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Hasegawa Voyager Space Probe

Este é um kit Científico,  não é ficção...

Sonda Espacial Voyager

O programa “Voyager” é uma das mais surpreendentes entre as muitas criadas pelo programa espacial norte-americano e que contou com a cooperação de várias industrias, agências e nações.

A ideia de enviar um objeto para além do nosso sistema solar seria algo quase inviável não fosse uma série de fatos e eventos que culminaram no lançamento das duas sondas Voyager.

A era espacial tinha apenas 20 anos quando a Voyager foi lançada em 1977, mas ao considerar como ponto de partida os estudos, cálculos e descobertas a partir de 1800 quando Le Verrier calculou a órbita de Urano e daí originou a descoberta de Netuno, derivando disso os cálculos da gravidade entre as massas de diversos corpos espaciais, poder-se-ia então dizer que vem de mais tempo.

Em 1961 o Laboratório de Propulsão (JPL) tentava resolver o plano de navegação das sondas Mariner da Terra a Marte.  O trabalho era imensamente complicado e tedioso, envolvendo um programa complexo de computador carregado em cartões de oitenta colunas perfurado e com equações para integrar os dados desde o lançamento até o objetivo utilizando a teoria do Dr. Hohmann de uso da mínima energia formulada em 1925 quando integrava a Verein fur Raumschiffahrt (Sociedade para o Vôo Espacial) na Alemanha.

Um estudante da Universidade da Califórnia em estágio na JPL com forte background em matemática abstrata e física teórica foi quem deu acesso a solução publicando após estudo um memorando intitulado “Um Método para Determinar a Trajetória Livre Interplanetária” com fórmulas matemáticas para solucionar o impasse.  Foi desse estudo que nasceu a missão, pois de outra forma seria necessário construir um foguete incrivelmente grande para poder escapar do nosso sistema solar.

A ideia central era utilizar o alinhamento dos planetas como meio de viajar para fora do sistema solar, e esta “janela” só ocorre a cada 175 anos terrestres, o prazo então vencia entre agosto e setembro de 1977, depois desse prazo o fenômeno só se repetiria no ano de 2152.

Seria uma longa narrativa detalhar todos os processos, itens e até obstáculos superados para se chegar ao lançamento e, portanto, aos interessados recomendo obter maiores informações em livros ou sites.

Decidiu-se lançar duas sondas, cada uma com uma missão específica a medida que fosse avançando e passando pelos planetas. A sonda Voyager ia equipada com a melhor tecnologia da época e podemos destacar os computadores de controle denominados "Computer Command System"(CCS), "Flight Data System"(FDS) e "Attitude and Articulation Control System" (AACS).

Como as naves Voyager atuariam longe do Sol, não seria possível a utilização de painéis solares para a geração de energia elétrica. Assim foram projetados três pequenos geradores termoelétricos de radioisótopos (plutônio 238), que utilizam o decaimento radioativo do plutônio para aquecer termopares que fornecem a corrente elétrica que alimenta os instrumentos da nave.

Dez instrumentos científicos diferentes equipam cada sonda e a descrição das funções e provas científicas de cada instrumento seria também bastante extenso e para saber mais recomendo livros e/ou sites a respeito.

Um item distinto foi a fixação de um disco folheado a ouro gravado com dados e desenhos sobre aspectos do planeta Terra e dos humanos.   O nosso planeta terá um fim no distante futuro mas possivelmente ainda existirá este registro por muitos bilhões de anos atestando que um dia existiu vida em uma distante esfera azul do sistema solar.

A primeira sonda a ser lançada foi a Voyager 2 através do foguete Titan III.       Dezesseis dias depois foi lançada a Voyager 1.  Originalmente as sondas foram projetadas para alcançar Júpiter e Saturno, como os Pioner 10 e 11 haviam feito, mas com instrumentos melhores, mas graças ao alinhamento planetário os engenheiros puderam enviar a Voyager 2 em uma "grande turnê planetária".  Depois de passar por Saturno em 1981, ele viajou pelo espaço em direção a Urano, alcançando-o em 1986, e atirando-se de lá para Netuno. Chegou a Netuno em 1989 e ainda está viajando para fora do sistema solar.

A Voyager 2 está agora em sua extensa missão de estudar o espaço externo ao Sistema Solar e está em operação há 42 anos, 4 meses e 30 dias em 20 de janeiro de 2020. Ele permanece em contato através da Rede de Comunicação Espacial da NASA com instalações na Austrália, EUA e Espanha.

A uma distância de 122 UA (1,83 × 1010 km) (cerca de 16:58 horas-luz) do Sol a partir de 5 de novembro de 2018,  movendo-se a uma velocidade de 15.341 km/s (55.230 km/h) em relação ao Sol, a Voyager 2 deixou a heliosfera e entrou no meio interestelar (ISM), uma região do espaço sideral além da influência do Sistema Solar, juntando-se à Voyager 1 que alcançou o meio interestelar em 2012 . A Voyager 2 começou a fornecer as primeiras medições diretas da densidade e temperatura do plasma interestelar.

A previsão é que a energia suficiente para a continuidade das comunicações dure até 2025, enfim, um feito notável levando em consideração a tecnologia disponível na década de 1970.

O Kit Hasegawa 1/48

O kit contém 86 peças moldadas em plástico preto e branco. Uma base azul representando a Terra e um pequeno fio de metal onde se fixa o kit também estão incluídos.

Para apimentar, uma pequena figura alienígena está incluída. Também está incluído um cartão informativo sobre as missões da Voyager, mas é tudo em japonês e deve ter boas e interessantes informações.

     

As instruções compreendem 12 etapas de montagem, um layout de peças e um guia de pintura. O guia de pintura é muito bem feito e também ajudará na montagem. As cores também são destacadas nas várias etapas. Uma coisa interessante sobre as instruções é que eles nomeiam todas as várias partes da Voyager. Então você aprende algo também!

A Eduard (# 48761) tem uma folha de P.E para detalhar ainda mais este kit, se bem que o preço da P.E é superior ao do kit da Hasegawa.

                                         

             

Last edited by Wolf
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