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Voo Varig RG-820 foi um voo da empresa aÉrea brasileira Varig que partiu do Aeroporto Internacional de Galeão, no Rio de Janeiro, Brasil, em 11 de julho de 1973, com destino a Londres, Inglaterra e uma escala no Aeroporto de Orly, em Paris, FranÇa.

O avião, um Boeing 707 prefixo PP-VJZ, realizou um pouso de emergÊncia sobre uma plantaÇão de cebolas, a cerca de quatro quilÔmetros do aeroporto francÊs, devido à fumaÇa existente dentro da cabine, provocada por um incÊndio iniciado num dos banheiros do fundo do avião. O incÊndio, a fumaÇa e a aterrissagem forÇada resultaram em 123 mortes, com apenas onze sobreviventes (dez tripulantes e um passageiro).

 

 

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Interessante foi que nesse acidente famoso morreu uma das personalidades mais odiadas da história brasileira, Filinto Müller, ex-chefe da polícia política de Getúlio Vargas no Estado novo..morreu da mesma forma que os judeus refugiados no Brasil(especialmente Olga Benário, mulher do líder comunista Luís Carlos Prestes que morreu asfixiada na Aktion T4 no campo de extermínio de Benburg, na Alemanha em 1942) que enviou para a Alemanha nazista, deportados, asfixiado pelos gases do incêndio do avião...

Bem lembrado meu caro Márcio.

 

Tinha muita gente conhecida nesse vôo, que estava lotado: o cantor Agostinho dos Santos, a atriz e socialite Regina Lecléry, o iatista Jörg Bruder e os jornalistas Júlio Delamare e Antônio Carlos Scavone.

 

A melhor descrição que já li sobre o ocorrido está no livro "Caixa Preta", do Ivan Sant'Anna.

 

Outro acidente pouco lembrado foi o do Varig 810, em Lima, sem sobreviventes. Foi com o VKB, um dois primeiros 707 da Varig.

 

voo Varig 810 foi uma rota aérea entre o Rio de Janeiro e Los Angeles, com escalas em LimaBogotá e Cidade do México. Em 27 de novembro de 1962, a aeronave que fazia o voo se acidentou pouco antes de realizar o pouso no aeroporto de Lima, matando todos os seus ocupantes.

 

O Boeing 707-441, de prefixo PP-VJB, partiu do Rio de Janeiro por volta da uma hora da madrugada de 27 de janeiro de 1962 rumo a sua primeira escala, Lima. Sob o comando de Gilberto Salomoni,  levava 80 passageiros e 17 tripulantes. Quando se aproximava de Lima, às 3h09 no horário local, a 36.000 pés, a tripulação entrou em contato com o controle de tráfego aéreo do Aeroporto de Lima-Callao, solicitando permissão para iniciar a descida, pois o avião estava no ponto ideal para pousar diretamente na pista 33, estimando que sobrevoaria o Aeroporto de Pisco por volta das 3h13. Porém, a descida não foi permitida pelo controle de tráfego, pois uma aeronave Douglas DC-6, que havia saído de Lima às 2h35 e que estava em altitude inferior à do 707, também passaria sobre Pisco às 3h13, podendo haver risco de colisão. Após passar sobre Pisco, às 3h13, o controlador autorizou o início da descida do Boeing.

 

Às 3h30, o avião ainda em descida alcançou 12.000 pés quando passou sobre a Base Aérea de Las Palmas, porém ainda estava alto demais para pousar diretamente na cabeceira 33, e continuou a descida. O controle de aproximação então sugeriu que a tripulação fizesse um giro de 360 graus sobre Las Palmas, continuando a descida. Depois do giro, a aeronave se desviou ligeiramente à direita do seu curso de 330 graus, passando a leste do aeroporto de Lima-Callao, depois virou à direita e passou sobre o aeroporto, depois virou na direção sul, passando a oeste da Base Aérea de Las Palmas e por último, fez uma curva de 180 graus para entrar no alcance da antena do ILS e realizar um pouso por instrumentos. Como o sistema se localizava na cabeceira 15 e não na 33, era preciso realizar uma aproximação back course, que consiste em utilizar o ILS da cabeceira oposta, sendo necessário configurar no instrumento de bordo o curso 147 graus como referência do eixo da pista. A aproximação back courseenvolve a inversão da lógica da aproximação padrão, sendo portanto sujeita a falhas. Além disso, ao contrário de uma aproximação ILS comum, a aproximação por back course não transmitia ao avião informações de desvio vertical, portanto, o sistema apenas podia controlar a direção da aeronave, quando a mesmo estivesse no alcance da antena do ILS.

 

Para realizar o pouso, seria preciso que, quando a aeronave estivesse alinhada com a pista e no alcance do ILS, virasse para o curso 327 graus. Porém, por motivos não esclarecidos, o avião passou do momento do alinhamento, mantendo o curso 333 graus, 6 graus à direita do ideal. O avião permaneceu na direção errada por mais de três minutos, até que colidiu com o pico La Cruz, cerca de 25 km a sudeste do aeroporto de Lima-Callao, explodindo e matando todos os seus 97 ocupantes. É possível que a tripulação tivesse equivocadamente considerado o eixo da pista como 327 graus, e não 147, e isto faria com que a aeronave ultrapassasse o ponto de alinhamento com a pista enquanto os pilotos acreditariam ainda não tê-lo interceptado.

 

 

http://pt.wikipedia.org/wiki/Voo_Varig_810

 

http://aviation-safety.net/dat...rd.php?id=19621127-0

 

OLá pessoal,

 

Interessante é que a tripulação tecnica sobreviveu ao acidente, sendo até condecorada pelo governo frances e brasileiro.

 

O co-piloto Fuzimoto chegou a se aposentar na VARIG, mas o comandante Gilberto desapareceu em 79, em um 707 cargueiro na rota Toquio-Los Angeles-Rio de Janeiro.

 

Desse modo, a vida do comandante GIlberto ficou para sempre ligada ao Boeing 707.

 

A familia do comandante Gilberto ainda mora em minha cidade lá no Sul de MG, meu irmão teve o prazer de conhecê-lo, eu não tive esse prazer.

 

Castro, muito bacana a materia e lembrança, bem como ao Paulors sobre o acidente Lima.

 

Abcs

Originally Posted by paulors:

Bem lembrado meu caro Márcio.

 

Tinha muita gente conhecida nesse vôo, que estava lotado: o cantor Agostinho dos Santos, a atriz e socialite Regina Lecléry, o iatista Jörg Bruder e os jornalistas Júlio Delamare e Antônio Carlos Scavone.

 

A melhor descrição que já li sobre o ocorrido está no livro "Caixa Preta", do Ivan Sant'Anna.

 

Exatamente mestre, mas certamente, desses todos a perda mais sentida, especialmente para a MPB foi a do cantor Agostinho dos Santos, uma das grandes vozes da MPB de tempos idos e cuja interpretação de "Manhã de Carnaval" é, diria até, antológica... no vídeo ele canta essa musica com ninguém menos que Johnny Matis (lembra-se?), diretamente dos bons e velhos tempos da nossa música popular

 

O Cmte Fuzimoto faleceu no final do ano passado com mais de 80 anos. Voei muito com o filho dele que também é piloto. Pelo que sei ele não gostava de tocar no assunto. Mas sem dúvida fez o que pôde para salvar a aeronave e seus ocupantes. Sds.

O incêndio começou na parte traseira da aeronave, em um dos banheiros, gerando uma fumaça altamente tóxica, resultante da queima do revestimento da cabine (algo como as câmaras de gás nazistas). A mesma foi tomando conta da cabine e matando os passageiros (e comissários). O único passageiro que sobreviveu, um rapaz, percebeu o que estava ocorrendo, e correu para a frente, buscando refúgio na cabine de comando. Outros tripulantes fizeram o mesmo. O rapaz perdeu a consciência e caiu na porta do cockpit, onde depois seria resgatado pelos bombeiros. A situação no cockpit tb ficou insustentável, mesmo com a abertura das janelas. Aí desceram no primeiro local apropriado, uma plantação. Foram 11 sobreviventes, incluindo 10 membros da tripulação de 17.

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