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USS Thresher

Em 10 de abril de 1963, o submarino nuclear americano USS Thresher (SSN 593) afundou, enquanto realizava testes de mergulho em grande profundidade, levando com ele seus 129 tripulantes.

Depois de buscas intensivas, os restos do Thresher foram encontrados a 2.600m de profundidade, em seis pedaços, com centenas de pedaços menores espalhados numa área de 134 mil metros quadrados.

Depois do acidente, a US Navy criou o Programa SUBSAFE, que revisou a construção e os sistemas de segurança de sua frota de submarinos.

As investigações sobre a perda do Thresher concluíram que houve um alagamento no compartimento de propulsão, por causa do rompimento de uma tubulação de água salgada. Com o alagamento, o reator foi desligado e o submarino não conseguiu esvaziar os tanques de lastro, devido ao congelamento do sistema de ar comprimido.

A perda do USS Scorpion

scorpion_launch

 

O USS Scorpion (SSN 589) era um submarino de propulsão nuclear da classe “Skipjack”. Ele entrou em serviço em 1960 e no início de 1967, passou por um período de geral de reparos, mas não recebeu as modificações do Programa SUBSAFE.

Em outubro de 1967 o Scorpion recomeçou o treinamento e os testes de armas e recebeu um novo comandante, Francis Slattery. Depois do treinamento ao largo de Norfolk, o submarino partiu para o Mediterrâneo, a fim de operar com a Sexta Frota.

Ali, operou até maio de 68, quando foi autorizado a voltar para casa, devido a uma série problemas técnicos e mau funcionamento de alguns sistemas. Ocorreu vazamento de freon do sistema de refrigeração e um incêndio, provocado pelo vazamento de água que atingiu um painel elétrico.

Partindo do Mediterrâneo no dia 16 de maio, o Scorpion recebeu ordem para observar atividades navais soviéticas nas proximidades dos Açores. Depois disso, o submarino finalmente pode rumar para Norfolk.

Entre o dia 20 e 21 de maio o Scorpion tentou comunicação com a estação naval na Espanha, mas só conseguiu falar com a da Grécia, que repassou a mensagem do Scorpion para o SUBLANT.

Seis dias depois, a Marinha suspeitou que havia algo errado e lançou uma busca pelo  Scorpion.

As buscas

 

A procura pelo USS Scorpion foi iniciada publicamente, mas sem sucesso imediato e em 5 de junho de 1968, o submarino foi declarado perdido. O nome do Scorpion foi retirado do Naval Vessel Register em 30 de junho.

Uma equipe de consultores matemáticos liderados pelo Dr. John Craven, cientista chefe da Divisão de Projetos Especiais da US Navy, que também ajudou a buscar uma bomba nuclear perdida na costa de Palomares na Espanha, depois da queda de um B-52, auxiliou na localização do submarino.

No final de outubro de 1968, o navio oceanográfico USNS Mizar (T-AGOR-11) localizou as seções do casco do Scorpion a mais de 3.000m de profundidade, a 740km a sudoeste dos Açores. A localização foi facilitada pela liberação das fitas de gravação do sistema de vigilância submarina SOSUS, que gravou os sons da destruição do Scorpion. Logo depois, o batiscafo Trieste foi despachado para a área e fez muitas fotos dos restos do submarino.

Cavidade da boia de sinalizadora do USS Scorpion fotografado a 3.000 metros de profundidade a 400 km do sudoeste dos Açores

 

Proa do USS Scorpion mostrando a cavidade da boia sinalizadora

Prováveis causas

Pelas gravações e evidências das imagens dos restos do Scorpion, houve uma explosão que afundou o submarino. Tal explosão pode ter ocorrido por causa do funcionamento inadvertido de um torpedo dentro do tubo ou por um incêndio provocado pelo super aquecimento da bateria de um torpedo Mk.37.

O mau funcionamento do sistema de ejeção de lixo (trash disposal unit – TDU) também foi uma das possibilidades analisadas. Alguns ainda levantam a hipótese de que o USS Scorpion teria sido afundado por um submarino soviético. 

De 1915 a 1963, a Marinha dos EUA perdeu 16 submarinos em operação por acidentes. Depois que o SUBSAFE foi implementado, somente o USS Scorpion foi perdido, talvez por não ter recebido as modificações requeridas pelo programa. Noventa e nove tripulantes permanecem em patrulha eterna com o USS Scorpion no fundo do Atlântico.

Vela do submarino USS Scorpion destacada do casco

 

Visão da popa do submarino nuclear de ataque USS Scorpion (SSN-589) que mostra a parte superior do leme (com marcações de calado) e o leme de profundidade da popa de bombordo. A armação dos lemes de popa pode ser vista devido à deformação do metal que o cobre.

 

FONTE: http://www.naval.com.br/blog/2...nos-perdidos-no-mar/

Last edited by Milan
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Excelente!

A única coisa positiva nessas tragédias é a obtenção de conhecimento para que elas não voltem a acontecer, tornando mais segura a operação de submarinos. Na aviação foi a mesma coisa, só que de forma ainda mais intensa.

[  ]s

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