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Resposta to "Chegaram os Russos - Perdas russas durante a operação militar na Síria"

Os navios do tipo Typhoon, são os maiores submarinos alguma vez construídos. O deslocamento quando em imersão, é maior que o dos porta-aviões europeus da II guerra mundial, ou que muitos navios porta-helicópteros atuais. Os Typhoon são os mais poderosos submarinos alguma vez construídos, ultrapassados apenas pelos submarinos norte-americanos da classe Ohio, que embora menores, transportam uma maior carga bélica.



Dados principais

Deslocamento standard: 23800 Ton
Deslocamento máx. : 35000 Ton.

Comprimento: 171.5 M - Largura: 24.6M   Calado: 13 M. 

Tipo de propulsão: Reactor nuclear
Profundidade: 300 M
Numero de tubos: 6

Motores: 2 x Turbinas a vapor / electropropulsor GT3A (81000cv/hp)
                  2 x Reactor nuclear VM-5 (380MW) 

Nr. Eixos: 2 - Velocidade Máxima: 25 nós

Tripulação / Guarnição: 175

Autonomia: 99999Km a 20 nós 


O primeiro navio deste tipo começou a ser construído em 1977 e foi lançado à água nos estaleiros de Severodvinsk em Setembro de 1980, tendo entrado ao serviço em 1982.
A gigantesca dimensão dos Typhoon, é resultado da necessidade de acomodar os mísseis SS-N-20 com 16 metros de comprimento.

Para acomodar os mísseis os engenheiros navais soviéticos recorreram a uma solução engenhosa, ainda que algo estranha e que consistiu na colocação de dois cascos pressurizados com uma largura de 7m um ao lado do outro e um terceiro, elevado e colocado na parte central .
O conjunto é envolvido por um enorme casco exterior que por sua vez é revestido por painéis que absorvem o ruido.

Esta característica dos Typhoon não foi publicamente conhecida senão muito mais tarde e explica o formato exterior do navio.
Todos os mísseis são colocados à frente da vela e na parte traseira, há um reator em cada uma das secções pressurizadas.
O navio tem por isso dois eixos propulsores e funciona como se de dois submarinos se tratasse. Isto tornou a construção mais simples, porque não foi necessário garantir ligas especiais para permitir ao submarino mergulhar a grandes profundidades.



Dimensão sempre foi um problema
Ainda que os navios fossem uma clara ameaça, a sua dimensão tornava a detecção possível pelos navios ocidentais. Especula-se que as próprias autoridades navais soviéticas temiam que a dimensão do navio facilitasse a sua detecção e por isso determinaram que em missões de rotina ele não deveria nunca se aproximar das águas controladas pelos navios e aviões da NATO.
Fontes ocidentais também afirmam que o navio era mais difícil de detectar que o que os próprios soviéticos pensavam.

A marinha soviética por seu lado, e embora a autonomia dos navios permitisse a sua colocação em quase qualquer ponto do globo, temia a possibilidade de os americanos atacarem estes submarinos se eles se afastassem demasiado das suas bases.
Assim, os Typhoon nunca foram enviados para missões longe das suas costas.
Quando utilizados em missões de rotina, a táctica soviética era a de enviar os navios para o polo norte e em caso de guerra disparar os seus mísseis a partir das calotas polares.
Considerava-se que naquelas localizações, entre as calotas polares seria mais difícil aos submarinos norte-americanos descobrir a presença dos submarinos soviéticos.

Foi criada alguma confusão entre este tipo de submarino e o submarino do tipo Akula (designação NATO).
Os Typhoon receberam esta designação NATO, mas a sua designação soviética foi «Akula» (Tubarão). Por esta razão, são utilizadas apenas as referências NATO, para evitar confundir estes navios com os submarinos lança-mísseis do tipo Akula, derivados dos Sierra.

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