Esquadrilha francesa criada em abril de 1916 voou com pilotos voluntários americanos, e suas tradições são lembradas no atual Esquadrão 2/4 La Fayette, equipado com o Mirage 2000N
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Foi comemorado na França, em 20 de abril, o centenário da Esquadrilha “La Fayette”, em cerimônia que contou com desfile aéreo de três jatos de ataque Mirage 2000N (de emprego convencional e dissuasão nuclear) que equipam o esquadrão 2/4 La Fayette, atualmente estacionado na Base Aérea 125, de Istres. A unidade atual herdou o nome da esquadrilha francesa em que voaram pilotos norte-americanos na Primeira Guerra Mundial, combatendo os alemães.
Um caça Rafale do Esquadrão 1/91 Gascogne (que como o La Fayette é especializado em ataque convencional e nuclear) também participou do desfile, em formatura com os três aviões Mirage 2000N do La Fayette, um dos quais com pintura comemorativa do centenário.
Representando a USAF (Força Aérea dos Estados Unidos), voaram cinco aeronaves, sendo quatro caças F-22 Raptor do 94º Esquadrão de Caça (normalmente baseado em Langley, EUA) e um bombardeiro B-52 da USAF da 5ª Ala de Bombardeiros (normalmente baseada em Minot, EUA).
Também se apresentou um biplano de treinamento Stearman PT17, com as cores da Marinha dos EUA (US Navy).
A Força Aérea Francesa divulgou notas cominformações, fotos e vídeos (ao final) sobre o centenário e o desfile. A esquadrilha N 124 foi criada em 18 de abril de 1916 na Base de Luxeuil, com um punhado de voluntários norte-americanos (antes da entrada dos EUA na Primeira Guerra Mundial), e recebeu o nome La Fayette em homenagem a oficial francês que participou da Guerra de Independência dos Estados Unidos no final do século XVIII, contra os britânicos.
Sob o comando do capitão Georges Thenault, a esquadrilha manteve sua forma original até fevereiro de 1918, e nela voaram 43 pilotos, 38 americanos e 5 oficiais franceses. A unidade recebeu oito citações à Ordem do Exército do Ar Francês (Armée de l’air – Força Aérea Francesa) e tem o direito de exibir em suas cores a Cruz de Guerra 1914-1918.
O emblema do índio Sioux da esquadrilha, mantido até hoje como parte do atual brasão do esquadrão, foi inspirado na insígnia pessoal utilizada por um piloto da esquadrilha, de nome Willis.
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