Skip to main content

Hoje fazem 74 anos do ataque traiÇoeiro das forÇas Japonesas à base militar e Naval Pearl Harbor, no Hawai.

O ataque inicio-se às 06:00 daquele domingo calmo e pacato, mas os estragos causados pela aviaÇão embarcada Japonesa especialmente os milhares de mortos no Arizona, que nem puderam sair do navio e que se encontram lÁ atÉ hoje, foram insuficientes, porque ao mostrarem aos americanos o poderio que tinha um Porta-AviÕes e ao falhar em destruir os dos americanos que haviam deixado o porto horas antes para fazer manobras, criaram uma guerra que culminou com as mortes de milhares de civis em Hiroshima e Nagasaki, 4 anos depois.

O ataque em Pearl Harbor, na ilha de Oahu, HavaÍ, foi executado de surpresa contra a frota do PacÍfico da Marinha dos Estados Unidos da AmÉrica e as suas forÇas de defesa, o corpo aÉreo do exÉrcito americano e a forÇa aÉrea da Marinha.

O ataque danificou ou destruiu 21 navios e 347 aviÕes, matando cerca de 2403 pessoas e ferindo outras 1178. Contudo, os trÊs porta-aviÕes da frota do PacÍfico não se encontravam no porto, pelo que não foram danificados, tal como os depÓsitos de combustÍvel e outras instalaÇÕes.

O ataque marcou a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial e o inÍcio da Guerra do PacÍfico, ficando conhecido como Bombardeamento de Pearl Harbor e Batalha de Pearl Harbor, embora o nome mais comum seja Ataque a Pearl Harbor ou simplesmente Pearl Harbor.

O USS Arizona em chamas após ser bombardeado pelos japoneses

O USS Arizona em chamas apÓs ser bombardeado pelos japoneses.

Os primeiros tiros disparados e as primeiras mortes em Pearl Harbor ocorreram quando o USS Ward atacou e afundou um mini-submarino japonÊs às 6h37min (hora local). Existiam cinco mini-submarinos classe Ko-hyoteki, com o objectivo de entrar no porto e destruir os navios dos EUA utilizando torpedos. Nenhum dos submarinos conseguiu voltar a salvo e apenas quatro dos cinco foram encontrados desde o ataque. Dos dez marinheiros a bordo dos cinco submarinos, nove morreram e o único sobrevivente, Kazuo Sakamaki, foi capturado, tornando-se o primeiro prisioneiro de guerra capturado pelos estado-unidenses na Segunda Guerra Mundial.

Fotografias recentes analisadas pelo Instituto Naval dos Estados Unidos indicaram que um mini-submarino conseguiu entrar no porto e disparar um torpedo com sucesso contra o USS West Virginia. A posiÇão final deste mini-submarino É desconhecida.

 

Na manhã do ataque, um novo radar instalado apenas uns dias antes do ataque indicou a presenÇa dos aviÕes japoneses, mas o aviso foi confundido com a chegada prevista de um grupo de aviÕes dos EUA. Alguns aviÕes estado-unidenses foram abatidos à medida que a forÇa de ataque se aproximava. Mas todos os avisos encontravam-se à espera de confirmaÇão quando o ataque comeÇou.

O ataque comeÇou às 7h53min (hora local) de 7 de dezembro, que no horÁrio de TÓquio correspondia às 3h23min de 8 de dezembro. Os aviÕes japoneses atacaram em duas vagas, nas quais 353 aviÕes chegaram a Oahu. A primeira vaga foi liderada por 186 torpedeiros-bombardeiros vulnerÁveis, aproveitando os primeiros momentos de surpresa atacando os navios no porto enquanto bombardeiros-de-mergulho atacavam as bases aÉreas ao longo de Oahu, comeÇando pelo campo aÉreo Hickam, o maior, e o campo aÉreo Wheeler, a principal base de caÇas. A segunda vaga de 168 aviÕes atacou o campo Bellows e a ilha Ford, uma base aÉrea naval e marinha no meio de Pearl Harbor. A única forÇa de oposiÇão veio de alguns P-36s e P-40s e de fogo antiaÉreo naval.

Perdas da Marinha Imperial Japonesa

Dos 441 aviÕes das duas vagas, 29 (nove na primeira vaga e outros 20 na segunda vaga) foram abatidos durante a batalha, e outros 74 aviÕes foram danificados por fogo antiaÉreo. Mais de 20 que aterraram em seguranÇa nos seus porta-aviÕes encontravam-se irreparÁveis.

Dos aviÕes que não retornaram, 15 eram bombardeiros de mergulho ou de nÍvel, 5 aviÕes torpedeiros e 9 caÇas de escolta.

Dos cinco mini-submarinos que participaram da operaÇão, 4 foram destruÍdos, e o quinto encalhou num recife, sendo seu capitão capturado. Nenhum logrou causar quaisquer danos ao inimigo. Um submarino convencional da classe "I" tambÉm acabou destruÍdo.

Perdas das ForÇas Armadas dos EUA

Os relatÓrios oficiais norte estadounidenses enumeram os seguintes danos sofridos:

  • O encouraÇado Arizona explodiu, levando mais de 1000 vidas
  • O encouraÇado Oklahoma emborcou, deixando apenas pequena parte do casco acima da linha de Água
  • O encouraÇado California afundou, ficando parte das suas bateriais principais acima da linha de Água
  • O encouraÇado Nevada encalhou, sofrendo danos severos
  • O encouraÇado West Virginia afundou
  • O encouraÇado Maryland sofreu danos moderados, sem necessidade de reparos em doca seca
  • O encouraÇado Tennessee sofreu danos moderados, exceto na ponte de comando, onde os danos foram severos
  • O encouraÇado Pennsylvania, atingido nas docas secas, sofreu danos sÉrios, porÉm não de natureza vital
  • O encouraÇado Utah, usado como navio alvo, emborcou
  • Os cruzadores Leves Releigh, Helena e Honolulu foram danificados moderadamente
  • Os contratorpedeiros Cassin, Downess e Shaw foram seriamente danificados
  • O navio de reparos Vestal foi intencionalmente encalhado para prevenir afundamento
  • O porta-hidroaviÕes Curtiss foi severamente danificado por choque com um avião e por uma bomba de 500 kg
  • O lanÇa-minas Oglala emborcou.

O exÉrcito e a marinha dos EUA tiveram 188 aviÕes destruÍdos e 159 severamente danificados. Morreram 2403 americanos, e outros 1178 foram feridos.

Os aviadores japoneses concentrara-se nos navios de superfÍcie, poupando outros alvos de grande interesse. Nenhum dos nove submarinos que estavam fora dos bunkers foi alvejado. As oficinas de reparo não foram atingidas, permitindo que a recuperaÇão de diversos navios danificados iniciasse imediatamente. O parque de tanques de combustÍvel tampouco sofreu danos relevantes. Se fosse destruÍdo, tornaria a base inoperante por um longo perÍodo. AlÉm disso, os aviÕes destruÍdos consistiam em sua maioria em obsoletos Grumman F3F, Boeing P-26 e Brewster Buffalo.

Alguns oficiais e lÍderes de voo tentaram convencer Nagumo a atacar com uma terceira vaga para destruir os depÓsitos de combustÍvel, fÁbricas e docas secas em Pearl Harbor. A destruiÇão destas instalaÇÕes aumentaria as dificuldades da marinha dos EUA, pois as instalaÇÕes utilizÁveis mais prÓximas encontravam-se a milhares de quilÓmetros do Havai, na costa dos Estados Unidos. VÁrios historiadores sugerem que a perda destas instalaÇÕes seria mais pesada que a perda de todos navios de guerra durante as duas primeiras vagas. Nagumo decidiu cancelar a terceira vaga a favor de uma retirada, por vÁrios motivos:

  • A performance das defesas antiaÉreas tinha melhorado muito na segunda vaga (20 aviÕes perdidos) em relaÇão à primeira (9 aviÕes perdidos), e dois terÇos das perdas japonesas aconteceram durante a segunda vaga, devido em parte aos estado-unidenses jÁ estarem alertados. Uma terceira vaga teria sofrido perdas ainda maiores.
  • As duas primeiras vagas tinham utilizado essencialmente todos os aviÕes preparados posteriormente ao ataque, e uma terceira vaga teria levado tempo a ser preparada, dando provavelmente tempo às forÇas estado-unidenses para encontrar e atacar a frota de Nagumo. A localizaÇão dos porta-aviÕes estado-unidenses em exercÍcio antes do ataque continuava desconhecida para Nagumo.
  • Os pilotos japoneses não tinham treinado para o ataque às bases navais de Pearl Harbor e organizar tal treino demoraria ainda mais tempo.
  • O combustÍvel disponÍvel não permitia que a forÇa japonesa ficasse mais tempo a norte de Pearl Harbor.
  • A hora da possÍvel terceira vaga seria tão tarde que obrigaria os aviÕes a voltarem aos seus porta-aviÕes apÓs o anoitecer. As operaÇÕes aÉreas nocturnas ainda eram muito recentes em 1941, e nenhuma forÇa mundial tinha ainda desenvolvido tÉcnicas eficazes.
  • A segunda vaga tinha completado essencialmente a missão inteira: neutralizar a frota estadunidense no PacÍfico.
  • Os porta-aviÕes eram necessÁrios para servirem de suporte para o ataque principal japonÊs contra as Filipinas, as Índias, MalÁsia e Birmânia, no qual o objectivo era capturar combustÍvel e outros recursos. Nagumo tinha ordens directas para não arriscar o seu comando mais do que o necessÁrio. As previsÕes posteriores ao ataque indicavam que, provavelmente, a forÇa japonesa sofreria a perda de dois a quatro porta-aviÕes durante o ataque, e Nagumo estava bastante contente por não ter sofrido grandes baixas e não queria abusar da sua sorte.

 

Significado histÓrico

 

O ataque a Pearl Harbor teve apenas um pequeno impacto militar devido ao insucesso da Marinha Imperial Japonesa no seu objectivo de afundar os porta-aviÕes. Mas mesmo que estes tivessem sido afundados, o Japão poderia não ter ficado ainda assim, muito beneficiado, a longo termo. O ataque firmemente apontou os Estados Unidos e a sua massiva economia industrial para a Segunda Guerra Mundial, conduzindo à derrota mundial das forÇas do Eixo.

O primeiro-ministro do Reino Unido Winston Churchill, ao ter conhecimento que o ataque a Pearl Harbor tinha finalmente feito os EUA entrar na guerra, escreveu "Estando saturado e satisfeito de emoÇão e sensaÇão, fui para a cama e dormi o sono dos salvos e agradecidos". (Winston Churchill, The Second World War, vol. 3, p. 539) A vitÓria aliada nesta guerra conduziu a que os EUA emergissem como uma potÊncia mundial.

Em termos de histÓria militar, o ataque tornou os porta-aviÕes como o centro do poder naval, substituindo o couraÇado como o navio mais poderoso da frota naval. Contudo, sÓ mais tarde, noutras batalhas, É que o porta-aviÕes tornou-se nesse centro de poder.

Fonte:Wikipedia.

Um AbraÇão.

Last edited by Paulão - Tchwrma
Original Post

Replies sorted oldest to newest

Boa lembrança Paulão, eu tinha esquecido o dia 7 de Dezembro, geralmente quando cai no Domingo e se eu tenho a oportunidade, revejo " Tora Tora Tora " e dou uma fuçada  no meu estoque de japas.

Meus parabéns pelo texto acima, tá muito bom.

Abração

Boa lembrança ontem qdo fui dormir  pensei nisso também, agora boa explicação sobre o combustível e sobre o horário noturno o que justifica o não uso da terceira leva. Também explica ou em parte explica por que não atacaram e tomaram Midway na volta, coisa que ao meu ver deveria ter sido executado c paralelamente ao ataque e com o desembarque de tropas e sem grandes perdas e derrotas posteriores como a que eles teriam 06 meses depois em Midway.

Outro ponto é que a não destruição das docas gerou um esforço de recuperação sem precedentes que permitiu a que todos os encouraçados com exceção do Arizona fossem lançados ao mar cerca de 06 meses depois.

Last edited by REZENDE

em  que  se d eve  ponderar-....houve  atraso  na  decodificação das  ordens   do  japão ao  embaixador,  que  acabou  entregando a  declaração de  guerra  minutos depois  do  inicio  do  ataque   e não  poucos  minutos  antes....... declarar  guerra  e  poucos  minutos atacar e´uma  coisa  e  atacar sem  qualquer  aviso  é  outra  ....(se  bem  que devemos  nos lembrar  que   são raríssimas  as  vezes  que  os exercitos   atacam com  aviso  prévio...)....

se  não leram  os  americanos, a  doutrinas  orientais -  a arte da  guerra  - é  ficar  em desvantagem frente  a  qualquer inimigo... mandam os  manuais de guerra  a serem vigilantes  e  "esperar  o inesperado"....a  tal  ponto  que  houve  alguns  avisos  de atenção aos  comandantes  militares  do havai...mas foram  pífios...e  acabaram  servindo  de  bodes  meio que  expiatórios  das  falhas   dos  eua......

quanto ao  quesito...falta  de  coragem,   não sei.....atravessar  um  oceano  e  ir  de  encontro a  uma base fixa e  na  época a maior dos  eua,  tendo  risco de ser descoberto .....e´uma  atitude  para  loucos e/ ou  ousados ....(fortuna  audaces  javat.....porém  ganhar  uma batalha não  é  o mesmo de  ganhar  uma  guerra como viram  os  japinhas  mais  tarde ) ....deve-se  pensar  que  o mentor  yamamoto  sabia  o  que  seria  acordar o gigante  adormecido....ele  foi  e  estudou  nos eua e  viu o potencial industrial  e  militar, aliás  o território  principal e  os  recursos  dos  eua  permaneceram  em  boa  segurança.. ..  em  todo  caso  é  uma  pena  que  para  varair  como  dizia  clauzewitz  a  guerra  é  uma  forma de fazer  politica  por  outros  meios.......  e os  eua  ja  estavam  meio camuflados  na epoca   e  metidos  nos  comboios navais  ingleses.....  e  o  que  finalmente  fez  os eua  sair  de  sua "neutralidade-  lembre-se  do cash  and  carry....vender armas  a  quem  possa pagar"...... de santos  nenhum  deles  tem.... ficam na memória  os  sacrificios  de  milhares-milhões,  quer lutando pelo lado  do  "bem"  quer pelo lado do  "mal'...

Pois eh os EUA decretaram embargo comercial ao Japão e intimaram os japas à cairem fora da China, creio que esta resposta insana às medidas dos EUA foi uma tentativa de mostrar o orgulho japonês e humilhar os EUA, só que a reação foi contrária ao que talvez os japoneses aguardassem. Ao invés dos EUA se intimidarem e irem para a mesa de negociações foram à guerra total o resultado todos já sabem, que culminou com o lançamento de 02 bombas atômicas no Japão e sua rendição

Não sei a definição de ataque covarde e inútil espelha a realidade dos fatos...

Lembremos que a WWII nada mais é do que uma continuidade da WWI e devido a isso, com uma forma bem típica de se resolver os problemas...

Em ambos os conflitos, tínhamos reis, imperadores, ditadores, mas apesar das diferenças de cada um, rezava a cartilha comum de se resolver tudo pela força das armas, onde o fator humano era praticamente ignorado. Pressionar o inimigo através do poder bélico, era coisa absolutamente normal, até mesmo entre as nações ditas liberais...

O que o Japão fez em Pearl Harbor, não é muito diferente do que os americanos fizeram no quase esquecido conflito da guerra Hispano-americana, quando num ataque surpresa, aniquilou a marinha espanhola na Baía de Manila, nas Filipinas e não muito diferente também, da maria britânica atacando a marinha francesa em Casablanca na WWII..

Lembremos que o Japão, como potência, foi ignorado e injustiçado no final da WWI, quando nas partilha dos despojos e em seguida, nas limitações impostas pelo Tratado Naval de Washington em relação as suas contrapartes americanas e britânicas.... Para piorar, ainda sofreu com o embargo de petróleo dos EUA...

Claro que isso foi em decorrência da Guerra contra a China, mas o que dizer da Guerra Civil Espanhola, onde ninguém fez praticamente nada pra impedir o massacre espanhol? E o apoio fornecido aos russos imperialistas que implicou num massacre prolongado após a Revolução? disso é claro, ninguém lembra, pois a história é e sempre será escrita pelos vitoriosos... É mais fácil acusar os outros, do que ver os próprios erros cometidos debaixo do próprio nariz...

Voltando ao Japão, totalmente dependente dos recursos externos e sem nenhuma outra escolha que não fosse aceitar a suprema humilhação, coisa absolutamente inadmissível para uma nação tão orgulhosa...

Restava então reagir e partir pro tudo ou nada... Aí vão dizer que os culpados foram os militares, mas aí eu pergunto: qual a diferença entre estes e os políticos? Com exceção da gravata e cartola de um e da farda e quepe do outro, não vejo mais nada de diferença... Ah sim, um mata com baioneta e ou outro com uma canetada...

Ao atacar Pearl Harbor, eles nada mais fizeram do que seguir a cartilha da guerra, onde se diz que a surpresa é a melhor de todas as armas... ao atacar, eles eliminaram seu inimigo maior e mais próximo, de onde certamente se esperaria uma reação à sua estratégia... Nada mais certo e mais lógico...

Seu erro foi subestimar o inimigo e não aproveitar a oportunidade... Aí sim eu concordo com a inutilidade do ato...Tivessem liquidado com Pearl Harbor e invadido as ilhas havaianas e em seguida a Austrália e Nova Guiné, a história da WWII poderia ter sido bem diferente, talvez terminando mais tarde e com muito mais perdas de vidas, com os americanos não tão empenhados no Atlântico, mas tudo isso são apenas suposições...

Se os japoneses foram cruéis, também o foram todos os outros em algum momento da história, sempre com algo que justificasse tal fato... A bomba atômica, é um bom, senão o melhor exemplo disso...

No final das contas, ninguém é totalmente inocente...

José Luiz Vieira posted:

Não sei a definição de ataque covarde e inútil espelha a realidade dos fatos...

Lembremos que a WWII nada mais é do que uma continuidade da WWI e devido a isso, com uma forma bem típica de se resolver os problemas...

Em ambos os conflitos, tínhamos reis, imperadores, ditadores, mas apesar das diferenças de cada um, rezava a cartilha comum de se resolver tudo pela força das armas, onde o fator humano era praticamente ignorado. Pressionar o inimigo através do poder bélico, era coisa absolutamente normal, até mesmo entre as nações ditas liberais...

O que o Japão fez em Pearl Harbor, não é muito diferente do que os americanos fizeram no quase esquecido conflito da guerra Hispano-americana, quando num ataque surpresa, aniquilou a marinha espanhola na Baía de Manila, nas Filipinas e não muito diferente também, da maria britânica atacando a marinha francesa em Casablanca na WWII..

Lembremos que o Japão, como potência, foi ignorado e injustiçado no final da WWI, quando nas partilha dos despojos e em seguida, nas limitações impostas pelo Tratado Naval de Washington em relação as suas contrapartes americanas e britânicas.... Para piorar, ainda sofreu com o embargo de petróleo dos EUA...

Claro que isso foi em decorrência da Guerra contra a China, mas o que dizer da Guerra Civil Espanhola, onde ninguém fez praticamente nada pra impedir o massacre espanhol? E o apoio fornecido aos russos imperialistas que implicou num massacre prolongado após a Revolução? disso é claro, ninguém lembra, pois a história é e sempre será escrita pelos vitoriosos... É mais fácil acusar os outros, do que ver os próprios erros cometidos debaixo do próprio nariz...

Voltando ao Japão, totalmente dependente dos recursos externos e sem nenhuma outra escolha que não fosse aceitar a suprema humilhação, coisa absolutamente inadmissível para uma nação tão orgulhosa...

Restava então reagir e partir pro tudo ou nada... Aí vão dizer que os culpados foram os militares, mas aí eu pergunto: qual a diferença entre estes e os políticos? Com exceção da gravata e cartola de um e da farda e quepe do outro, não vejo mais nada de diferença... Ah sim, um mata com baioneta e ou outro com uma canetada...

Ao atacar Pearl Harbor, eles nada mais fizeram do que seguir a cartilha da guerra, onde se diz que a surpresa é a melhor de todas as armas... ao atacar, eles eliminaram seu inimigo maior e mais próximo, de onde certamente se esperaria uma reação à sua estratégia... Nada mais certo e mais lógico...

Seu erro foi subestimar o inimigo e não aproveitar a oportunidade... Aí sim eu concordo com a inutilidade do ato...Tivessem liquidado com Pearl Harbor e invadido as ilhas havaianas e em seguida a Austrália e Nova Guiné, a história da WWII poderia ter sido bem diferente, talvez terminando mais tarde e com muito mais perdas de vidas, com os americanos não tão empenhados no Atlântico, mas tudo isso são apenas suposições...

Se os japoneses foram cruéis, também o foram todos os outros em algum momento da história, sempre com algo que justificasse tal fato... A bomba atômica, é um bom, senão o melhor exemplo disso...

No final das contas, ninguém é totalmente inocente...

Voto com o relator 

Incluir Resposta

×
×
×
×
Link copied to your clipboard.
×