Alguém sabe para que servia o cabo que ia enrolado nos carreteis dos canhões 88mm.
Alguém sabe para que servia o cabo que ia enrolado nos carreteis dos canhões 88mm.
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Achei esse texto em inglês mas não entendi:
"Cable reels (those carried on the undercarriage bogies, I guess?) were 'officially' not omited, as they were necessary for AA role of the gun - brackets for the reels were integral parts of the undercarriage. But it was not uncommon to see a gun with some of the reels lacking.
But there were some guns in the closing stage of the war used with the non-standard four wheeled SdAh 204 undercarriage, which had no reel brackets at all - but it was a completely different u/c than the usual SdAh 202."
Luciano,
Quando usado como artilharia antiaérea, os canhões da bateria eram ligados a uma central e a um telêmetro que fazia a computação do tiro.
Fonte: http://www.network54.com/Forum...DO+Mod.40+w-Sd.Ah.52
Valls
PS: se não me engano, tem um no Conde de Linhares, das baterias de flak 88 que o Brasil recebeu antes da 2GM.
Obrigado pessoal.
O Flak 18 8.8cm que está no Conde Linhares é mais simples e talvez não fosse equipado para o tiro em bateria. Pelo menos como aparece na gravura esquemática postada acima. Falta nele, além dos elementares carretéis para os cabos, a caixa de junção da transmissão de dados, situada na extremidade da haste traseira. Alguns modelos do Flak 18 usados pela Wehrmacht também não tinham isso. E o mais curioso é que nem eram usados ainda no papel de arma antitanque. Não cheguei a pesquisar o suficiente para saber o motivo desta diferença.
Abaixo, a diferença entre os dois. Ambos são Flak 18. O bom kit da AFV Club é do tipo que está na primeira foto. Para fazer o 88 brasileiro, tem que modificar essa área, eliminar os carretéis e modificar outras peças.
Página do manual do Flak 18:
O Flak 18 do Conde de Linhares:
O que está no Conde de Linhares (foto) é um AA e tem ops suportes para os carretéis. (na carreta traseira)
Os que estão no Museu dos Pracinhas no Aterro do Flamengo também são AA.
As carretas estão (ou estavam) guardadas debaixo da escadaria e têm também o suporte dos carretéis. Naturalmente os dois canhões que estão expostos há muito tempo no Monumento devem ter sido "aliviados" de muitos acessórios.
Uma das diferenças dos Flak 18 e 36 é o tubo. No primeiro é inteiriço, já no segundo é composto de duas seções. E também as carretas de transporte, no primeiro a dianteira é de rodagem simples e no segundo ambas têm rodagem dupla.
Lá eles têm também o telêmetro e a diretora de tiro do conjunto.
http://www.1gaaae.eb.mil.br/2016-02-10-19-06-22
do link: " ... Já nos anos de 1937 e 1938, o Brasil fez uma significativa compra de material para artilharia de campanha e para a artilharia antiaérea na Europa. Junto à Fábrica Fried Krupp de Essen - Alemanha, foram adquiridos 60 canhões antiaéreos calibre 88 mm. Desta cifra, porém, somente 28 foram recebidos, pois os demais foram requisitados pelo governo alemão, em face da proximidade da guerra. Esta compra, também, incluía equipamentos de direção e controle de tiro."
Valls
Já a flak 36 tem diferenças.
Mas como tudo na vida, as rodas eram intercambiáveis com a flak 18. (notar a diferença no tubo)
Consta que o inicio do uso efetivo antitanque ocorreu durante a invasão da França, quando os Pak 36 se mostraram inúteis contra os blindado franceses e ingleses. Daí montarem eles em Sd.Kfz 8 na função antitanque e antibunkers.
Posteriormente, na guerra do deserto foram o terror dos Matildas.
Valls
Como eu disse, não sei o motivo da diferença entre os modelos com e sem as peças extras, mas que a diferença existiu, existiu. Alguns canhões aparentemente foram usados sem a caixa de transmissão de dados. A explicação para isso certamente é simples, mas "devem ter sido "aliviados" de muitos acessórios" é simples demais.
Acho que agora dá para ver bem a diferença.
Com:
Sem:
Usando a terminologia correta, "A flak" refere-se ao fogo antiaéreo, com múltiplos canhões atirando ao mesmo tempo.
"O" Flak 18 é o canhão individual. No masculino.
O interessante nesses assuntos é utilizar fontes primárias, como ouvi uma vez.
A primeira foto é de uma peça alemã, que não ilustra o assunto em tela. Já a segunda é da peça do Museu Matarazzo, em SP, que tem os ditos acessórios incompletos.
Neste caso, trata-se de canhões antiaéreos utilizados pelo Exército Brasileiro. Conforme o enlace: http://www.1gaaae.eb.mil.br/2016-02-10-19-06-22
Todos os canhões antiaéreos adquiridos pelo Brasil foram do modelo 18 para uso antiaéreo, e vieram completos (os poucos que foram recebidos).
A foto do CPDOC da FGV mostra uma bateria em Natal, cujo canhão tem os carretéis. Uma flak 88 do 1/3° RAAAe , estacionada provisóriamente nas dependências do antigo 16° Regimento de Infantaria, atual 16° Batalhão de Infantaria Motorizada, no bairro do Tirol, Natal.
Valls
PS: Interessante a observação gramatical. Até onde sabia, o termo "flak" era a abreviatura de Flugabwherkanone, designando todo tipo de canhão antiaéreo.
Imagine os pilotos dos B-17, bombardeando o Ruhr e virando alvo dos tiros da artilharia antiaérea alemã. Ele diriam "Ei, os Flugabwherkanone hoje estão violentos!" ou "Ei, a flak hoje está violenta!" ?
"O" canhão Flak 18. (Ou "O" Pak 43) Específico, individual, masculino. Não se diz "A canhão".
"A" flak. Genérica, coletivo, feminino.
Os desenhos de perfil (também os tenho de frente, de cima, etc.) mostram uma variante sem as peças que citei. Não é tão difícil assim reparar nisso, mas posso desenhar setas maiores, caso necessário.