As questões que envolvem a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial sempre são colocadas à margem de nossa história. Um professor de História em uma comunidade especializada afirmou que, exceto pelos rumores de submarinos alemães na nossa costa o Brasil não teve qualquer mudança em sua rotina com a Segunda Guerra. Um absurdo histórico que jamais poderia ter sido proferido por um pessoa que ensina História.
O início desse processo de envolvimento do país esteve diretamente relacionado com o afundamento de navios mercantes brasileiros em nossas águas, em um ataque deliberado contra nosso país. Os corpos das vítimas, entre elas muitas crianças, passaram semanas aparecendo no nosso litoral, o que causou comoção popular. O povo, como não poderia ser diferente, saiu às ruas pedindo vingança pelos afundamentos de nossas embarcações, em especial os ocorridos nos dias 15 a 19 de agosto de 1942, executado friamente pelo Capitão-de-Corveta Harro Schacht com o U507.
Enganam-se aqueles que pensam que o fator preponderante para o engajamento de nossas forças se resume a interesses políticos e econômicos. O povo pediu que o país se posicionasse contra as nações agressoras, e não havia dúvida, o ataque tinha sido praticado por alemães. Não há argumentos historiograficos, e nunca houve dúvida da autoria dos ataques ao transporte de cabotagem do Brasil.
Amanhã, 31 de julho 2013, lembramos os 70 anos do afundamento do U199, pelo Tenente Torres, fato que nos leva a analisar o grande esforço que nossas Forças Armadas tiveram que executar para garantir a soberania de nosso território. Não só a recém criada Força Aérea Brasileira, mas também a nosso Marinha de Guerra que sofreu pesadas baixas e da nossa Força Terrestre que comemora em 09 de agosto de 2013, 70 anos de criação da Força Expedicionária Brasileira. Fatos marcantes que os brasileiros devem lembrar, é uma obrigação dessa geração, pelo esforço da geração de 1943.
Nesta publicação realizamos uma homenagem às nossas Forças Armadas. O primeiro é um Boletim de Ordens e Notícias assinado pelo Almirante-de-Esquadra Luiz Fernando Palmer Fonseca, lido oficialmente em todos os navios de nossa Marinha. O segundo um artigo de autoria do Tenente Monteiro, Presidente do Conselho Nacional dos Oficiais da Reserva, historiador e amigo. E o último é uma homenagem ao integrantes da Força Expedicionária Brasileira, fotografias dos integrantes da Regional Pernambuco.
Neste contexto estaremos abordando nossas três Forças e lembrando ao Povo Brasileiro, que quando cantamos em nosso Hino ” Verás que um filho teu não foge à luta…” não é uma utopia, mas uma realidade que se fez presente em outras gerações.
-----Povo Brasileiro, Olhai para Teu Passado de Glória!----
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