Fravin,
Obrigado pelo comentário....
Sobre a FEB, o livro indicado é excelente e traz as referências para quem quer não somente reproduzir em escala, mas até fazer réplicas 1/1.
Os brasileiros foram para a Itália com o uniforme brasileiro, que em muito lembra o alemão, pois é uma túnica comprida com a gola e os punhos num verde mais escuro.
Ao chegaram na Itália, receberam do V Exército uniformes e equipamentos norte-americanos e passaram por uma fase de adaptação aos equipamentos e ao teatro de operações. Em 16/09/1944 foi dado o primeiro tiro da nossa Artilharia e o uniforme usado na época era conhecido como "Zé Carioca". Novamente o livro do César Campiani Maximiniano acima ilustrado traz em detalhes.
Um ponto muito bacana é que os nossos soldados procuravam manter pelo menos uma peça do uniforme brasileiro, por isso que as fotos de época mostram, às vezes, uma confusão de padrões.
Ponto fundamental para quem somente for considerar o uniforme americano é que os nossos borzeguins (botas) eram sempre pretos quando se usava a perneira. A bota M43 americana foi usada quando chegou em quantidade para ser distribuída e nesse caso era sim o mesmo modelo americano (marrom). Os brasileiros a copiaram também e a ilustração do Capitão Ernani mais acima mostra essa cópia da M43 brasileira.
Os nossos oficiais usaram o uniforme americano e também o brasileiro (a partir do fim de 1944 os nossos pracinhas começaram a copiar a IKE Jacket americana, cortando o agasalho de frio e adaptando para ser uma jaqueta com bolsos, por exemplo).
Ponto importante sobre a insígnia:
Somente os oficiais usavam a nossa no braço esquerdo e a do V Exército no direito, pois eles eram sempre elementos de ligação com o V Exército. Há um erro comum que é colocar nas jaquetas dos sargentos, cabos e praças o patch do V Exército e isso somente aconteceu quando dos desfiles da vitória já no Brasil. Na Itália não usavam.
O primeiro patch da FEB foi o coração verde com a palavra "Brasil", usado no braço esquerdo. A cobrinha que o substituiu, no mesmo braço esquerdo, somente veio por sugestão do então Major Vernon Walters, do US Army, oficial de ligação da FEB com o V Exército, que falava fluentemente o português (foi posteriormente Embaixador dos Estados Unidos no Brasil) e sugeriu que se padronizasse os "smoking cobras" no início de 1945. Os patches, portanto, foram desenhados na Itália e produzidos localmente por costureiras italianas. No finalzinho da guerra apareceu uma versão em lata, também produzida na Itália e comumente vendida inclusive no Mercado Livre, mas não há registro fotográfico conhecido em combate de alguém usando a "latinha".
Enfim, vale a pena ter e ler o livro do César.
Um abraço,
Alexandre.