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Resposta to "O Nascimento da Artilharia Autopropulsada"

1 - Origens.

Durante as etapas iniciais da guerra, a artilharia em geral, puxada por cavalos, era incapaz de manter o ritmo de avanço da infantaria em terreno com grande número de trincheiras e de crateras de bombas.

Para a artilharia de apoio de infantaria, especificamente, o General Estienne propôs, já em 1915, um veículo blindado sobre lagartas e armado com um canhão de 75mm. Estes vieram a ser os tanques Saint Chamond e Schneider, amboss 1915.

Para a artilharia pesada de campo, uma primeira tentativa de uso de um morteiro de 370mm rebocado por um veículo sobre lagartas não foi satisfatória porque não resolvia o problema do transporte das baterias que deveriam ser portadas pela arma.

2 - O Sistema Saint Chamond.

O General Sainte Claire Deville propôs esse sistema, em julho de 1916, e que foi assumido pelo tenente-coronel Rimailho, vice-diretor das Forges et Aciéries de la Marine et d’Homécourt à Saint Chamond (FAMH).

O primeiro projeto de veículo sobre lagartas autopropulsado de 1917 carregava uma canhão de 120mm, muito fraco para o peso total do conjunto.

Ele foi substituído por um par de veículos "indissolúveis como Nénette e Rintintin": um veículo tipo vagão para munição, equipado com um grupo gerador e uma conexão óleo combustível-elétrica Crochat-Collardeau, que rebocava e que fornecia energia a outra viatura que carregava uma canhão de grosso calibre.

Em movimento, os dois veículos eram conectados, na estrada, por meio de uma barra de conexão rígida e um cabo de alimentação, e através do campos de batalha, por um único cabo com comprimento suficiente para lhes permitir uma certa autonomia de movimento.

No ponto determinado para o seu emprego, após colocar a bateria no veículo que conduzia a arma, o vagão de carga ficava nas proximidades para garantir o fornecimento de munição a arma e, quando necessário, deslocava-se para repor o seu estoque e manter a peça em funcionamento.

Os primeiros testes em Roye-Lassigny, de 19 a 25 de janeiro de 1918, foram feitos com veículos desarmados. O relatório de 25 de janeiro de 1918 foi favorável: "O material se comporta admiravelmente em todos os terrenos ... Equipado com lagartas, não danificou as estradas e defendia veementemente que o Exército realizasse testes sérios".

A arma escolhida inicialmente, no verão de 1917, é um morteiro de 220 mm TR Schneider, modelo 1917. O modelo de 1918 vai se originar dele.

Morteiro 220mm, em posição, com o cabo de ligação ao vagão de transporte

Suas características eram:

         Velocidade: 500 m/s (1917), 560 m/s (1918).
         Alcance máximo: 13500 m (1917), 15000 m (1918),
         Ângulo máximo: 60 °,
         Peso da bateria em ordem de batalha: 24t
         Comprimento: 6,53 m
         Largura: 2,54 m
         Velocidade: 5 km/ h na estrada, 2 km/h em todos os terrenos,
         Cadência de fogo: 2 disparos/min.
         Peso do vagão: 24t, sendo 3t de munição.

Foto rara do 220mm desmontado, em deslocamento.

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