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Interessante notÍcia onde a Qantas transporta uma turbina de 10ton. na asa.

AlÉm de dar uma dica interessante de modelagem, mostra a capacidade de solucionar problemas de transporte com inteligÊncia e competÊncia.

Pensei: porque não transportar uma turbina no compartimento de carga?

Mas foi num voo comercial regular, sem o custo e trabalho de transporte especializado.

http://mashable.com/2016/01/06...engine/#n7ActEgiomqG

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Bom dia.

Na maioria dos casos, a aeronave está transportando o quinto motor extra para uma aeronave irmã parada em um aeroporto longe da base de manutenção da companhia aérea, devido a sério problema com um de seus motores. E, às vezes, a aeronave está transportando o quinto motor adicional de volta à sua base.

Essa técnica, que é mais comum do que a reportagem quis fazer crer, visa poupar gastos com frete bem como agilizar a entrega do motor em algum ponto da escala da aeronave em voo regular.

No caso da Qantas, a sua Central de Manutenção é em Sidney.

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Alguns exemplos de outras oportunidades em que houve o transporte do motor extra.

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Algumas companhias colocavam artefatos aerodinâmicos à frente da turbina extra para diminuir arrasto e consumo de combustível.

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0226374Abs.

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Last edited by artemius111
Tripa seca posted:

Mas já existe uma estrutura para esse acoplamento na asa? Como é feita a fixação?

A minha pergunta seria mesma..
Já existe esse ponto de fixação nas asas, de fábrfica???

em todas fotos a posição é a mesma...

Bom dia.

Complementando...

O transporte de motores, externamente, sob a asa, não é uma atividade padrão, ainda mais envolvendo, voo regular, com passageiros.

O aumento do arrasto aerodinâmico, mesmo com o motor extra parcialmente coberto, internamente, ou com cobertura externa, conformes as fotos acima, refletia no consumo de forma bem marcante. Algumas companhias, quando do uso do pod 5, restringem a velocidade de cruzeiro a 78-81% da padrão para diminuir o consumo. Também há a necessidade de maiores cuidados da tripulação quanto a pilotagem e as condições atmosféricas.

Somente aspectos de emergência é que força tal procedimento. Apenas para confirmar. Esse motor é absolutamente inerte, não tendo nenhuma ligação com o sistema de combustível.

Sabe-se que é possível transportar os grandes motores B777 (incluindo os GE-90) nesta posição do pod 5.

 

Apenas para se ver algo que realmente impressiona...

A GE possui ou possuía um velho B747 que eles usam ou usavam para testes de voo de novos motores, incluindo o GE90-115 para o novo B777-LR. Em um teste ao final de 2014 ou começo de 2015, em voo de cruzeiro, três motores foram postos em marcha lenta e o 747 foi pilotado usando apenas um motor.

 

Voltando ao assunto do tópico e finalizar, para fazer esse transporte externo, algumas aeronaves, por solicitação das empresas compradoras, vinham com reforços internos nas asas e pontos de encaixe para os motores, conforme a foto abaixo, marca bem. São pontos muito discretos e facilmente não detectáveis se o observador não estiver procurando-os.

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Espero que isso ajude aos amigos.

Abs.

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Last edited by artemius111

Para complementar...

Apenas o B747-400QF e SAA tem a capacidade do pod 5, que se localiza na asa esquerda.

Além dele, somente o L1011 tinha um pod 4, localizado, porém, na asa direita.

Abs.

Ps.: Eis, abaixo, uma raríssima foto de um L1011 levando uma, nesse caso, quarta turbina na asa direita, parcialmente encoberta mas ainda visível.

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Last edited by artemius111

Mais um complemento...

O pod 5 pode transportar apenas turbinas Rolls-Royce e Pratt&Whittney que propulsionam o B747, em aeronaves escolhidas pela companhia compradora no momento da compra e anterior à construção.

Sempre que for usado o pod 5 para transporte, a velocidade máxima de cruzeiro do B747-400 é reduzida para Mach 0,78.

 

Mas também pode haver um outro viés nessa história, ou não?

Voar com 3 turbinas!

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Abs.

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Last edited by artemius111
CASTR0 posted:

Muito bom Artemius, grato pela aula!

Meu caro, isso está longe de ser uma aula.

É apenas uma trabalho de pesquisa, de ordenamento de dados que gosto de fazer e trazer ao membros do Site.

Nesse processo, duas coisas acontecem: vocês tem acesso a coisas bem interessantes que podem, como nesse caso, render algum projeto especial em aeronaves, e eu, mais uma vez, vou aprendendo em áreas em que sou pouco mais que um zero à esquerda... e, aos poucos, vou tendendo a neutralidade.

Um grande abraço e um bom fim de semana para todos nós e nossas famílias.

Ps.: tenho mais fatos interessantes sobre o tópico mas estou resolvendo problemas de postagem de fotos no meu PC e até a noite devo postar.

 

Tripa seca posted:

Uai, mas o outro avião usando o esquema não era um 707?

Acabei focando modernamente e esqueci-me do 707.

As companhias que usavam o pod 5 no 707 eram aquelas que voavam longas distâncias, para o Oriente Médio e Ásia, em virtude da distância que havia entre as centrais de manutenção e algumas das escalas que essas companhias faziam. Pelas fotos postadas acima vê-se o uso desse recurso.

 

Outra aeronave que usava esse mesmo recurso de transporte era o DC-8, cuja companhia que mais se utilizava dele era a Air New Zeland.

O sistema de pod 5 consistia de um suporte aparafusado no lado debaixo da asa esquerda, entre o motor 2 e a fuselagem e ao qual o motor extra era preparado para transporte.

Na foto abaixo, vê-se o DC-8 ZK-NZE, em 08 de dezembro de 1981, com um motor de substituição para um cargueiro DC-8 ZK-NZD, mantido em terra em Sydney, após uma falha de motor ocorrida durante o transporte de 24 leões de circo entre Melbourne e a Nova Zelândia.

DC8 5th pod1 copy

Uma excelente vista do artefato aerodinâmico colocado na frente da turbina levada no pod 5.

DC8 5th pod2 co1py

Motor Pratt & Whittney JT3D-3B que propulsionava o DC-8 e transportável no pod 5 ou em avião cargueiro,

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e um GE90 que propulsiona um Triple 7...

ScreenShot844

Vejam a diferença de tamanho.

Para transportar o GE90 só o pod 5 ou o uso de um An124. O B747-8 pode transportá-lo desde que ele seja dividido em duas partes: o módulo da ventoinha e o restante.

Para se ter uma ideia, o transporte, pela FEDEx, de uma turbina para um B764, de Atlanta à Honolulu custa entre $3-5 milhões, bem mais caro do que colocá-la embaixo de uma asa de uma aeronave.

Abs.

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Vamos lá.....

Eu só achei uma foto, mas eu acho que tenho mais uma ou duas , tenho que dar uma arrumada no meu HD externo.

Uma eu tenho quase certeza que é em P&B, a outra é essa ai........

Boeing 707-400 VARIG PP-VJA 2

Vou tentar ver nesse fim de semana.

Abração a todos

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Mais um upgrade, dessa vez com uma bela história por trás.

CF-CPG [cn 45623-130) Empress flight departing for Vancouver. This one is carrying an extra RR Conway engine in the 5th pod

Esse DC-8-43, que carrega um motor no pod 5, foi simplesmente o único jato comercial a bater a velocidade do som em mergulho programado e não por caso fortuito ou acidente.

Essa história acabei de postar no link abaixo e vale um lida.

https://webkits.hoop.la/topic/v...o-num-dc-8#lastReply

Abs. aos que acompanham.

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