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Resposta to "Omaha"

Tópico 6

Parte 2 - O desembarque

Praticamente, desde o primeiro momento, a catástrofe espreitava como um assassino escondido nas sombras.  O céu estava nublado.  Um vento frio de cortar os ossos assoprava implacavelmente.  O mar estava bravio.  Grandes ondas batiam nas proas dos LCTs carregados com tanques enquanto que abriam caminho em direção à praia de Omaha embora esta, localizada à 6.000 jardas (5.400 metros), permanecesse ainda invisível devido à bruma do mar, às nuvens e à fumaça.  A bordo do LCT-537, o baixo e musculoso Capitão James Thornton, nascido na Carolina do Sul e graduado pela Citadel (Citadel é o nome dado à Academia Militar localizada no estado da Carolina do Norte nos EUA - N. do T.) em 1940, observava o oceano com seus olhos azuis penetrantes.  Como comandante da Companhia B do 741º Batalhão de Blindados, ele havia treinado seus homens para lançarem os tanques Sherman "Duplex Drive" (DD) em mares não necessariamente calmos, mas nunca em águas tão agitadas.  O comandante de 26 anos considerou se ordenava ou não a tripulação do barco em levantar a bandeira amarela, o sinal pré-combinado para o lançamento dos tanques da Companhia.  Ele entrou em contato pelo rádio com o Capitão Charles Young, comandante da Companhia C que estava a bordo do LCT-598 em meio à coluna de oito LCTs que carregavam as duas Companhias.  De acordo com o relatório posterior do 741º Batalhão, os dois oficiais conversaram rapidamente e concordaram que "a vantagem a ser ganha com o lançamento dos tanques justificava o risco de lançá-los ao mar agitado".  Mais ainda, ambos sentiam que era seu dever dar andamento à missão conforme planejado.  Sendo o mais velho entre os dois, a decisão final pertencia a Thornton.  Sem consultar o Tenente J. E. Barry, o oficial da marinha pertencente ao grupo e que estava no LCT-549 à frente da coluna, Thorthon deu a ordem para o lançamento.  De acordo com a opinião de Barry, foi uma pena pois "era óbvio que, mesmo antes do lançamento, o mar naquela distância estava agitado demais para os tanques".  Na realidade Barry só tomou conhecimento da decisão quando percebeu que o LCT-537 parou e começou a descer a rampa.

Os tanques DD eram equipados com saias de lona infláveis permitindo que boiassem além de duas hélices na parte de trás para impulsionarem uma vez que entrassem na água.  Era um equipamento inovador, porém apropriado apenas para água calmas e sob boas condições climáticas.  Mesmo nas condições ideais, eles eram vulneráveis às ondas dos barcos e dos navios bem como às ondas de choque dos tiros de artilharia.  Não era uma boa ideia lançá-los a uma distância superior a 4.000 jardas (3.600 metros) da praia pela razão óbvia de que quanto mais tempo ficassem na água, maiores as chances de sofrerem uma inundação e afundarem.  Sua função - além de dar apoio à infantaria - era de surpreender e deixar os alemães atônitos.  Tendo os desembarques aliados anteriores como referência, os alemães estavam acostumados a verem LCTs chegarem à praia e desembarcarem tanques, mas eles nunca tinham visto tanques cruzando o mar.  O Capitão Thornton acreditava que a chance de surpreender os defensores inimigos combinada com os vários meses de treinamento dele e de seus homens para se tornarem tripulantes de tanques anfíbios justificava o risco de enfrentar as condições adversas.  Ele fez a escolha errada.  A bandeira amarela foi içada e os tanques anfíbios do 741º foram colocados em ação.

 

LCT-Mk5

Figura 5 - Uma foto aérea de um LCT carregando 5 tanques M3 Lee

LCT[5)

Figura 6 - Planta de um LCT com a visão lateral e superior.

 

C O N T I N U A

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