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Resposta to "Fui para os 75 anos do Dia D."

Dia 03 

Começamos o dia com os C-130 dando novos rasantes sobre as praias. Mais um dia de buscar por novos lugares.

Voltamos para os setores mais a leste de Omaha. Queria conhecer as praias do setor Gold. Nos dirigimos para a encantadora Arromanches.

Local onde foram usados o sistema pré montado para a construção de um porto para desembarque de material pesado.

A cidade é encantadora, fiquei apaixonado por sua arquitetura e principalmente por sua localização, esta favorece e promove uma vista fantástica do Atlântico. 

Quando chegamos, consegui um lugar bem na frente do Museu do Desembarque para estacionar a van. Estacionei do lado de Jeep´s e outros veículos militares. Todos restaurados e com as mais diversas marcações. Fora que cada poste da Normandia carrega uma flamula com a foto e nome de alguém ali se entregou ao sacrifício extremo e perdeu sua vida. Mas isso conto com mais detalhes depois. 

Nossa meta neste dia era de visitar museus e pontos históricos(como se cada lugar ali não o fosse). Aproveitamos que chegamos cedo e já iniciamos pelo Museu do Desembarque que fica a beira do Atlântico em Arromanches. 

O museu por dentro é fantástico! Com muitas peças únicas e que contam a história daqueles dias de junho de 1944. Dioramas gigantescos para mostrar como funcionava o sistema de portos pré fabricados e que ali foram usados. Um deleite para qualquer plastimodelista. Meus filhos e eu ficamos por muitos minutos olhando detalhes, conversando e fazendo fotos destes dioramas.

O restante do acervo é fantastico, motores de barcos, aviões (se não me engano de um Typhoon) minas marítimas, armas, uniformes e uma infinidade de objetos dos eventos de 06 de junho de 1944.

No final, aquela passadinha rápida pelo setor de lembranças e mais alguns euros investidos nas memorias que trouxemos.

De frente e ao lado do Museu existem grandes espaços, com peças de artilharia e elementos das estruturas que foram utilizadas nos desembarques. E sendo assim logo mais no final deste espaço vejo algo que sempre quis ver de perto. Uma 88mm alemã FlaK 36/37. Não resisti, ela estava exposta e eu tive que tocar a boca daquela anti aérea.

Passeamos pela charmosa Arromanches, tomamos um dos melhores cappuccinos com chocolate, de frente para o Atlântico (Inesquecível). Lojas de souvenires tem aos montes. E aqui fomos muito bem tratados, pois neste dia não estávamos de uniformes da 101, e mesmo quando nos identificávamos como brasileiros, as pessoas eram de uma cordialidade e educação incríveis.  

Descemos até a faixa de areia, e deste local trouxe a areia do setor Gold.

Seguimos agora mais para oeste, com destino as baterias de Longues sur Mer.

Outro lugar marcante. Ficamos horas andando por todo o complexo, e para cada lugar que você olhava, encontrávamos algo diferente. 

Entrar dentro das estruturas das baterias principais, nos remetia de imediato ao período da Muralha do Atlântico. E até hoje, mais de 75 anos depois de sua queda, estas baterias ainda demonstram sua imponência. 

Nosso próximo museu já ficava no setor Omaha. Museu Overlord. Parada obrigatória para qualquer modelista que goste de militaria. Acervo gigante de veículos, artilharias, blindados, uniformes, armas leves e até tanques. 

Ficamos por horas ali. No final deixamos uma mensagem no livro de visitantes, mais euros investidos nas lembranças e memorias. 

Partimos para o Camping. Já era 20:00 do horário local, e o sol estava lá no alto. Escurecia mesmo só lá para às 22:00h.

Aproveitamos para caminhar por Omaha Beach. Cada um de nós escolheu uma pequena pedra e a trouxe de lá. Foi um momento em que nós quatro estávamos sozinhos naquela praia, nos abraçamos e ficamos sentados vendo o sol se por. Um inesquecível momento que até hoje meus filhos comentam. Como diz o Gustavo (com a blusa de moletom da FAB nas fotos), "quantas pessoas podem dizer que viram o sol se por sentados em Omaha Beach". 

Continua...

 

 

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