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Resposta to "Omaha"

Tópico 10

Nos pontos de resistência localizados acima da praia de Omaha, os defensores alemães estavam grogues devido ao sono.  A maioria estava de pé desde as 0100 e em estado de alerta em função dos relatos das aterrissagens de para-quedistas na Península de Cotentin além dos vários ataques de aviões bombardeiros pela Normandia.  Seus ouvidos ainda estavam zunindo devido ao barulho causado pelo bombardeio naval que precedia a invasão e seus olhos ardiam com a poeira e a sujeira levantadas após tantas explosões.  Agora, enquanto olhavam para o mar através da neblina, da fumaça e da névoa, eles começavam a divisar a frota aliada e os barcos de desembarque que se aproximavam.  No WN-62, localizado acima da Saída E-3, o Tenente Bernhard Frerking, um observador de artilharia do 1º Batalhão do 352º Regimento de Artilharia, estava de pé no lado de fora do bunker de observação olhando o horizonte através do binóculo quando começou a se dar conta do tamanho daquela cena.  Ele abaixou o binóculo e murmurou: "Mas isso não é possível, não é possível".  Ele jogou o binóculo para o seu ordenança, Soldado 1ª Classe Hein Severloh, e correu para dentro do bunker para preparar a barreira de artilharia.  Severloh correu avisando aos outros soldados para estarem a postos.  Frerking entrou no bunker, pegou o telefone com linha direta para a sua bateria de canhões de 105mm localizada a uns dois quilômetros de distância em Houtteville e teve uma grata surpresa ao saber que tudo estava em ordem apesar do intenso bombardeio.  Ele também ficou surpreso ao saber que todas as baterias do batalhão estavam intactas e prontas para atirar.  "Alvo Dora, todos os canhões, distância 4-8-5-0, direção padrão 20 +, detonador de impacto" ordenou ele para o oficial responsável pelo posicionamento dos canhões.  "Esperem pela minha ordem de atirar!"  O procedimento padrão do Regimento era de não atirar até que as lanchas de desembarque atingissem a orla.

A algumas jardas dali, em um abrigo de concreto hexagonal acima da Saída, o Cabo Franz Gockel, um recruta de 18 anos e com menos de um ano de serviço no Exército, se debruçou sobre a metralhadora de 7.9mm sMG 248 refrigerada a água e fabricada na Polônia.  Sua posição era protegida por um metro de terra entre tábuas de madeira mas ele não se sentia seguro.  Ele olhava para os barcos que se aproximavam e checava repetidamente a sua metralhadora para ter certeza que estava pronta para atirar.  O medo subia pela sua coluna.  Ele vinha de uma família de católicos devotos.  Durante os bombardeamentos na sua cidade natal, Hamm, sua família invariavelmente se aglomerava em um abrigo e pedia proteção para Jesus, Maria e José.  Enquanto Gockel verificava a sua arma e olhava para as embarcações que se aproximavam, ele murmurava preces católicas repetindo-as várias vezes tentando acalmar seus nervos.  Em retrospecto, ele sentia como se estivesse "meio que me colocado em transe".  O Cabo Siegfried Kuska, que estava passando pela posição de Gockel a caminho do canhão anti-tanque de 50mm em um abrigo camuflado perto da Saída, parou por um momento, olhou para Gockel e gritou: "Te cuida Franz, eles estão chegando!".  Gockel olhou para o seu companheiro e depois para a praia.  Os barcos estavam quase na orla.  Ele segurou firme a metralhadora e começou a atirar.  No WN-62, bem como em várias outras posições, muitos alemães começaram a fazer o mesmo.

C O N T I N U A

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