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CHIVUNCK É UM PASTOR BELGA MALINOIS DE 13 MESES. ELE SALTOU COM BRIGADA DE INFANTARIA PARAQUEDISTA EM RESENDE, RJ.

Paola Fajonni Do G1 Sul do Rio e Costa Verde

Um cão da Brigada de Infantaria Paraquedista do ExÉrcito Brasileiro participou de um salto livre pela primeira vez na tarde desta quarta-feira (9), em Resende, no Sul do Rio de Janeiro. Chivunck, um pastor belga malinois de 13 meses, jÁ tinha realizado um salto antes, mas do tipo semiautomÁtico, quando a abertura do paraquedas É feita por um gancho preso à aeronave. Desta vez, a abertura foi em pleno voo, o que nunca tinha acontecido em salto com animal da Brigada. Com Chivunck estavam um tenente e um cabo do exÉrcito, a quem o cachorro estava preso.

cao“Ele reagiu muito bem, como a gente esperava, jÁ que o animal foi escolhido entre outros porque jÁ vem se adaptando ao salto gancho e agora a esse salto”, contou o cabo Alexandre Batista JanuÁrio da Silva, que tambÉm É o adestrador de Chivunck. “Foi um salto bem aproveitado, tendo em vista que essa aqui foi uma atividade de treinamento. Uma atividade que gente estava planejando hÁ algum tempo jÁ, e a gente conseguiu realizar e finalizar hoje”.

De acordo com o cabo JanuÁrio, que tambÉm participou do primeiro salto do cão paraquedista, Chivunck não ficou nervoso no avião porque “jÁ estÁ acostumado com a atividade” e as pessoas na aeronave estavam seguras. “O animal depende muito de como as pessoas estão. Estavam todos muito tranquilos, muito seguros por causa do treinamento que a gente vem fazendo jÁ hÁ muito tempo. AtÉ chegar aqui teve um Árduo treinamento, não sÓ o animal, como o prÓprio cinÓfilo [a pessoa a quem o cão fica preso durante o salto], os outros paraquedistas”.

Eles pularam de uma altura de aproximadamente quatro mil metros. A aeronave da qual saltaram decolou do Aeroclube de Resende, onde tambÉm aconteceram as aterrissagens. O local contava com equipe mÉdica e veterinÁria para o caso de alguma emergÊncia. Para que o salto livre duplo com Chivunck fosse realizado, a Brigada precisou desenvolver um equipamento apropriado, jÁ que a atividade era inÉdita.

“Foi desenvolvido esse hardness [equipamento] para o cachorro, especialmente para ele. É um hardness ajustÁvel, que permite que ele fique preso com quatro pontos de ancoragem ao corpo do passageiro, que É o nosso cinÓfilo, o tratador dele”, explicou o major Alexandre Vilaverde, chefe da equipe de salto da Brigada de Infantaria Paraquedista. “Piloto, cinÓfilo e cão, ficam um preso ao outro em sequÊncia”.

PreparaÇão do animal
AlÉm do equipamento, foi necessÁrio treinar o cão. A preparaÇão incluiu exercÍcios fÍsicos, adestramento e auxÍlio de veterinÁrios para garantir o bem estar do cachorro. De acordo com o tenente Alfred Marques de Almeida, comandante do 36º Pelotão de PolÍcia do ExÉrcito Paraquedista, a primeira etapa de treinos comeÇou quando Chivunck tinha quatro meses, idade em que ele iniciou as atividades fÍsicas diÁrias. Aos dez, comeÇou a preparaÇão especÍfica para os saltos.

“Ele passa dois meses de atividade fÍsica um pouco mais intensa, atividade de subir, descer, aquela parte mais especÍfica para a questão de lanÇamento. Depois disso a gente vai par a Área de estÁgio, faz mais trÊs semanas, o cão estÁ habilitado. A gente vai para o avião, faz o lanÇamento. A partir de então o cão estÁ apto”, disse o tenente Alfred.

A boa relaÇão entre cachorro e cinÓfilo tambÉm É importante para um salto, pois estar acostumado ao adestrador ajuda no comportamento do cão. “A gente faz de tudo para preparar o animal, desde filhote, com um adestrador. Um, dois ali, para o caso de um não estar sempre presente. Mas o animal jÁ tem aqui no cinÓfilo, a gente diz o ‘homem-cão’, jÁ tem aquela adaptaÇão ao prÓprio ser humano, ao adestrador dele”, explicou o cabo JanuÁrio. “A nossa funÇão, o cinÓfilo, na verdade É selecionar e treinar ele [o cão] para a funÇão”.

O adestrador de Chivunck contou que ele estÁ na Brigada desde filhote, o que É o ideal, pois assim É possÍvel identificar a “vocaÇão” do animal. “Porque a gente vÊ se ele vai ser um melhor cão de polÍcia, um cão melhor para faro… Sendo da raÇa malinois, a gente consegue ter todos esses cães”, concluiu o cabo JanuÁrio.

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FONTE: G1

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