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Resposta to "Chegaram os Russos - Perdas russas durante a operação militar na Síria"

Saiba como atuam os satélites militares russos vêm atuando para administrar a crise síria.

  

Há tempos usados para fins militares, os satélites demarcaram seu papel no aparato com a proliferação das armas de alta precisão e a introdução de tecnologias de ponta. Hoje a força espacial russa é uma das maiores e mais eficazes do mundo.

A campanha das Forças Aeroespaciais russas na Síria é, porém, a primeira desde os tempos soviéticos que recorre amplamente às capacidades do poderio espacial para o reconhecimento de território. Antes do início da operação, várias dezenas de satélites russos filmaram em detalhe a região dos combates. Fotos registraram áreas fortificadas dos fundamentalistas e suas principais vias de comunicação. Esses dados não são geralmente divulgados, embora alguns deles tenham chegado a conhecimento público.

Além dessa finalidade, já tradicional, os satélites também determinam as coordenadas exatas do alvo que será abatido por armas de precisão – não só registram a localização do alvo, como levam em conta as especificidades da paisagem local e transmitem essas informações ao computador que controla diretamente o míssil.

O controle por satélites é feito sobre o espaço aéreo da Síria e suas águas costeiras. Essa medida de precaução, que poderia parecer excessiva no início da operação das Forças Aeroespaciais russa, já se mostra válida: os satélites possibilitam agora ter uma visão geral da fronteira turco-síria, que, após o incidente com o bombardeiro russo Su-24, se tornou um dos principais focos de atenção por parte do comando russo.

A indústria da Defesa começou, no início da década de 2000, a desenvolver a nova série de satélites da classe Persona, que vieram a substituir os satélites Neman, desenvolvidos ainda na União Soviética. Os Neman, assim como os Kobalt, suportavam não mais do que um ano em órbita, dificultando o trabalho de operações da força espacial.

Pressona Foto: Press Photo

Já o Persona, pode permanecer muito mais tempo no espaço e consegue detectar e filmar até mesmo objetos pequenos, cujas dimensões não excedem 30 cm. E embora tenha grandes dimensões, seu “recheio” não tem nada a ver com o de seus antecessores. Sua câmera digital óptica registra imagens nítidas da superfície da Terra e de instalações militares, e a expectativa de uso do Persona em órbita chega até os sete anos.

Novas gerações

O satélite da série Lotus-S, que substituiu o soviético Tselina, foi desenvolvido para efetuar reconhecimento radioeletrônico. Os recursos do antecessor não foram, entretanto, aproveitados ao máximo, já que aqui a política falou mais alto. O antigo satélite era fabricado na empresa ucraniana Iujmach, com a qual a parceria foi cortada mesmo antes da crise derivada dos acontecimentos na Crimeia e no Donbass.

Tselina

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