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Resposta to "Fui para os 75 anos do Dia D."

Dia 02 segunda parte.

 

O bom de alugar um carro é que podemos nos deslocar para onde for preciso e sem se preocupar com o tempo.

Após sairmos do Cemitério Americano começamos nossa busca pelo setor Sword. E seguimos para leste passando por vilarejos que ainda trazem as marcas dos combates. 

Passamos por Colleville sur Mer e já encontramos uma igreja que foi parcialmente destruída e depois restaurada. E isso era só o começo. Em todas as direções era possível identificar elementos históricos daqueles dias de combate em junho de 1944.

Em alguns momentos era como entrar em uma maquina do tempo, pois a cada minuto cruzava por nossa van um jeep, um GMC, um Dodge ou outro veiculo militar da segunda guerra. Isso sem contar os comboios de viaturas quase sempre escoltados por batedores em motos da época com suas sirenes a plena.

E assim seguimos para nosso destino, Ouistreham. 

Mas antes passamos pela simpática Port-en-Bessin. Um dos locais de combate por um porto de pesca ali já existente. Mas falarei deste local mais a frente.

Nosso destino era o setor Sword. E chegamos em Ouistreham logo após às 13:00h. 

Logo de cara encontramos o monumento que foi edificado em homenagem aos 70 anos. Aproveitei para retirar uma pequena quantidade de areia daquele setor. Na verdade trouxe comigo a areia de todos os cinco setores. Documentei tudo em fotos pois estou montando um display onde usarei a areia.

Mas como disse, tudo ali lembra os anos 40, e logo a frente ocorria a apresentação de um grupo musical, as Les D-Day Ladies. Apresentando sucessos das famosas big bands de Glenn Miller. E para fechar o show, mais voos a baixa altitude dos C-130 da USAF.

Passamos pelos memoriais daquela praia e nos dirigimos para o setor canadense. JUNO.

Este foi um dos momentos mais marcantes da minha vida e de meus filhos.

Chegamos na cidade de Courseulles-sur-Mer. E logo nos chamou a atenção um Sherman que esta em exposição na praça. Enquanto fazia umas fotos, um senhor americano chegou até nós e peguntou se poderia fazer uma foto nossa com o tio dele. Pois bem, já estava até me acostumando pois muitos outros turistas tiravam fotos nossas, afinal era uma família toda uniformizada de 101 Airborne. Aquilo chamava a atenção.

De pronto concordei, e eis que logo desce de uma van um senhor com sorriso no rosto já marcado pela idade, usando uma bengala, e logo vejo em seu boné os dizeres "World War II Veteran". De pronto olho para o sobrinho que me diz, meu tio lutou na Normandia e em Bastogne. Agora era eu quem agradecia o sobrinho pela oportunidade de conhecer conversar com o veterano David Obernuefenann.

Logo de inicio agradeci pelos serviços e sacrifício prestados por ele naqueles dias de 1944. A emoção era tanta que quando meus filhos disseram o mesmo, ele se emocionou assim como seu sobrinho e esposa. As pessoas paravam para fazer fotos dele. Pessoas paravam seus carros e prestavam uma palavra agradecimento. Isso é inesquecível. 

Pois bem, fizemos talvez uma das melhores fotos de nossa viagem. Um veterano americano ladeado por três brasileiros.

Ficamos mais um tempo no setor Juno explorando as construções da época em Bernières-sur-Mer, coletei areia deste setor e depois nos dirigimos para o setor Omaha onde ficava nosso camping. 

Mas antes aproveitamos para fazer uma parada no memorial de Omaha Beach.

Para fechar o dia eu tinha de molhar minhas botas naquela água, e meus filhos e eu fizemos isso. Depois coletei a areia deste setor.  E fiz a foto que hoje e capa do meu Face junto com a Cintia.

Continua...

 

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