Ada Rogato: Homenagem a 1ª mulher brasileira a obter brevê de piloto e terceira em brevê Intencional.
Ada Rogato nasceu em São Paulo e era filha dos imigrantes italianos Guilherme Rogato e Maria Rosa Grecco Rogato. O legado que esta brilhante aviadora deixou É de grande relevância no cenário da aviação brasileira diante de seus feitos. Deve, pois, ser lembrada e reverenciada pelos adeptos de aviação. Viveu na Época de ouro da aviação desportiva.
Ada destacou-se como a primeira piloto de planador (nº25), primeira dobradora de para-quedas,primeira para-quedista a saltar em São Paulo e na América do Sul. Recebeu o terceiro brevê de piloto civil internacional da FAI,de nº 248, em 1940, e de nº1.314, para avião categorias "A" e "B". Seus voos eram sempre realizados em aviões monomotores.Como para-quedista, sagrou-se campeã e executou 105 saltos.
Licenciou-se, em 1941, do Instituto Biológico de São Paulo,onde trabalhava, para participar da Semana da Asa.Sofreu acidente ao executar serviços experimentais como piloto agrícola, no combate à broca do café, no ano de 1948, ficando internada por 30 dias.
Ada ousava sempre. Sua principal característica era voar sozinha, ainda que a aeronave possuísse recursos limitados. àquela Época,a infra-estrutura da aviação era modesta, o que não impediu a arrojada piloto de realizar inúmeros reides.
Em 1950, pilotando um Paulistinha CAP-4, o PP-DBL, cobriu 11.691 quilômetros, em 16 horas de Voo, ocasião em que transpôs, pela primeira vez, a Cordilheira dos Andes.Foi, então, a brasileira que teve a primazia de efetuar essa proeza.
Ada, em abril de 1951, sozinha, em sua epopeia aérea, percorreu no PT-ADV, de 90 HP, 51.064 quilômetros em 326 horas de Voo,visitando 28 países. Decolou da Terra do Fogo, rumo ao Alasca, no mais longo reide efetuado por um aviador solitário ( Circuito das Três Américas ).
Participou de uma revoada com 280 aviões brasileiros, para a Argentina, percorrendo 4.782 quilômetros em 29 horas e 09 minutos. Ainda, em 1952, em seu pequeno Cessna 140 -A, partiu do Campo de Marte (SP) para a Bolívia, pousando no mais alto aeroporto do mundo, El Salto, situado a 4.071 metros de altitude. Superou no Voo, com sua habilidade, a rarefação do ar, a qual provocava queda na potência do motor.
No ano de 1956, Ada Rogato novamente ousou ao percorrer 25.057 quilômetros, em 163 horas de Voo, visitando inúmeras capitais e sobrevoando parte da selva amazônica.
Em março de 1960, decolou de Piracicaba (SP) rumo à Ushuaia, o povoado ao extremo sul da Patagônia, nos confins da Terra do Fogo. Foi a primeira mulher aviadora a fazê-lo. Teve que enfrentar, durante várias horas, ventos de través de até 80 kms / hora, fazendo correções de 45 graus, para manter a rota. Teve que suportar, inclusive, temperaturas em torno de 3 graus abaixo de zero
Nasceu em 22.12.1920 e faleceu em 17.11.1986. Seu corpo foi velado no Museu Aeronáutico de São Paulo, onde havia sido presidente.
Pertenceu a várias entidades nacionais e estrangeiras. Recebeu muitas condecorações, medalhas, diplomas e brevês, tais como:
-Ordem do Ministério Militar
-Ordem do Ministério Naval
-Ordem do Ministério Aeronáutico
-Medalha do Pacificador (Exercito)
-Medalha do Mérito Santos Dumont
-Ordem Condor dos Andes (Bolívia)
-Medalha Bernardo O`Higgins (Chile)
Ada en Chile
ADA ROGATO, essa moÇa destemida, nascida em São Paulo, no dia 22 de dezembro de 1910, tornou-se, 24 anos depois, em plena decada de 30 a primeira mulher brasileira a obter brevÊ de piloto de planador e de paraquedista, a terceira a obter o brevÊ de aviador no Brasil.
Ela foi :
A maior recordista de vôos solitários sobre o Brasil e as três Américas, da Terra do Fogo ao Alasca.
A primeira mulher a pousar com seu pequeno avião no aeroporto mais alto do mundo (El Alto, na Bolívia).
A primeira a saltar de paraquedas em países como o Chile, o Paraguai e o Uruguai.
Foi também, a primeira piloto a cruzar, em voo solitário, a Amazônia.
E, ainda, a primeira a pousar em Brasília, quando a capital brasileira ainda estava em construção.
Fez 213 voos de patrulhamento no litoral paulista, durante a 2.ª Guerra Mundial;
Inaugurou campos de aviação e estimulou a criação e prosseguimento de aeroclubes por todo o Brasil.
Foi pioneira em voos de fumigação no combate à broca do café.
Uma trajetória sensacional, que terminaria em 15 de novembro de 1986 quando, aos 76 anos, Ada foi vencida por um câncer.
Museu da TAM - Cessna de Ada
Foto Museu da Tam
Terra do Fogo ao Alasca, 51.064 km em 326 horas !
Campeã Brasileira de Paraquedismo, 105 saltos, de aviões e helicópteros, incluindo noturnos !
Aproximadamente 5.000 horas de voo !
Encarou ventos de 80 a 100 km/h no estreito de Magalhães num monomotor de 90 HP, sozinha sempre !
Sabe por que não cruzou o Atlântico ? O Cessninha dela não aguentaria ! Ousada, sim ! Maluca não !
Deu nome a uma cachaça "Voadora", 47 º !
Sozinha, solteira, sem filhos !
Curadora do maior museu aeronáutico da America Latina da Época em São Paulo !
Foto dedicada a aviadora Thereza de Marzo - 1944
"Eu não viajo por Turismo. O Brasil É muito grande. E um país muito especial. Eu quero divulgar esse país para o mundo todo ! "