Mexo com compressores, médios e grandes, há mais 42 anos, profissional e domesticamente.
Durante quase 5 anos, utilizei um compressor Wimpel que me serviu bem durante todo o período. Mais de 120 kits foram pintados e envelhecidos com ele, sem nenhuma dificuldade.
Em Dezembro de 2018, ele começou a falhar no fornecimento de ar e resolvi trocá-lo.
Apesar de ter amigos e clientes que conhecem compressores e queriam ajudar a montar um com motor de geladeira, pelo silêncio e tamanho, acabei decidindo comprar um aparelho já montado e pronto para uso.
Depois de pesquisar o mercado e as opiniões, acabei escolhendo um MicroJet, com motor de geladeira e reservatório 2L. Ele tornou o meu trabalho mais fácil e mais produtivo. Além do mais, como me foi alertado pelo vendedor, posso efetuar a manutenção dele em qualquer oficina de refrigeração.
Uso como aerógrafos um Holbein Y-3 , com 30 anos, um Paasche e um Kroma Renegade, todos funcionando otimamente após a vinda do novo compressor, o que está abrindo-me o mundo das montagens navais e automotivas para esse ano.
Minha opinião, se me permitem dá-la, e, talvez confrontando opiniões aqui postadas, é:
comprem o melhor compressor e o melhor aerógrafo que puderem.
Não gastem dinheiro com aparelhos que, além de tirar-lhes o prazer de fazer plenamente uma boa pintura e envelhecimento, em pouco tempo, vão deixá-los na mão.
Já joguei no lixo 3 aerógrafos cujos anéis, roscas e encaixes romperam, quebraram ou gastaram e, como são de fabricantes diferentes, você não pode intercambiar peças. Nenhuma perda foi por má utilização. Estou acostumado a trabalhar, por mais 4 décadas, com instrumentais bem mais delicados e exigentes que um aerógrafo.
Tive um aerógrafo que vinha com 3 bicos de tamanhos diferentes, 3 agulhas e que a rosca de um dos bicos quebrou dentro da tubulação, três semanas após a compra. Tive outro cujos anéis romperam-se em dois meses. Tive outro que ficou bamba das pernas em meses por quebra de um encaixe interno. Tudo foi direto para o lixo...
Então, hoje, só aerógrafo sem anéis de borracha, apesar de só usar tintas acrílicas. Bicos, só os de encaixe por pressão, nada rosqueável, para evitar fraturas. Construção robusta e com peso, para melhor estabilidade e rendimento. Aparelho de marca reconhecida, não de fabricante de fundo de quintal, para haver peça de reposição e possibilidade de reclamação.
Nunca o dito "o barato sai caro" aplica-se tão bem quanto ao mundo dos aerógrafos e compressores.
Abs. e um bom fim de semana para nós e nossas famílias.