olá pessoal.
nasci em 1973.
um ano meio turbulento com a guerra do yom kippour, retirada dos EUA do vietam, e no mesmo dia, mês e ano
a Angélica (a do "vou de táxi), para vcs veram q nascem coisas boa e ruins...rs
desde 1 ano de idade existiu um som "engarrafado" seguido de um silvo característico q levado a máxima potência
levava pessoas como eu ao delírio, e ao terror de quem morava nos arredores de congonhas:
o turbofan JT8 da Pratt Whitney.
vôo oficialmente desde 1 ano de idade, já q a pré estreia quase me faz nascer dentro de um 727 da Cruzeiro vindo de Recife.
minha mãe desceu passando mal e do aeroporto direto para uma cesária as pressas.
desde então meu contato de vôo com o JT8 era pelo menos duas vezes por ano, já q tenho familia espalhada pelo brasil todo.
a maioria está em Recife então todo ano era como uma magia:
ir chegando em Congonhas e ir ja escutando o som "engafado" pela 23 de maio onde meu olhar mais atento, via iluminadas as caudas de talves as mais
simbólicas caudas q dominaram esta época:
Varig, Vasp, Cruzeiro e Transbrasil (esta em especial minha preferida).
este balé de caudas (737s e 727s) no vai e vem pareciam até caudas de peixes gigantes e majestosos q para uma criança, menino, garoto e até a pré-adolecência
era completada a magia com uma "fungada" no ar impregnado pelo perfume de querosene q pairava no ar.
muitas vezes nem precisava viajar.
meu pai sabia como me deixar quieto: era só levar para a "prainha" e ficar lá, horas e horas até mesmo a noite com a garôa fina e frio, estava eu lá firme e forte.
congonhas no final dos anos 70 começo dos anos 80 era tão dominado pelos 737s e 727s e as raras exceções eram os Electras da Varig e dos Fokker F-27 da TAM.
desde criança tinha em mente:
vou ser piloto!
e comandar um 727!
bem, fui piloto da executiva por mais de 7 anos e os caminhos da vida me levaram para distante do comando de um 727.
nem por isso deixei de aproveitar as caronas de ida e vinda , recife-são paulo nos 727 da Itapemirim e Vaspex.
hj ainda sou um dos poucos privilegiados na qual todo dia entre 18:30 e 19:30 ouço rasgando o céu o 727-200 cargo da Rio, e fico com aquele sorrisinho maroto
pq o dia todo onde moro e trabalho passam os 737 next generation e os Airbus várias vezes ao dia, mas quando é a vez do "doissetão" faz com q o mais leigo
acabe por olhar pra cima tamanho é o rugido e o rastro de óleo queimado deixado pela "bala de prata" de Seattle.
saudades de quando os outros aviões faziam São Paulo-Recife em 3 horas e o 727 tirava em 2:45 minutos....
ja começo a ouvir as pessoas: "vc está ficando velho mesmo" por gostar destas coias.....
pra mim a aviação ficou chata, assim como a Fórmula 1
mas para isso tem cura, nada como caçar bom videos com o som do JT8 e ficar escutando enquanto faço outras coisas.......
é isso ai.
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