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O que acontecerá com a pilha de kits não montados?

Tradução de um artigo interessante do Steve Brown e que faz refletir.  Claro que se aplica para aqueles que tem pilhas de kits a montar.  Talvez muitos aqui não se encaixem nesta categoria.  Talvez outros já tenham se dado conta e se desfeito de muita coisa.  No meu caso, concordo em parte com as ideias do autor mas não nego que já pensei no assunto.  Se bem que, neste texto, o autor lida unicamente com os kits para montar e não com os montados.

O original está aqui (http://www.scalemodelsoup.com/)

A tradução foi meio tosca para ganhar tempo.  Boa leitura!

Abrssssss,
A Raguenet

 

Como a maioria de vocês, tenho uma pilha de modelos para montar. Eu tenho grande carinho por eles e uma boa ideia do esquema de pintura e as marcas que eu pretendo aplicar em cada um. Na minha mente, posso imaginar como eles vão ficar quando completos.

Então, a realidade se apresenta quando faço a matemática e percebo que tenho mais kits do que posso construir na minha vida levando em conta o ritmo atual. Algumas noites eu me sento e olho para os modelos e chego à dura realidade de que esse Hasegawa 1/72 EF-111A ou o Tamiya 1/48 F-16C podem estar exatamente no mesmo local da pilha quando eu morrer. É deprimente. Toda essa inspiração e ambição é inútil quando encaro a realidade.

Com certeza existem maneiras de aumentar nossa produção. Alguns anos atrás, eu sugeri pintar os cockpits de preto e ofereci cinco ideias para acelerar suas montagens. Mas, mesmo dobrando ou triplicando a minha taxa de conclusão, pode não ser suficiente, especialmente considerando todos os ótimos kits que inevitavelmente serão lançados nos próximos 20 anos. Droga... logo hoje que recebi o novo Kfir 1/72 da AMK, outro kit que eu nunca conseguirei montar!

Estive recentemente pensando sobre esse dilema. A idade madura de 50 anos está claramente na minha mira. Leio na Hyperscale da passagem desta para melhor de vários modelistas. Ou um conhecido que vendeu a coleção de modelos die-cast para a viúva de um amigo colecionador. E minha noiva que me perguntou casualmente o que ela deveria fazer com meus modelos se algo acontecesse comigo.

Posso já ouvir muitos de vocês dizendo: "Eu vou estar morto. Eu não me importo com o que acontece com meus modelos." Nós podemos rir de uma resposta patética como essa, mas eu acredito que deixar uma enorme coleção de kits para seus herdeiros pode ser um fardo. É mesquinho e indelicado.

A perspectiva de um dos seus amigos deixar para você 500 modelos de herança, por exemplo, pode se apresentar como oportunidade - uma vez superado o sofrimento. Mas então a realidade da situação se estabelece: como fazer para levar os kits para a sua casa? Onde você irá guardá-los? Como você vai vendê-los? Eles estão completos? Eles são até desejáveis?

Claramente há o potencial para a venda de uma coleção de modelos a um valor significativo... se eles forem vendidos individualmente. Mas se você vender todos os modelos no eBay, no Facebook, ou através dos fóruns, você sabe aquilo que eu também sei: ser vendedor é chato pra c*. Determinar um preço viável para cada modelo, a logística de anunciá-los, responder aos e-mails, adquirir o material para remessa, embalar os modelos, imprimir endereços, enviar os itens, rastrear os pacotes, acompanhar a entrega... pode ser um atividade de tempo integral. OK, o dinheiro é legal, mas eu prefiro construir modelos a embalá-los em massa.

"Minha esposa pode chamar um revendedor de kits de segunda mão e vendê-los de uma vez só", diz você.  É verdade, mas é provável que ela lucre alguns centavos ao invés de dólares. Aqueles vinte modelos WingNut Wings da sua pilha podem render para sua esposa míseros $100 em meio a todos os outros modelos que ela ofereceu ao comprador. Isso não parece ser justo para ela.

Então o que a pessoa deve fazer?  Tenho aqui algumas sugestões.

Após os 50, ao passar de cada ano, faça uma avaliação rigorosa dos kits da sua pilha e selecione para vender aqueles que não te dizem muita coisa. Venda-os on-line ou compre uma mesa, leve a um concurso/exposição local e venda-os lá. O objetivo é ficar com um número razoável de modelos em caixa na sua pilha e saber que quase tudo pode ser encontrado de segunda mão caso você "acidentalmente" venda um modelo que você decida montar daqui a 10 anos.

Doe alguns dos seus kits. Existem organizações que enviarão com prazer kits para nossas tropas no exterior. Se você é um membro de um clube, doe alguns aos novos membros ou a um membro júnior. Ou para os seus amigos: tendo sido agraciado com muitos presentes ao longo dos anos, posso assegurar-lhe que isto é muito valorizado.

Diminua suas compras. Por exemplo, na próxima vez que você estiver em um concurso e ver um kit atraente a um preço de pechincha, seja forte. Pergunte-se se você realmente precisa de outro Hasegawa P-51D quando já possui 10 deles em casa, mesmo que o preço seja apenas de US$ 5.

Faça as providências necessárias para o descartes dos kits que ainda estão em caixa após o seu falecimento.  Se você vai deixá-los para um amigo modelista, primeiro certifique-se de que ele está preparado para a tarefa e, caso esteja, não se esqueça de designá-lo em seu testamento.  Comunique à sua família e faça-os saber caso você esteja simplesmente doando os kits para o seu amigo ou se você quer que ele os venda em proveito da sua família. Se você está tranquilo caso a sua família os venda tudo de uma vez só para uma loja de segunda mão, verifique se ela tem informações de contato para dois ou três desses varejistas. (E não faria mal a ninguém informar quais são os kits de valor especialmente alto).

Olha só: a ideia não é zerar os kits da sua pilha até você morrer, mas apenas não ter centenas no momento que alguém tiver que dar conta deles em meio a todas as outras questões legais do inventário. À medida que envelhecemos proteger nossos amigos e entes queridos é incrivelmente importante e isso se estende aos ativos do nosso hobby tanto quanto qualquer outra coisa.

Last edited by ARaguenet
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