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Resposta to "Quantos Tanques Operacionais tem o Exército alemão?"

Acredito que o problema é bem maior do que apenas o pacifismo europeu.

Para uma região que teve duas guerras quase que totais em seu território, com milhões de mortos e marcas que até hoje afetam a vida cotidiana das comunidades, o rearmamento generalizado esbarra na vontade dessas sociedades em aplicar o dinheiro dos seus impostos em áreas que realmente signifiquem bem-estar para todos.

Com a união europeia, um número sem precedentes de nações abraçando a ideia de um mercado comum, o fortalecimento ou, pelo menos, a manutenção de exércitos, ficou em um plano bem distante das maiores reivindicações das nações da EU.

Não podemos nos esquecer também de que a Rússia rearma-se e afia as garras do urso por ter um ditador e uma oligarquia parasita a quem pouco interessa a sorte do povo russo e que navega em sonhos imperiais e globais.

Do outro lado, temos um tolo travestido de presidente que se apoia na importância dos Estados Unidos no comércio mundial para fomentar atitudes de confronto até com a diminuta Coreia do Norte.

No meio, portanto, ficou a Europa que, sabedora das neuroses e paranoias americanas e russas, procurou tirar o máximo proveito possível, diminuindo o seu gasto militar e forjando sociedades, se não justas, pelo menos, mais equilibradas que as dos dois maiores oponentes... atualmente. Nações como Canadá, Singapura e Japão seguiram a mesma linha.

Quanto ao brasil, deixando de lado a corrupção que grassa por aqui, devemos admitir que não temos adversários em nossas fronteiras e, assim, investir em equipamentos militares mais sofisticados é um contrassenso num país com 12 milhões de desempregados, uma bomba relógio, em todos os aspectos, chamada Previdência e um povo a quem falta tudo, de infraestrutura à educação e de saúde à segurança...

 

Quanto ao tanque e o seu papel atual no campo de batalha, realmente ele está tendo alterada a sua participação, principalmente pelas mudanças táticas e estratégicas que as novas tecnologias estão provocando.

Fica cada vez mais difícil justificar-se a construção ou a compra de enormes e pesados veículos, com todas as dificuldades operacionais e de manutenção que eles trazem consigo se o seu poder de fogo continua limitado e as suas vulnerabilidades estão aumentando.

Combates no futuro serão efetuados cada vez mais no hostil ambiente urbano, em situações semelhantes à Stalingrado, Grosny, Berlim, onde o tanque acaba ficando totalmente dependente do apoio e proteção da infantaria.

Então, quem viver... verá.

Abs.

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