A Defesa AÉrea Do Brasil É Testada PARTE 1
Abril de 1982, feriado de Sexta-feira Santa. Uma tempestade desaba sobre o Planalto Central. Na Base AÉrea de AnÁpolis (BAAN), o 1 Grupo de Defesa AÉrea mantÉm caÇas F-103 Mirage e tripulaÇÕes em alerta, prontas para decolar. Passava das 8 horas da noite, quando o Comando de Defesa AÉrea acionou a unidade. De acordo com as primeiras informaÇÕes, uma aeronave sobrevoava o territÓrio brasileiro ea tripulaÇão se negava a prestar qualquer esclarecimento. A noite era tomada por uma grossa camada de nuvens, com raios e trovÕes. Apesar do tempo adverso, dois pilotos da ForÇa AÉrea decolam.
Com o uso do PÓs-combustores, os dois Mirage sobem rapidamente e, em poucos minutos, o Jaguar Negro Um aproximava-se do alvo a 1,15 vezes a velocidade do som. As nuvens manchavam as imagem do radar, mas os caÇadores localizam e indentificam o alvo: Ilyushin 62 da empresa estatal Cubana. De fabricaÇão soviÉtica, a aeronave de transporte podia atingir atÉ 900 Km/h e 13 mil metros de altitude.
Seguindo as orientaÇÕes do controle em terra, os Mirage se posicionaram ao lado da cabine do avião de transporte, e, quando os pilotos cubanos se negaram mais uma vez a atenderem os chamados do CINDACTA I, o Major JosÉ Orlando Bellon afirmou em InglÊs pelo rÁdio: "VocÊ foi interceptado. HÁ duas aeronaves de combate ao seu lado. A ordem É pousar em BrasÍlia imediatamente". A tripulaÇão cubana avistou os caÇas brasileiros e, em seguida, fizeram contato solicitando informaÇÕes para o pouso.
O Ilyushin 62 tentava cruzar todo o territÓrio brasileiro para seguir diretamente para a Argentina. Entre os passageiros, um diplomata cubano. A aeronave foi liberada apenas no dia seguinte.
AEROVISãO (EdiÇão HistÓrica)
Fonte:
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Um abraÇão.