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Resposta to "Omaha"

Tópico 7

Minutos após a ordem de lançamento, enquanto os tanques DD cautelosamente beiravam o limite da rampa e entravam na água, um trágico desastre se descortinava.  "Na maioria dos casos" afirmou um relatório posterior "o mar estava tão agitado que os DDs foram danificados após avançarem uma pequena distância em direção à costa.  Os danos se resumiam na sua maioria em suportes quebrados, lonas rasgadas e motores funcionando inadequadamente devido ao entupimento pela água do mar que havia inundado o compartimento dos motores".  O mar rebelde começou a sobrecarregar e romper as saias de lona.  Os tanques começaram a perder sua flutuabilidade.  Enquanto começavam a fazer água e perder sua estabilidade, os motores falhavam e os monstros de 30 toneladas de aço passaram a ficar abaixo das ondas e a afundar como rochas.  O comandante do LCT-602, guarda-marinha R. L. Harkey, assistia sem poder fazer nada enquanto quatro tanques da Companhia C deixavam o seu barco e logo começaram a enfrentar problemas.  Ele viu um deles entrar na água, "virar para a direita, passar pelo castelo da proa.  Ele sacudiu por um momento e de repente afundou.  Os soldados que estavam nele rapidamente inflaram o bote salva-vidas de borracha.  O terceiro e o quarto tanques foram lançados e quando ambos estavam no mar, um afundou.".  O quarto tanque também logo afundou para o desânimo de Harkey.  "Desnecessário dizer que eu não me orgulho e nem vou me perdoar pelo fato de não ter levado aqueles tanques até a praia.".  O mesmo se aplicava aos outros comandantes dos LCTs.

As tripulações dos tanques estavam equipadas com coletes salva-vidas Mae West e com, como Harkey mencionou, botes salva-vidas.  Cada homem também carregava o Aparelho de Respiração Davis (algumas vezes também chamado de "Pulmão Davis" pelas tripulações) para que pudessem respirar caso eles não conseguissem escapar de forma imediata enquanto o tanque afundava.  Esta engenhoca apertava o nariz da pessoa enquanto que uma mangueira de borracha com ar se conectava à boca.  A mangueira ficava acoplada a uma bolsa com oxigênio.  O dispositivo era desconfortável e difícil de usar.  Por um lado era complicado passar com ele pela escotilha do tanque.  Por outro lado, se as extremidades já eram difíceis de encaixarem confortavelmente na boca e no nariz em condições normais e em terra firme, menos ainda seria dentro do espaço caótico de um tanque que afundava.  Dessa maneira, a maioria dos tanquistas não deu a mínima importância para o aparelho.  Ao invés disso, eles apostaram suas fichas em escapar do tanque, inflar o colete e achar o bote.  Na realidade muitos deles ficaram sentados em cima das torres dos seus tanques após o lançamento; assim ficava mais fácil escapar caso o tanque fosse inundado.

Sentado na torre de um dos Shermans da Companhia B, o Sargento Millard Case ouviu o desagradável som da saia de lona do seu tanque rasgando.  Ele olhou em volta, viu a água passando por cima da lona e sabia exatamente o que isto significava.  "Eu sabia bem que (o tanque) estava afundando.  E com o bote salva-vidas que nós tínhamos, eu criei uma maneira para que, ao puxarmos uma corda… ele inflaria".  Ele puxou a corda mas o bote inflou pela metade.  A enorme sucção provocada pelo tanque que afundava puxou Case para baixo.  De alguma maneira ele se segurou no bote.  Quando chegou à superfície, ele e outro tripulante pularam para dentro do bote.  Os outros três membros da tripulação morreram afogados.

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Figura 7 - Um "Pulmão Davis".  Na realidade era uma invenção inglesa destinada às equipes de submarino para um eventual abandono da embarcação.

 

C O N T I N U A

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