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Entre os dias 12 e 16 de junho de 1942 ocorreu no Mar Mediterrâneo uma das maiores batalhas aeronavais da História do Ocidente. Apesar da magnitude e da importância para a guerra no Mediterrâneo, essa batalha aeronaval é pouco conhecida até mesmo entre os aficionados em Segunda Guerra.

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A Ilha de Malta uma possessão britânica no meio do Mediterrâneo era de grande importância estratégica para toda a Campanha da África do Norte. Na primavera de 1942 a Luftwaffe e a Régia Aeronáutica estavam atacado diariamente a Ilha, as tentativas de levar reforços e mantimentos eram constantemente neutralizados pelas forças aeronavais ítalo-germânicas.

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Em meados de maio de 1942 o Comandante e governador de Malta o General Lord Gort enviou um memorando a Londres que se a Ilha não fosse abastecida de alimentos e provisões dentro de 08 semanas a população e a guarnição não teriam mais o que comer.

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Diante da dramática situação, o Almirantado Britânico decidiu enviar dois importantes comboios para Malta, um vindo do Reino Unido via Gibraltar e um partindo de Alexandria. De Gibraltar partiu um comboio de 05 navios cargueiros e 01 petroleiro escoltados por 02 Porta Aviões (Argus e Eagle), 04 Cruzadores Ligeiros, 17 destróieres e 11 navios menores. De Alexandria partiu um comboio de 10 navios mercantes e 01 petroleiro escoltados por 06 Cruzadores Pesados, 02 Cruzadores Ligeiros e 25 destróieres.

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A Regia Marina informada pela sua inteligência naval mobilizou contra o comboio de Gibraltar a 7º Divisão de Cruzadores( Montecuccoli e Eugenio di Savoia) 05 destróieres apoiados por 06 submarinos e a 2º Flottiglia MAS.
Contra o Comboio de Alexandria a Regia Marina mobilizou a sua Esquadra de Taranto sob o Comando do Almirante Angelo Iachino, essa esquadra era composta pelos Encouraçados Littorio e Vittorio Veneto, 04 Cruzadores pesados e 12 destróieres.

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Todas a unidades aéreas do Eixo na Sardenha, Sicilia, Calábria, Creta e no Dodecaneso foram colocadas em alerta. No dia 12 de junho a Esquadra de Alexandria partiu com destino a Malta e logo foi avistada por aeronaves alemães e italianos que afundaram dois cargueiros perto da Líbia. No dia 13 de junho Junkers 88 alemães, torpedeiros Savoias SM 82 e bombardeiros Cant Alcione italianos atacaram a formação naval britânica e danificaram seriamente os Cruzadores Birmingam e Arethusa e afundaram mais dois mercantes ingleses.

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No dia 14 de junho o submarino alemão U202 afundou o Cruzador Hermione e os Stukas afundaram mais dois navios cargueiros. No dia 15 devido à presença de uma forte Esquadra italiana ao sul de Creta, o Comandante do comboio o Almirante Vian decidiu dar meia volta para não expor mais a frota. Nesse mesmo dia o Cruzador Pesado italiano Trento foi torpedeado e afundado por um submarino inglês e o destróier HMS Hasty foi afundado por lancha torpedeira alemã. 

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O Comboio de Gibraltar foi avistado no dia 13 de junho e atacado por aeronaves italianas de bombardeiro e torpedeiros, durante esse dia ocorreram muitos combates aéreos entre os caças dos Porta aviões ingleses e as aeronaves italianas.

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No dia 14 de junho a Régia Aeronáutica redobrou seus esforços, aviões torpedeiros Savoia SM 79 atacaram e afundaram um navio cargueiro e avariaram o Cruzador Liverpool que teve que se retirar.

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No dia 15 de junho a Divisão de Cruzadores do Almirante da Zara interceptou o comboio inglês e uma feroz batalha naval teve início com o Cruzador Eugenio di Savoia atingindo o Cruzador Cairo, na luta os destróieres Bendoin e Partridge foram seriamente avariados sendo o Bendoin afundado por um torpedo lançado pelo piloto de SM 79 Martino Aichner.

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Nesse mesmo dia unidade aéreas britânicas atacaram os navios italianos sem sucesso, o petroleiro americano Kentucky com 10.000 toneladas de combustíveis foi atingindo por Stukas italianos e depois afundado a tiros pelo Cruzador Raimondo Montecuccoli. 

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Com a perda do Kentucky os italianos conquistaram uma importante vitória estratégica que privou Malta desse precioso carregamento. Dos 17 navios cargueiros e petroleiros, apenas 03 chegaram a Malta e mesmo assim foram posteriormente afundados pela aviação italiana e alemã, no dia 16 o destróier polonês Kujawian bateu numa mina e afundou diante de Malta.

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Esse confronto aeronaval foi uma importante vitória italiana que deixou Malta madura para uma invasão das forças do Eixo. Mas Hitler com os seus pensamentos voltados para a Ofensiva de Verão na Rússia não aproveitou a oportunidade que poderia ter mudado a sorte das forças do Eixo na África.

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Texto muito interessante.

Existem muitos kits que permitem montagens relacionadas com essa batalha.

O primeiro que me vem à lembrança seria o do Hermione, usando o excelente kit da Flyhawk do irmão Dido.

[  ]s

 

Excelente matéria Milan!

Sempre fui amarrado pelos confrontos do Mediterrâneo e o de Malta foi brutal. A perda de navios foi grande.

Como bem disse o Paulo acima, recentemente fomos contemplados com o lançamento de inúmeros kits de navios injetados ingleses. Falta só os italianos

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