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Finmeccanica – AgustaWestland tem o prazer de anunciar que a AviaÇão Naval da Marinha do Brasil assinou um contrato para uma grande atualizaÇão de meia-idade de oito helicÓpteros Lynx Mk21A. O contrato, avaliado em mais de US$ 160.000.000 (€ 117  milhÕes), inclui a substituiÇão dos motores da aeronave com o produto CTS800-4N da LHTEC, aviÔnicos de navegaÇão, displays e suÍte de missão. Um pacote de suporte e treinamento abrangente que inclui um dispositivo de treinamento de voo tambÉm estÁ incluÍdo no contrato.

 

As atividades de atualizaÇão terão inÍcio em meados de 2015 na fÁbrica da AgustaWestland em Yeovil, Reino Unido, com o primeiro helicÓptero programado para ser entregue de volta para o cliente no Outono de 2017. O lote completo de aeronaves atualizado estÁ previsto para ser entregue no inÍcio de 2019 .

 

Essas atualizaÇÕes darão à aviaÇão naval do Brasil uma melhoria significativa em suas capacidades, com melhor desempenho, alcance e eficÁcia operacional de missão da aeronave. O programa de atualizaÇão fornece evidÊncias de capacidade e expertise da empresa em helicÓpteros navais, e fortalece ainda mais a parceria de longa data com este operador lÍder, que opera helicÓpteros Lynx desde 1978.

 

A nova geraÇão de motores CTS800-4N, jÁ utilizados no Lynx Mk9A do ExÉrcito Britânico, no Super Lynx 300 e no AW159, vão fornecer aos helicÓpteros grandes melhorias de desempenho em ambientes quentes e altos, permitindo aumento da carga útil e uma Área de operaÇão estendida.

 

A nova cabine “glass cockpit” serÁ complementada por um conjunto de aviÔnicos avanÇados que compreende um processador tÁtico, sistema de navegaÇão baseado em satÉlite, sistema de trÁfego anti-colisão, sistema de aterragem por instrumento, receptor/medidas de vigilância eletrÔnica de alerta radar integrado com dispensadores de contra medidas e um cockpit totalmente compatÍvel com Night Vision Goggle, juntamente com um novo guincho de resgate acionado eletricamente.

 

AH-11 Super Lynx_01

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A MB adquiriu na década de 1970, 9 helicópteros “Sea Lynx Mk21”.

Na década de 1990, a MB adquiriu um lote de 9 helicóperos “Super Lynx Mk21A” e modernizou as 5 unidades restantes do lote inicial para este mesmo padrão. Desta forma, o total foi elevado para 14 unidades.

 

Destas 14 aeronaves, duas sofreram acidentes e foram perdidas totalmente e, uma terceira aeronave, sofreu acidente sem perda total, mas não foi recuperada. Desta forma, restaram 11 aeronaves operacionais, sendo 7 delas do segundo lote, que são as compradas 0 Km no contrato de 1995. Dessas, a que se acidentou e será agora recuperada é a N-4002.

 

As N-4007 e N-4008 foram perdidas em acidentes. A N-4009 se acidentou, mas foi recuperada e voltou a voar. Provavelmente a oitava célula seja a N-4010, que foi preservada ainda no século passado e não voou mais, pelo menos até 2012.

 

A AgustaWestland insiste que vale a pena modernizar mais uma [acho que seja a N-4014] . As demais, deverão ir para museus.

 

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Uma coisa muito importante nesta notícia: Ela fala em “contrato de suporte”. Se for de manutenção, não constando apenas o período de garantia, será uma grande aquisição. Os Lynx nunca tiveram esse tipo de suporte, no que somos os únicos operadores do mundo a não tê-lo. Isso explica a crônica baixa disponibilidade dessas aeronaves na MB.

 

O Lynx possui um programa de manutenções planejadas diferente da maioria das aeronaves ocidentais. Ele nunca faz inspeções cuja duração supere 72 horas ou demande o chamado “depot level”. Em contrapartida, faz um número expressivo de pequenas inspeções, que, na maioria podem ser feitas nos navios (acho que só a de 400 horas é que não dá e troca muitos componentes “on condition”. Esse ciclo é repetido a cada 60 semanas.

 

Por conta da falta de contrato de manutenção, sempre houve problemas para adquirir até os componentes com troca calendárica “on condition”. Isso deve aumentar consideravelmente a disponibilidade.

Informação de um ex-piloto de Lynx da MB sobre os motores GEM MK-1017:

 

O GEM é um motor muito potente para seu tamanho e bastante elástico. Entretanto, muito problemático. Seus maiores problemas são relacionados a perda de desempenho em altas temperaturas e alto consumo de óleo. É normal que esses motores “babem” óleo após o corte, por conta de sua vedação ser feita por meio de selos do tipo labirinto: fecham quando o sistema é pressurizado e se abrem, dando alguma passagem ao óleo, quando aliviada a pressão. Funcionam bem, principalmente com as altas pressões desse motor, mas possuem esse inconveniente.


Pelo que ouvi, os motores LHTEC CTS800 têm um excelente desempenho em altas temperaturas. Os sul-africanos têm se mostrado satisfeitos.


Quanto aos custos da modernização, relembro que há outros itens envolvidos, como o contrato de manutenção, coisa que nunca tivemos.


As células que serão modernizadas não atingiram sequer 40% de sua vida útil, que é da ordem de 7000 horas, se é que esse limite não aumentou, como vinha acontecendo, fruto dos estudos entre operadores e o fabricante. O N-4002, por exemplo, não deve ter sequer 1000 horas consumidas. Valem o investimento, até porque a R&R comunicou que estava parando de dar suporte aos já descontinuados motores GEM 1017. Nossos Lynx não voam nem até 2016 sem troca de motores. 


Quando os velhos MK-21 foram modernizados, estavam bem mais surrados que esses MK-21A. Cheguei a voar neles. A modernização da época os recompôs a 80% de vida útil remanescente.

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