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Resposta to "Chegaram os Russos - Perdas russas durante a operação militar na Síria"

Originally Posted by CASTR0:
Originally Posted by Lussari:
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Originally Posted by Lussari:

Ambos países tem uma doutrina de tratar terroristas à altura: mata bem morto, depois pergunta se doeu, para depois perguntar se tá a fim de negociar (com o capeta  ).

 

 

Terrorista se combate com terror, não com folhetinhos .... eles tem que ter medo e não peito ... 

Não sou a favor de uma bomba "H" ou coisa parecida, mas o Japão se dizia "invencível" até ver de perto a verdadeira face do terror em suas ruas, o resto todos sabem..

 

Castro,

 

Um Estado não combate o terror com terror.

Ele combate com o direito internacional de responder com firmeza os terroristas.

E não é a mesma coisa.

Concordo que temos que respeitar o direito internacional, mas estamos falando de um estado de guerra!!! O que fazer então???

O estado de guerra é entre nações.

Aqui há uma mistura de guerra com terra de ninguém.

Os russos estão na Síria a pedido do governo de lá.

Ok. Um estado externo em uma guerra civil.

Deve seguir as diretivas de quem convidou.

Logo, é apoio ao combate aos grupos antagônicos ao governo legal.

 

No caso do EI a coisa é diferente.

Não é um Estado, nem tem governo legitimado por nenhuma nação.

Não tem protogoverno organizado.

Não apelou a nenhuma corte ou mediadores internacionais pelo reconhecimento ou legitimidade.

[diferente dos palestinos e Timor Leste, por exemplo]

 

Neste caso os Estados podem perseguir os indivíduos para lhes aplicar as sanções cabíveis.

Mas para isto precisam da concordância de outros Estados, especialmente dos que estão abrigando (no caso Síria e Iraque).

Como os governos locais estão fragilizados, sua concordância é tácita ou legitimada.

Da mesma forma há diversos países envolvidos no mesmo lugar, por motivos similares e que tem suas próprias estratégias.

Daí que precisam de comunicar, mesmo que secretamente, outros países, para não prejudicar as ações em andamento.

 

Não dá par negar que é delicado e não dá para fazer o que bem entender.

Apesar das colocações de outros colegas acima (algumas das quais creio que falaram por gozação), Rússia e EUA estão por diferentes motivos e têm diferentes estratégias no local.

A Rússia tem um governo de um homem forte, bem na tradição histórica deles.

Os EUA tem uma tradição mais democrática (interna), com descentralização de decisões e ações, como nenhum outro país do planeta.

Traduzindo: as instituições públicas russas são mais centralizadas, enquanto as do EUA são mais descentralizadas. [Minha opinião]

A consequência é uma aparente ação bombástica do Putin e uma hesitação homérica do Obama (afinal são os respectivos líderes).

No fundo, os russos agem de forma mais fulminante, mas têm de reconstruir os escombros sociais e políticos.

Os americanos, tendem a trabalhar de forma multifacetadas, com o desenvolvimento de instituições substitutas ao Estado vigente que querem mudar.

No segundo leva mais tempo, porém ao final dos combates conseguem legitimar na sociedade um governo provisório, em todos os níveis.

 

Por sua vez, a França se uniu aos russos porque tem a mesma estratégia: atacar os terroristas e não, resolver o problema lá na Síria e Iraque.

Os EUA fizeram o contrário no Afeganistão, Kwait e Iraque. O que dificulta o estabelecimento de um governo e sua legitimação pela sociedade, é que são grupos rivais (tribalismo) que não aceitam se submeter aos outros, seja por religião, interesse econômico, ou outra coisa.

Acho que é isso.

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