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Começando aos pouquinhos, porque se eu for deixar ra escrever tudo de uma vez, já viu, a coisa vai virar lenda.....

O papel, enquanto mídia de modelismo, atende a uma gama de modelistas muito ampla, pois pode ser usada desde modelistas iniciantes até os mais experientes.
Ok, plástico e resina também fazem isso, concordo, mas o papel, no caso, vem com uma vantagem: Errou a peça? quebrou? entortou? sem pânico, imprime outra e coninua!; sem contar com a vantagem de que a diferença entre um modelo "de iniciante" e um "quase profissional" é, geralmente, a criatividade de quem monta.

Àqueles que estão começando, podemos colocar a seguinte lista de material a ser usado:

- Papel de diversas gramaturas
Do sulfite 75g ao 280g, tudo vai depender do tamanho do que vai ser montado. Quanto menor o modelo, menor a gramatura. Para aviões em 1/144 (ou menores) eu uso 75/90g; para as naves espaciais e demais maluquices, 220 a 340g.
Claro, o papel acima de 180g é meio complicado de se achar no formato A4, e via de regra é mais caro, mas para casos como esse, tudo dá-se um jeito. Uma boa gráfica rápida, ou peças grandes de cartolina cortadas por você mesmo podem resolver este problema.

- Estiletes e Tesouras
Material de corte, meus caros! A maioria aqui deve ter uma infinidade de ferramentas de corte, para as mais diversas situações, e no papel a coisa não muda: estiletes de lâmina fixa, de lâmina retrátil, de ponta curva, em forma de cinzel, minúsculos e gigantescos. Até bisturi cirúrgico rola aqui em casa. Para as tesouras, idem: pequenas, grandes, escolares de ponta redonda e cirúrgicas com ponta afiadíssima (cantinhos, escala 1/144). Tudo vai da sua adaptabilidade e preferência de ferramenta.
Outra coisa roubada dos médicos que pode ser usada são aquelas tesouras de bico chato com trava (ignoro o nome disso), que podem ser usadas para segurar as peças mais delicadas enquanto colam.

- Cola, P%¨$%! COLA!!!!! (By Edklingon)
A cola. Fusora, obviamente, não funciona. Recomenda-se o uso de cola branca tipo Tenaz mesmo aplicada com uma espatula (pra não melecar as abas de colagem) ou, dependendo do tamanho da área a ser colada, cola bastão, tipo Pritt, que eu recomendaria usar em abundância para garantir a colagem.
Mais futuramente, pode-se comprar cola branca da Cascorez, que vem em potes de 1Kg (é cola pra caramba!) e, dependendo da fragilidade do modelo em questão, o uso de Super Bonder (ou similares) que além de colar, enrijece o papel, deixando com uma aparencia "cristalizada"

- Impressora!
Claro, a porcaria mais importante da empreitada toda, a máquina de fazer modelos.
O mais correto seria usar uma impressora Jato de tinta doméstica, que imprime bem, rápido e consome pouco. Conheço pessoas que, por serem aficcionadas pelo papel como mídia, usam impressoras maiores (em termos de velocidade e qualidade) com aquele sistema de bulk-ink. resolve e barateia as coisas.
Para impressão a Laser a coisa muda um pouco. o bright side é que as laser já "envernizam" o modelo. A parte ruim é que, dependendo do tamanho da peça e da força com a qual você faz a dobra, ela pode "quebrar" a tinta onde foi dobrada. fica feio.
Particularmente eu uso impressão a laser em peças que não usam dobras além daquelas das abas ou, quando muito, ficam curvadas sem dobrar, mas aí varia de um pro outro.

- Ferramentas de Suporte
Sempre existem aquelas coisas que nos auxiliam na montagem. Alicates de cutícula para dobrar abas, Morsa para segurar peças, lupa (com garra, melhor ainda), uma boa base para o corte das peças (uma manta de teflon seria sublime, mas é caro), boleadeiras de artesanato, para encurvar as peças (lembram da impressão a laser?) e por aí vai. Apesar de não ser um hobbby porco, eu, pesoalmente, sou um gambiarreiro nato, e costumo usar ferramentas inusitadas ou até mesmo fazer as minhas ferramentas para um uso específico.

- Finalização
Depois que tudo foi impresso, cortado, dobrado, colado e juntado, aquela pecinha precisa ser eternizada com algum tipo de camada protetora, pois a tinta das impressoras a jato é suscetível à ação de luz, sol e umidade. uma boa demão de verniz acrílico Acrilac (para papel mesmo!) resolve isso, desde que não seja diluído e aplicado com muito cuidado para não criar uma camada muito grossa sobre o papel. fica lindo e a sua empregada não vai destruir o modelo tão facilmente.

- Softwares e afins
Tanto para impressão quanto para a criação, existe uma gama de softwares que podem ser usados no papel modelismo, mas alguns são meio que manjados:

+ Pepakura Viewer - é usado para abrir e imprimir os modelos no formato .pdo (Pepakura Designer Object), muito difundido pro lado de lá do mundo.
ref: http://www.tamasoft.co.jp/pepa...download/viewer.html
+ Adobe PDF Viewer. para o que vem em formato .pdf, básico.

Ambos, junto com o visualizador de imagens do windows para os arquivos .jpeg cobrem 99% dos formatos existentes na web.

Para quem quer não apenas montar modelo dos outros, mas fazer seus próprios modelos, a lista é um pouco maior, ela inclui:

+ 3Dstudio ou similar - Para desenho/importação dos 3D do que vai ser montado (uma opção barata é o Metasequoia, que permite quase as mesmas coisas que o 3DS e custa muito menos. (acho que é freeware, não tenho certeza)
+ Pepakura Designer - Para pgar o 3D e "desdobrar" o mesmo em formas e peças que possam ser montadas. também é muito útil por ter a tela dividida em 2 para que se veja o 3d pronto de um lado e a peça aberta do outro. Isso vale para o viewer e o designer.
+ Photoshop, CorelDRAW! e demais programas de desenho ao seu gosto para mexer, fuçar, retocar e deixar o seu modelo customizado, ou trabalhar as texturas do 3D, e assim por diante.

E, claro, pra quem se empolgou com este comecinho(bem inho), "onde eu acho essas porcarias?"

Pepakura Gallery - English
Pepakura.net - English
papermodelers.com - Forum e downloads

e tem muito mais, só que o tempo aqui anda curto....
=\
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Muito bom!

Comecei a me interessar por modelos em papel quando estudava engenharia. Notei que a partir de chapas planas cortadas ou dobradas,podia-se fazer de tudo. Como não dava para cortar ou dobrar chapas de aço em casa para fazer modelos, pensei no papel. Com papel só não dá para fazer superfíces de dupla curvatura. Essas tem que ser simuladas com diversas seções.

Quanto aos softwares, vou sugerir o uso da suíte LibreOffice (novo nome do OpenOffice e do BrOffice).

O LibreOffice é um conjunto de programas para edição de texto, planilhas, apresentação e desenho similar (superior em alguns pontos) ao pacote Office da Microsoft.

Há um utilitário, o Draw, que é mais simples de usar que o Corel Draw e gera arquivos de imagens (png; jpeg, bmp...) e PDF.

O melhor, é gratuíto e pode ser copiado e instalado livremente (não é pirata).

Para conhecer ou baixar o pacote: http://pt-br.libreoffice.org/


Para quem quiser algo mais sofisticado, sugiro o Inkscape.

www.inkscape.org

Para tratamento de fotos e imagens, o GIMP: www.gimp.org

São todos softwares de comunidade, portanto de código aberto e livre. Possuem interface em português e ajuda no próprio programa ou digitando-se a dúvida no Google, com dezenas de tutoriais em sites e blogs.

Espero que procurem conhecer e aprovem.
Antes de mais nada quero dizer que gostei muito da iniciativa de promover o modelismo em papel aqui, pois é uma modalidade que também gosto muito!
A minha modesta contribuição é a experiência que fiz com varias gramaturas e tipos de papel, sendo que gostei muito do resultado da impressão conseguida com a minha impressora jato de tinta Canon(R) MP 140 com cartuchos recarregados mesmo, com o papel sulfite da marca Canson(R) que vem com o nome "Layout" de 180g/m² que vem com 20 folhas tamanho A4. Em tempo, se acabar a tinta antes de acabar a impressão de todas as folhas, pode haver diferença no tom de cor com o novo cartucho!
Espero ter sido útil Captou ???

Plastiabraços ou melhor Papelabraços:
Daniel
Last edited by Dagom
De fato, Daniel, os equipamentos da Canon são realmente muito bons, eu não os citei porque até onde eu me lembro a tinta é absurdamente cara....
(e eu não sou o presidente do fã clube do cartucho remanufaturado)
Em termos (nomes) genéricos, pode-se usar os seguintes papéis:

- Offset (sulfite) 75 ou 90 g/m² para modelos pequenos (menores de 10cm
- Offset 90 paramodelos entre 10 e 20 cm, desde que tenham estrutura de sustentação interna
- Offset 120 a 180 para as monstruosidades acima de 20 cm.

Também cabe ressaltar que existem duas (pra não dizer mais) formas de modelar em papel: a primeira,, qu eu creio ser a mais difundida, é a com estruturação propriamente dita, onde as peças são (ou formam) "caixas" fechadas que se encaixam.
Neste meio usam-se todos os tipos de papel, sem muitas regras, a não ser mesmo a sua disponibilidade/vontade de ter aquilo por mais ou menos tempo, ou a salvo de empregadas, crianças, animais de estimação e demais coisas selvagens que circulam pelas nossas casas.

A segunda, que apesar de parecer mais básica, seria o "layering", onde você imprime (ou faz na raça) diversas camadas sobrepostas de papel cortadas, de forma a montar um "bloco" sólido com o papel.
Normalmente (pelo menos até onde eu vi) usa-se isso para montar modelos tão pequenos que a estrutura propriamente dita fica inviável de se dobrar com a mão ou ferramentas.

A título de ilustração, coloquei 2 modelos num post: uma defiant 1/1900 com estrutura e abas e um fighter Jem'hadar em layers.
o Capacete do masterchief é épico!!!!
Meu sonho de infância é adaptar um que eu tenho aqui pre forma dele, prapoder andar de moto... hehehehehe

Se você der uma olhada na web, acha fácil a armadura, pra servir de base.
=)

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