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AnunClippingNEWS-PAciada no dia 12 de dezembro de 2013, a aquisiÇão dos 36 caÇas suecos Gripen NG, da empresa Saab, tem valor estimado de US$ 4,5 bilhÕes. O programa que prevÊ a aquisiÇão das aeronaves foi iniciado em 2001 e tambÉm inclui a transferÊncia integral de tecnologia ao final do processo. Os novos caÇas substituirão o modelo Mirage 2000, que foi desativado no final de dezembro. Apesar de o valor do investimento ser equivalente a cerca de um quarto do total das importaÇÕes do ano de 2012, aproximadamente US$ 17,4 bilhÕes, e de ser quase quatro vezes mais alto do que o montante total de importaÇÕes de Óleos brutos de petrÓleo (principal produto importado pelo PaÍs em 2012, totalizando pouco mais de US$ 1,2 bilhÕes) o investimento não deve causar grandes impactos na balanÇa comercial brasileira.

Especialistas acreditam que o investimento pode incentivar as exportaÇÕes e o desenvolvimento da indústria nacional, levando-se em conta que É possÍvel que partes dos caÇas sejam produzidas no Brasil. É o que acredita o professor de macroeconomia da Universidade Estadual Paulista (Unesp), Eduardo Strachman. “Não hÁ riscos para a economia porque haverÁ transferÊncia de tecnologia, parte dos caÇas serÁ feita no Brasil. AlÉm de que um PaÍs desse tamanho precisa se defender, ainda mais agora, com o prÉ-sal. Existe tambÉm o problema do trÁfico de drogas. Fazemos fronteira com diversos produtores e os caÇas podem ajudar no controle dessa situaÇão”.

O professor acredita que com o desenvolvimento tecnolÓgico que virÁ a partir dessa parceria, não sÓ a economia brasileira serÁ beneficiada, na medida em que valor investido em importaÇão certamente diminuirÁ, pois existirÁ a produÇão domÉstica, mas tambÉm os cidadãos. “A transferÊncia de tecnologia irÁ se transformar em produÇão, que se transformarÁ em lucros para os empresÁrios e salÁrios e empregos para os trabalhadores. AlÉm de ser possÍvel que existam impactos na exportaÇão futuramente”, explica Strachman.

A professora de economia da PontifÍcia Universidade CatÓlica de São Paulo (PUCSP), Maria Cristina Amorin acredita que o Brasil tem condiÇÕes econÔmicas de efetuar o investimento, porque em 2013 o governo pagou R$ 213 bilhÕes em juros, R$ 18 bilhÕes a mais que em 2012, por conta do aumento da taxa de juros.

A compra dos caÇas É um investimento de R$ 10,63 bilhÕes (cotaÇão de 7 de janeiro). “O saldo da balanÇa comercial brasileira de exportaÇÕes estÁ especialmente baixo, mas a expectativa É de melhorar sensivelmente, inclusive pela desvalorizaÇão cambial a caminho. Quanto ao investimento ser uma saÍda de dÓlares negativa para o PaÍs, as reservas cambiais, em 2014, segundo o Banco Central, estão em torno de US$ 372 bilhÕes e o fluxo de dÓlares acompanha os movimentos das importaÇÕes e exportaÇÕes. Então, não irÁ influenciar”, conclui.

PorÉm, segundo o professor de economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Mauro Osorio da Silva, o investimento não trarÁ efeitos negativos se o pagamento for bem planejado. “Se a quantia for paga rapidamente nos prÓximos anos, poderia causar efeitos negativos nas contas externas e preocupaÇão nos investidores”.

FONTE: Portal Terra

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Gripen NG demo - foto 2 Saab

A BASE É A ALIANÇA ESTRATÉGICA COM A INDÚSTRIA BRASILEIRA, GERADORA DE EMPREGOS DE DIFERENTES NÍVEIS

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Leda Lucia Camargo -  Embaixadora do Brasil junto ao Reino da Suécia

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ClippingNEWS-PAO lendário Gripen, ou Grifo, com corpo de leão, cabeça e asas de águia, representa liderança, força e coragem militar e figura em brasões por possuir muitas virtudes e nenhum vício: utilizado na literatura de Dante Alighieri e Voltaire até Harry Potter, hoje é símbolo que marca a união histórica que beneficiará o Brasil e a Suécia pelas próximas décadas, com vantagens incontestáveis.

O Projeto FX-2 prevê transferência de tecnologia à indústria brasileira de 40% do trabalho de desenvolvimento e produção mundial do Gripen NG, além de linha de montagem no Brasil, alternativa à Suécia e a realização do projeto e fabricação de 80% da estrutura da frota mundial desse caça supersônico.

A empresa Saab, na cooperação, terá o compromisso de criar, no Brasil, em aeronáutica e indústria civil 177% do valor do contrato (177% offset), cuja base é a aliança estratégica com a indústria brasileira, geradora de empregos de diferentes níveis.

A linha de crédito total e de longo prazo é garantida pelo governo da Suécia. O primeiro pagamento, seis meses depois da última aeronave ser entregue e alongado por 15 anos. Entre as vantagens técnicas dos caças de um motor, como o Gripen, está sua facilidade de aterrissar em pistas curtas como as nossas. Isso reduz custo de hora/voo e de manutenção.

Gripen NG para F-X2 - cronograma de entregas e de pagamentos - imagem via apresentação Saab em Brasília 6mar2013

A Suécia é exportadora mundial de produtos de defesa e a Saab, principal indústria do país na área, assina seu maior contrato: criada antes da II Guerra, forneceu à Suécia, desde então, mais de 400 aviões. O primeiro Gripen entrou em operação em 1997 e seu protótipo é de 1988.

A encomenda, pela Suíça, de 22 Gripen New Generation, que depende de referendo, e a de mais 60 pela Força Aérea sueca, garantem a produção do caça. A escolha, pelo Brasil, projeta-o a outro patamar. Seu protótipo já voa com sucesso desde 2013 e os que veremos em 2018 nos nossos céus serão sueco-brasileiros.

Cronograma Gripen E - apresentação Saab via Flightglobal

Os Gripen venceram concorrências em três continentes, em compras e leasings. A procura dos caças é crescente. Os elementos básicos de fabricação são suecos e a propriedade intelectual dessa tecnologia será transferida, com a participação real, em trabalho em áreas como desenho estrutural, integração de sistemas e manutenção.

Para o Brasil trata-se de cooperação estratégica igualitária centrada no programa Gripen NG, que inclui avanços tecnológicos relevantes. Recebi em Estocolmo, desde autoridades da aeronáutica a legisladores e empresários do Brasil, avaliando o impacto positivo resultante das vantagens da proposta Gripen. Participei de ensaios do que será o treinamento de pilotos brasileiros, com simuladores de combate aéreo: o que hoje começa é todo um sistema Gripen de operação, de novas capacidades e estudos tecnológicos conjuntos.

A Saab já colabora com empresas em SP e no RS, com o Centro Inovação Sueco-Brasileiro, concede bolsas a brasileiros desde que a Suécia entrou, em 2012, como parceira no Programa Ciência sem Fronteiras. Investirá em centro aeronáutico em São Bernardo do Campo, cidade-irmã da Linköping, onde os Gripen são fabricados.

Neste 2014, em setembro, quando a Feira do Livro de Gotemburgo será dedicada ao Brasil, os dois países poderão festejar a finalização das negociações do contrato Gripen, que representa um ambicioso programa de desenvolvimento tecnológico conjunto com enorme impacto nas próximas sete décadas, as mesmas que a Rainha Silvia, de ascendência e coração brasileiros, acaba de comemorar.

 

FONTEOpinião ZH (grupo RBS)

 

IMAGENS: Saab

 

COLABOROU: Tiagobap

F-16C Block 40

Os cortes no orçamento de defesa nos EUA forçaram o corte nas horas de voo dos pilotos de caça. Muitos estão voando 120 horas por ano, ou metade da década passada. Cada hora custa em média US$ 20 mil.

Em 2013, a França também mudou os métodos de treinamento para seus pilotos de caça. Ao invés de reduzir as horas de voo de todos os seus pilotos em 17%, baixando de 180 para 150 horas por ano, os franceses preferiam manter metade dos pilotos de caça voando 180 horas e a outra metade voando 40 horas em uma aeronave de combate e outras 140 horas em um jato de treinamento (bem mais barato que um Rafale). Em caso de conflito, os pilotos de segunda linha receberiam um treinamento intensivo de 60-90 dias, ou cerca de 100 horas.*

caças Rafale em Solenzara - foto Força Aérea Francesa

Os russos usavam um sistema de dois níveis na década de 1990. Apenas os esquadrões esperados para deslocamento para locais de combate recebiam mais horas de voo alguns meses antes. Outra opção é usar simuladores avançados que custam cerca de 10% por hora em relação a um caça.

Os países com fama de terem pilotos habilidosos, como Israel, Estados Unidos, Reino Unido e Canadá, sempre voam mais de 200 horas por ano. Taiwan mantém uma média de 180 horas por ano devido ao aumento das horas de voo dos pilotos Chineses. Alguns esquadrões de elite chineses já voam 180 horas por ano. A Coreia do Sul voa 120 horas por ano, mas consideram muito comparado com a ameaça da Coreia do Norte.

Até 1942, os pilotos alemães eram os que mais treinavam antes de ir para combate. Voavam 240 horas, comparadas às 200 horas dos pilotos britânicos e bem menos para os soviéticos. Após 1942, com a falta de combustível, o treinamento dos pilotos foi cortado e a vantagem dos alemães no ar logo se inverteu. Ao mesmo tempo, o treino dos britânicos aumentou para até 335 horas e os americanos chegaram a voar 320 horas. Em 1944, os alemães voavam 110 horas. As chances dos alemães derrubarem um inimigo caíram, mas as chances de serem derrubados aumentaram.

 

FOTOSForça Aérea dos EUA  Força Aérea Francesa

 

*NOTA DO EDITOR: esse novo sistema francês está em experiência, dentro de uma perspectiva mais ampla de mudança do processo de treinamento dos pilotos de caça desde a “Escola do Ar” francesa, havendo a possibilidade de se implementar aeronaves turboélice de última geração para complementar as horas de voo do grupo de pilotos destinado a voar menos horas no Rafale. Este processo foi objeto de matéria publicada recentemente no Poder Aéreo, que pode ser acessada clicando aqui.

 

Obs.: Se lá estão assim, o que seria de nós, "brazilianos", se escolhêssemos outro caça, se não o Gripen??? 

Last edited by FІЯЭFФЖ

Pois e...

 

Eu vinha batendo nessa tecla do Gripen ser a unica escolha plausivel para a FAB, sem falar que e a mais vantajosa de longe...

 

Felizmemente, contrariando o historico de mas escolhas brasileiro, dessa vez a seriedade e a opiniao abalizada no assunto ganharam...

 

Se isso continuar, eu poderei acreditar ate que nosso pais ainda tem jeito...levaria muito tempo, mas poderia vir a ser um pais serio......

 

Esse contrato com a Suecia ainda vai trazer muita coisa boa para o Brasil...em muitos e diversos niveis...e realmente vai dar a FAB, e a industria nacional, se levado a serio, um novo patamar de qualidade e de eficiencia, e ganhar muito respeito internacional para o pais...

 

Edilson 

Last edited by Jaguar (Edilson C. Araujo)

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