(H) (parece um Pz IV), um dos protótipos para o Tigre I. 

http://www.network54.com/Forum...rumpeter%92s+VK3001+(H)+prototype

Foram fabricadas oito torres, das quais posteriormente seis foram usadas em fortificações fixas.

Supondo que nesse meio tempo tivessem sido estocadas no pátio da fábrica, até acho essa quantidade de ferrugem justificada.

Valls

Last edited by Valls

Nesta caso especifico essa torre é a que foi desenvolvida pela Krupp para o VK 3001(H) (parece um Pz IV, mas não é), um dos protótipos para o Tigre I.          Valls

Magnifico, esplêndido, matou o assunto logo na primeira.

Muito boas as explanações dos companheiros, caso eu tivesse me atentado a ver com mais capricho, teria notado os erros. Quando começo um kit sempre busco uma imagem para regimentar os trabalhos com montagem, pintura e desgastes, mas como já foi dito neste tópico, alguns colegas exageram, assim também exagerei e muito. 

Vejo agora com uma nitidez agradável, os erros que cometi em minhas montagens, lembro que as maquinas a quem tiro algumas ideias não estão com ferrugem pelas tabelas, como se estivessem trabalhando recolhendo sargaço. Agora sobre a lama, tive uma grata surpresa que ao menos eu estou acertando. Assim esta para mim uma ótima experiência acompanhar estas conversas, e creio que também a outros.

Fernando, a foto do bigode examinando o Hetzer é clássica. No cano, aquilo não é bem um primer, mas a tinta cinza escuro com propriedades antitérmicas com que os alemães protegiam os tubos dos canhões. Geralmente era pintada por cima com as tintas normais de camuflagem, mas podia passar um tempo desse jeito. Não é o caso deste Hetzer novinho, mas quando se vê um tanque mais usado, com o tubo do canhão ainda cinza, é sinal de que esta parte foi trocada recentemente, e ainda não camuflada como usual. Essas coisas tinham vida útil relativamente curta. Mais um detalhe a ser notado quanto ao "envelhecimento ilógico" nas pinturas dos modelos.

Já alguns freios de boca, como os do Panther e Tigre, recebiam uma camada de laca, também cinza, levemente mais escura do que o tom de cinza no cano, e com um pouco (mas só um pouco) de brilho. Só dá para ver essas diferenças em fotos muito nítidas.   By Carlos Chagas.

Pontos como o estabelecido nas informações acima entre tantas outras, estão a melhorar a nossa qualidade nas montagens. Este pontos muitas vezes passam despercebidos pelos modelistas iniciantes como eu e outros, mas que ganham uma nova visão logo que se toma ciência do assunto.

Valls o site dos KV é ótimo tem um dentro de um rio ou alagadiço, que dará um ótimo dio, já vi uns parecidos.

Interessante o assunto. Vou repensar alguns exageros de "esmerdeamento". Ou quem sabe...pesquisar muito mais do que antes,  quando for sujar o kit.

Esta torre enferrujada está show !!  para representar uma torre que ficou uns 5 anos no sol e na chuva, mas a tinta já teria desaparecido. Pra uma torre em período de guerra, está exagerado. O efeito está lindo mesmo. Show de técnica. Parece metal enferrujado realmente.  Se for pra fazer um tanque enferrujado tem que tacar ferrugem nele inteiro...

M3 Stuart rusty
Caption

 

e olhando de perto...até um tanque novo...zero km...tem partes que já enferrujam em contato com o oxigênio do ar da fábrica...como algumas fotos do site abaixo podem atestar.

http://www.cnet.com/pictures/b...ams-tank-pictures/3/

Fernando Ribeirão, andava sumido daqui...

Falamos tanto em ferrugem e efeitos diversos, que acabou atraindo: Recebi há pouco um e-mail do dono da AK interative, F. Vallejo. Fui convidado para ilustrar os novos sets deles. Quem sabe um dos sets é de efeitos de sujeira e ferrugem? É aqui que o ilustrador e o modelista se separam!

Vi este trabalho do Mr. Paul Scott na internet e me lembrei deste tópico

"This is the ICM Ford Maultier with added scratchwork The canvas was made from rolled out green durowith the addition of eyelets and ropes. The Bike is the Masterbox BMW R75 and sidecar with the Masterbox crew. The base work is a mixture of sifted dried earth, PVA and Etzel FX Pigments plus some ground up fine twigs and dirt. "


[linked image]
[linked image]
[linked image]
[linked image]
[linked image]
[linked image]
[linked image]
[linked image]
[linked image]

Incluir Resposta

×
×
×
×
Link copied to your clipboard.
×