Na esmagadora maioria das vezes, ao nos envolvermos com nosso kits e as fontes de referência necessárias a construção deles, nos atemos aos detalhes de casco, torre, suspensão, armamentos e nem nos damos conta, ainda que de maneira fugaz, àqueles que passaram pelo interior desses veículos, dando sangue, suor e lágrimas... literalmente falando.
Mesmo quando lemos volumes e mais volumes sobre a arte militar, como É o meu caso, nos esquecemos do fator humano que, inúmeras vezes, sobrepõem-se à estratégias e táticas, poder de fogo, logística e outras facetas que se apresentam em todo confronto bélico.
Por causa disso, estou abrindo esse tópico que, certamente, para alguns vai parecer estar fugindo aos objetivos, não apenas do Fórum, mas do próprio plastimodelismo.
Na verdade, o plastimodelismo, na minha visão, é claro, deveria ser para todos nós um meio de educação cada vez maior das nossas tendências agressivas, passionais, violentas, através do conhecimento amplificado do que seja uma guerra e das suas consequências intrinsecamente carregadas nas suas ações e constantemente subavaliadas e encobertas, consciente ou inconscientemente.
Portanto vamos A Face da Guerra...
Cabo Sarah Bryant primeira mulher soldado inglesa morta no Afeganistão, em 2008, a bordo de um Snatch Land Rover.
Um jovem soldado russo, 1941.
Enfermeira militar americana cuidando de pequenino vietnamita adoentado em um hospital de campo MUST, Vietnam, 1968.
Soldado americano, Iwo Jima, março de 1945
Um soldado das Waffen SS, 1944.
Soldado alemão. Os olhos da guerra. Primeira Guerra Mundial, 1917.
Comparem essa foto com a anterior e com a seguinte e comparem os olhos dos três homens num fluxo de tempo de cinquenta anos e uma evolução tecnológica brutal na arte de matar.
Soldado norte-americano com criança sul-vietnamita, Vietnam, 1967. Alguns autores colocam que esses olhos surgem em todas as guerras, gerados pelas experiências desumanas, pela violência desmedida e pela insensibilidade e indiferença que acabam enchendo o âmago de homens e hoje também de mulheres, de um vazio existencial, espiritual que nunca acaba.
Soldados russos do Czar Nicolau, 1914, Rússia.
Soldado russo, Stalingrado, 1942. Vejam os olhos.
Trabalhadora do Exército da Salvação escrevendo uma carta para um soldado ferido, França, 1918.
Tenente Philip Charles Gratwicke, morto em combate perto de Hamel sobre o Somme, em 30 de março de 1918, aos 23 anos.
Oficial do Exército Imperial do Japão, 1942.
Soldados finlandeses com crânios nos seus capacetes, Finlândia, Guerra do Inverno, 1940.
O que se pode dizer desse Ícone fotográfico. Imagem de imenso poder de comunicação...
Vietnam, 1968.
Comandante Adelaide Sinclair, Diretora do Real Serviço Naval Feminino Canadense, Ottawa, Ontário, Julho de 1944