Quando a FranÇa caiu em 23 de junho de 1940, a Alemanha subjugava grande parte da Europa Continental. Os domÍnios do Reich chegavam ao auge e um ExÉrcito de ocupaÇão seria crucial para a manutenÇão do domÍnio alemão. Esse ExÉrcito, deveria, alÉm de manter o controle interno dos inimigos do Reich, tambÉm deveria estar preparados para um possÍvel ataque das naÇÕes inimigas. Quando a frente oriental foi aberta e uma nova fase da guerra se voltava para uma possÍvel invasão da FranÇa, ergueu-se a mais conhecida fortificaÇão estÁtica da Segunda Guerra Mundial, a Muralha do Atlântico. Um conjunto de fortificaÇÕes que se estendiam dos PaÍses Baixos atÉ as costas normandas. A propaganda de Goebbels classificava a Muralha com instransponÍvel e inexorÁvel. Mas não resistiu a primeira inspeÇão de Rommel. Que a chamou de enganaÇão, e sÓ servia de propaganda.
A Wehrmacht, no final de 1943, estava agora atrÁs da Muralha fazendo uma guerra estÁtica, parecido com as trincheiras da Grande Guerra, aguardando um movimento do inimigo. Ou melhor, o prÓprio sistema de defesa estÁtico da Alemanha era tão complicado quanto a diversidade de unidades militares estacionadas pela FranÇa. As Baterias Costeiras estavam subordinadas a Kriegsmarine , mas atÉ iniciar os desembarques de tropas inimigas, a partir deste momento, a subordinaÇão passaria a Wehrmacht, que deveria impedir exatamente a consolidaÇão de pressionar o inimigo de volta para o mar.
Essa complicaÇão de subordinaÇão tambÉm se dava para as unidades Panzers que sÓ podiam ser acionadas por ordem direta de Hitler, ou seja, Rommel deveria contra-atacar, mas sem contar com as Unidades de Blindados, exceto se solicitasse em tempo para que eles fossem deslocados.
Um dos grandes fatores de preocupaÇão para Rundstedt e Rommel era o poderio naval dos aliados, por isso as fortificaÇÕes costeiras foram construÍdas com uma proteÇão de concreto reforÇado e dispostos de tal forma que resistissem a projÉteis diretamente. Essas Baterias de Costas estavam prontas para atacar embarcaÇÕes e tropas que chegasse às praias por elas protegidas. A proteÇão funcionou no Dia D. A maioria dos que lutaram nos Bunkers e FortificaÇÕes nas praias que desembarcaram inimigos, estavam vivos depois dos bombardeios navais e aÉreos. Estavam surdos, mas vivos!
Vamos verificar como estas baterias funcionavam e o que restou delas no Dia D.
Baterias de Costa e a Guerra EstÁtica da Alemanha