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Especialista indiano usa o F-X2 brasileiro para atacar a negociaÇão do Rafale na Índia

 

Rafale em apresentação - foto Armée de l´air

TEXTO DE ESPECIALISTA INDIANO EM POLÍTICA E ESTRATÉGIA DESTACA A REJEIÇãO DO RAFALE NO PROGRAMA F-X2 DO BRASIL E COMPARA OS CUSTOS PARA AMBOS OS PAÍSES, AFIRMANDO QUE A INTENÇãO DA ÍNDIA COMPRAR O RAFALE É ‘UM GRANDE ERRO’

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Na sexta-feira, 25 de julho, o jornal indiano publicou coluna de Bharat Karnad, professor do Centro para Pesquisas PolÍticas, de Nova Deli, atacando fortemente a intenÇão da Índia comprar o caÇa francÊs Rafale, da Dassault. Com o tÍtulo “Why Rafale is a Big Mistake” (porque o Rafale É um grande erro), o artigo jÁ inicia com uma pergunta contundente: Por que a Índia deveria comprar o avião de combate Rafale, rejeitado por todos os outros paÍses interessados – Brasil, CanadÁ, Holanda, Noruega, Coreia do Sul, Cingapura, ArÁbia Saudita e Marrocos?

Karnad afirma que o ministro das RelaÇÕes Exteriores francÊs, Laurent Fabius, teve como principal objetivo em sua agenda na recente visita à Índia selar a venda do Rafale, um caÇa que aparentemente se encaixa na ideia da ForÇa AÉrea Indiana de um avião de combate multitarefa de porte mÉdio (MMRCA). Isso dentro da classificaÇão única da forÇa, que tambÉm inclui caÇas “leves” e “pesados”, e que não É utilizada por nenhuma outra forÇa aÉrea no mundo, segundo o autor. ApÓs o ministro da Defesa anterior, A K Antony, manter o contrato parado no estÁgio de negociaÇão de preÇo ao sentir o primeiro cheiro de corrupÇão no ar, Laurent Fabius pretendia desvencilhar a questão.

O desespero francÊs É compreensÍvel. Sem o acordo com a Índia, a linha de produÇão do Rafale vai fechar, o futuro de seu setor aeroespacial se tornarÁ obscuro e todo o setor de pesquisa e desenvolvimento industrial francÊs, engajado em tecnologias de ponta e baseado em empresas pequenas e mÉdias – uma versão do modelo “Mittelstand” alemão de enorme sucesso – poderÁ sair dos trilhos e rebaixar a FranÇa para a segunda categoria das potÊncias tecnolÓgicas.

Rafale com armamento ar-solo - foto Armee de lair

No curto prazo, isso levarÁ a um grande aumento nos custos unitÁrios do caÇa – um acrÉscimo entre 5 a 10 milhÕes de dÓlares nos valores para a ForÇa AÉrea Francesa – levando os franceses a limitar as encomendas. Sem clientes internacionais e com a FranÇa incapaz de pagar pelo caro Rafale, a indústria aeronÁutica militar francesa estarÁ numa encruzilhada. Assim, para a FranÇa hÁ muito em jogo e a Índia foi considerada um alvo fÁcil, um paÍs desejoso de pagar excessivamente por um avião que a ForÇa AÉrea Indiana pode passar muito bem sem ele.

A respeito dos valores envolvidos, pode-se usar o exemplo do Brasil, parceiro da Índia nos BRICS. Para 36 caÇas Rafale o custo de aquisiÇão, de acordo com a mÍdia brasileira, era de 8,2 bilhÕes de dÓlares, com 4 bilhÕes adicionais para contratos de manutenÇão de curto prazo, o que levaria o custo unitÁrio dos caÇas, nesse pacote, a cerca de 340 milhÕes de dÓlares – ou aproximadamente US$ 209 milhÕes por cada Rafale sem apoio de manutenÇão. O Brasil insistiu em transferÊncia de tecnologia (ToT) e recebeu a resposta de que teria que pagar um grande valor extra para a mesma, assim como pelas armas para seus caÇas Rafale. PorÉm, a ForÇa AÉrea Brasileira tinha dúvidas sobre a qualidade dos radares AESA (varredura eletrÔnica ativa) em mudar rapidamente dos modos ar-ar para ar-solo em voo, e sobre o visor montado no capacete. Em suma, era muito custo para muito problema, o que convenceu o governo da presidente Dilma Rousseff de que o Rafale não valia os problemas e o dinheiro, levando o Brasil a optar pelo caÇa sueco Gripen NG.

Durante a governo do Partido Congressista a Índia não se abalou com as perspectivas da conta do Rafale, que mais do que dobrou dos 10 bilhÕes de dÓlares de 2009 para cerca de 22 bilhÕes hoje e que, conforme estimativas realistas, poderÁ exceder US$ 30 bilhÕes, ou 238 milhÕes de dÓlares por aeronave, no mÍnimo. Mas a Índia,  por alguma razão desconhecida, É aparentemente um paÍs extremamente rico, com dinheiro para queimar. Enquanto isso, o Reino Unido, aparentemente um paÍs mais pobre ou mais cuidadoso com seu dinheiro, estÁ pÁlido ante uma conta de 190 milhÕes de dÓlares por cada um dos 60 caÇas Lockheed Martin F-35B de uma geraÇão à frente do Rafale (e de decolagem vertical, tecnologicamente mais complexos do que a versão para forÇas aÉreas) que pretende adquirir para o primeiro de seus navios-aerÓdromos classe Queen Elizabeth de 65.000 toneladas.

Rafale - elemento - foto Armee de lair

O custo proibitivo do avião francÊs aparentemente deixou apreensivo o ministro das finanÇas e da defesa (cargos atualmente acumulados) Arun Jaitley. HÁ rumores de que ele fez a coisa certa, revisando a encomenda para uma quantidade menor de caÇas Rafale, caindo de 126 para 80 aeronaves. Como precauÇão, a ForÇa AÉrea Indiana concordou, para salvar o acordo. PorÉm,  se essa mudanÇa foi afetada pela esperanÇa de reduzir o custo proporcionalmente, estÁ fadada a ser enganosa. Em contratos que envolvem aviÕes de combate de alto valor, o tamanho da encomenda não afeta muito o preÇo unitÁrio, o custo de de peÇas de reposiÇão e o de apoio, alÉm da transferÊncia de tecnologia. Isso fica evidente nas estimativas aproximadas do custo por avião para o Brasil, de 209 milhÕes de dÓlares para cada um de 36 caÇas Rafale, comparado aos 238 milhÕes para cada um de 126 aviÕes do mesmo tipo para a Índia.

Devido ao fato a Índia se inclinar a fazer do paÍs uma “grande potÊncia” militar baseada em armamentos importados – uma polÍtica que beneficia estados fornecedores jÁ que gera empregos e tecnologias nesses paÍses e sustenta suas indústrias de defesa, uma autoridade francesa disse a Bharat Karnad, referindo-se a um outro contrato, que “a Índia vai pagar o preÇo”. Considerando os diversos pontos negativos do acordo proposto e os interesses nacionais de longo prazo, o ministro Jaitley faria bem em cancelar completamente o negÓcio do Rafale.

caça Rafale volta da Líbia - foto Armee de lair

O esforÇo burocrÁtico da ForÇa AÉrea Indiana a leva a exagerar ameaÇas erradas e a falar em capacidade declinante na aviaÇão de caÇa. Mas ela não vai falar ao ministro da Defesa sobre o inferno logÍstico que os esquadrÕes de linha de frente enfrentam rotineiramente em operaÇÕes, devido à assustadora diversidade de aviÕes de combate no seu inventÁrio, um problema que a aquisiÇão do Rafale sÓ vai exacerbar e, consequentemente, não falarÁ sobre a urgente necessidade de racionalizar a estrutura da forÇa, idealmente com caÇas Su-30 e os aviÕes desenvolvidos localmente, como o Tejas Mk-1 para a defesa de curto alcance, o Tejas Mk-II como MMRCA (caÇa mÉdio) e o Su-50 PAK FA como caÇa de quinta geraÇão.

A ForÇa AÉrea Indiana tambÉm não vai dizer às autoridades de produÇão do Departamento de Defesa para que expliquem a Jaitley que as provisÕes de transferÊncia de tecnologia, em contratos de armas, são uma farsa fraudulenta, porque enquanto o fornecedor estrangeiro embolsa bilhÕes de dÓlares, nenhuma tecnologia fundamental, como os cÓdigos-fonte (milhÕes de linhas de programaÇão) e leis de controle de voo, É transferida. E tambÉm que a indústria de defesa local, monopolizada por unidades de defesa do setor público (DPSUs – defence public sector units) são incapazes de absorver e inovar em tecnologias do tipo jÁ que, de fato, as repassa pois apenas faz a montagem de aeronaves a partir de kits importados.

Rafale-foto-2-armee-de-lair

Acabar com o contrato do Rafale causarÁ uma interrupÇão, porÉm É mais importante mandar uma mensagem aos militares, às DPSUs, à burocracia do MinistÉrio da Defesa e às empresas estrangeiras, que salivam pelos contratos unilaterais, que o governo de Narendra Modi estÁ determinado a fazer um novo comeÇo e conduzir os negÓcios de defesa de maneira diferente.

O professor e pesquisador Bharat Karnad, conceituado professor do Centro de Pesquisas PolÍticas da Índia  CPRIndia), É autor de diversos livros sobre a polÍtica nuclear e estratÉgica indiana, sua polÍtica externa e, mais recentemente, sobre o porquÊ do paÍs não ser ainda uma grande potÊncia. Fez parte do primeiro conselho consultor de seguranÇa nacional, do grupo de delineamento da doutrina nuclear, do conselho de seguranÇa nacional do governo da Índia, sendo tambÉm consultor de gastos de defesa da comissão financeira indiana. TambÉm foi professor visitante na Universidade de Princeton, Universidade de Pennsylvania e Universidade de Illinois (EUA), entre outras instituiÇÕes, e ministrou cursos para oficiais generais das trÊs armas da Índia sobre orientaÇão estratÉgica nuclear, alÉm de conduzir o primeiro jogo de guerra nuclear indiano interagÊncias.

Rafale trio - foto Armee de lair

FONTE: The New Indian Express (traduÇão e ediÇão do Poder AÉreo a partir de original em inglÊs)

FOTOSForÇa AÉrea Francesa

NOTA DO EDITOR: apesar de aparentemente fazer algumas comparaÇÕes de custos discutÍveis, por pegar de um lado um valor de pacote de venda do Rafale incluindo manutenÇão, e outro em que deixaria de lado esse item, o autor indiano toca num ponto importante: numa forÇa que jÁ É equipada com uma grande diversidade de modelos de caÇas, o acrÉscimo de outro modelo de avião para cumprir o papel de MMRCA, e estrangeiro, representa uma continuidade dessa polÍtica que traz problemas logÍsticos.

A  ironia É que o Rafale, na FranÇa, foi criado justamente para racionalizar a aviaÇão de caÇa francesa, substituindo diversas aeronaves (Mirage F1, Mirage 2000, Jaguar, Super Etendard) ao mesmo tempo em que oferece capacidades superiores. Vale dizer que, no Brasil, a funÇão do Rafale (assim como serÁ a do Gripen, que acabou sendo o escolhido no F-X2 apÓs o Rafale ocupar por muito tempo a preferÊncia governamental) tambÉm seria semelhante ao modelo francÊs de racionalizar, substituindo gradativamente trÊs tipos de aeronaves de combate (Mirage 2000, F-5M e A-1M), ou mesmo quatro, se pensarmos no jato naval A-4. JÁ na Índia, conforme analisa o autor, o Rafale serÁ mais um caÇa entre outros (aos quais tambÉm se somarÁ o Sukhoi PAK FA, de quinta geraÇão), numa forÇa que foge da racionalizaÇão e tende a lidar com diversas cadeias logÍsticas e capacidades sobrepostas, ao contrÁrio da tendÊncia de boa parte dos paÍses. Bharat Karnad jÁ defendeu em artigo publicado em outro jornal (veja primeiro link da lista abaixo) que o futuro caÇa Tejas Mk-II deveria cumprir o papel que se pretende para o Rafale na ForÇa AÉrea Indiana.

Original Post

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Pesquisador indiano defende Tejas Mk-II ao invés da compra do Rafale

 

AEROINDIA

Na quinta-feira, 11 de abril, o jornal indiano Deccan Chronicle publicou artigo assinado pelopesquisador Bharat Karnad, conceituado professor do Centro de Pesquisas Políticas da Índia  CPRIndia) e que já trabalhou junto ao Governo Indiano na definição de sua doutrina nuclear (clique no link para sua biografia no CPRIndia). O autor indiano defende que a compra do caça Rafale seja cancelada e que a nova versão do  jato Tejas desenvolvido localmente, o Tejas MkII, cumpra o seu papel de caça de ataque e de penetrações de alcance médio no território inimigo. Segue um resumo do texto.

Segundo o pesquisador Bharat Karnad, décadas atrás a Força Aérea Indiana buscava uma aeronave para voar a baixa altitude em ataques a longa distância em território do Paquistão. Numa disputa entre o Viggen sueco e o anglo-francês Jaguar, este último foi declarado vencedor. Porém, o que o autor destaca é que a aeronave serviu para acabar com o projeto de um novo modelo (MK-II) do HF-24 Marut, o primeiro jato de combate indiano, projetado na Índia pelo alemão Kurt Tank (nota do editor: veja último link da lista abaixo).

A nova versão do Marut possuía uma aerodinâmica excelente para o voo a baixa altitude e, com um motor Bristol-Siddeley, prometia um desempenho compatível com o Jaguar. Porém, questões políticas da escolha do Jaguar por parte do governo da época, atendendo a interesses contrários ao desenvolvimento da indústria aeroespacial indiana, decretaram o fim da aeronave.

Quarenta anos depois, a Índia enfrenta uma questão semelhante. Um governo de coalizão pretende adquirir o caça de alcance médio multitarefa (MMRCA) por cerca de 22 bilhões de dólares, num negócio que beneficiará a França. Porém, poderia optar por uma opção local que revitalizaria a indústria aeronáutica indiana, o Tejas Mk-II

No momento, as negociações de compra do Rafale estão às voltas com uma recusa da fabricante francesa Dassault em aceitar termos do pedido de propostas (RFP) que a tornam responsável pela qualidade de 108 aeronaves (da encomenda total de 126) do tipo a serem produzidas sob licença pela  Hindustan Aeronautics Ltd. (HAL), designada no RFP como contratante principal.

Rafale apresentação - foto armee de lair

Para o pesquisador indiano, se a Dassault tivesse dúvidas a esse respeito deveria tê-las esclarecido antes de apresentar sua proposta ao programa MMRCA, e não após ganhar a seleção. Isso bastaria, segundo Karnad, para caracterizar má-fé e cancelar as negociações.

Uma alternativa viável está disponível na versão MK-II do Tejas LCA (Light Combat Aircraft – avião de combate leve), cujo projeto atenderia às demandas do MMRCA e já passa por testes de túnel de vento. Sua suíte de aviônicos é comum ao MK-I, mas traz a novidade de um radar AESA (varredura eletrônica ativa) desenvolvido em colaboração com Israel e que seria comparável ao do Rafale, com a diferença de que o futuro desenvolvimento do Thales RBE2 AESA do Rafale deverá contar com dinheiro indiano.

O Tejas Mk-II tem tomadas de ar maiores e uma leve curvatura nas pontas de suas asas, e especialistas acreditam que oferecerá um melhor ângulo de ataque (acima de 28 graus) com maior capacidade de carga do que o Rafale é capaz. Trata-se de uma versão maior,  com três metros a mais do que o MK-I, capaz de carregar mais peso: cinco toneladas, em comparação com as seis do Rafale, sendo que este último levaria menos carga nas condições indianas do que no ambiente europeu para o qual foi construído, segundo o pesquisador. O alcance de 600km seria similar.

Ainda segundo o artigo de Bharat Karnad, o Tejas MK-II poderia ser colocado em serviço em menos tempo do que o Rafale sairia das linhas de montagem da HAL. Além disso, com sua asa duplo delta com canards, o Mk-II seria superior ao Rafale em manobrabilidade. O Tejas Mk-I básico já está entrando em produção em série limitada, num prelúdio à operação completa. Não seria difícil estabelecer com rapidez um desenvolvimento separado e uma linha de produção para o Mk-II e, de fato, a HAL vem mostrando confiança em rejeitar ofertas europeias para ajudar a estabelecer a infraestrutura do Tejas.

tejasmk2 via Indian Defense

A aquisição de produtos desenvolvidos na Índia também permitiria a racionalização da estrutura da Força Aérea Indiana, eliminando do inventário aeronaves tão diversas que criam um pesadelo logístico. Como planejado, o Tejas Mk-I cumpriria o papel de defesa aérea, e o Mk-II poderia, de forma mais adequada, atender à missão de interdição em médio alcance e ataque do MMRCA. Sendo produzidos localmente, também teriam a demanda de peças suprida pela Índia, com capacidade para a produção ser ampliada rapidamente, e tirariam a Força Aérea das limitações impostas por empresas estrangeiras e que sempre afetaram suas operações.

A produção local baseada em centenas de pequenos empreendimentos de fabricação (SMEs – Small Manuf­acturing Enterprises) é a espinha dorsal de uma indústria aeronáutica avançada. Também é, no momento, o problema que afeta a transferência total de tecnologia que está no cerne das diferenças da Dassault com o Governo Indiano. De acordo com fontes ligadas ao assunto, a parceira local da Dassault, a Reliance Aerospace, supostamente concordou em aceitar apenas uma limitada transferência de tecnologia, ainda que uma total transferência seja paga, e componentes críticos do “Rafale construído na Índia” viriam das SME francesas.

Por fim, o pesquisador afirma que o Governo tem a escolha de aceitar as condições da Dassault, o que seria apoiado pela liderança da Força Aérea Indiana, normalmente de visão curta, e assim beneficiar a indústria aeronáutica francesa. Ou então jogar fora esse acordo e optar pelo Tejas Mk-I para Defesa Aérea e o Mk-II para o MMRCA, expandindo a indústria de aviação indiana e suas SME, fazendo algo de bom para o país, para variar.

FONTE: Deccan Chronicle

IMAGENS: Ministério da Defesa da ÍndiaForça Aérea Francesa e Indian Defense

NOTA DO EDITOR: o jornal Deccan Chronicle comumente publica matérias contrárias à aquisição do Rafale.

O projeto do Tejas é um dos PIORES da história da aviação recente, na prática é um Mirage 2000 leve, com menos alcance e menor capacidade geral, é um buraco sem fundo... custou VÁRIAS vezes o planejado e ainda não esta maduro o suficiente, apenas para usar como comparativo o Paquistão tem o FC-1 que foi feito em conjunto com a China com capacidade similar, custo MUITO menor e já esta pronto.

http://g1.globo.com/politica/noticia/2011/04/dilma-assina-acordos-comerciais-na-china.html

 

Cooperação militar
O acordo estabelece “intercâmbio de experiências em operações militares”, incluindo as operações de manutenção da paz das Nações Unidas, instrução e treinamento militar e exercícios militares conjuntos, assim como o intercâmbio de informações relacionadas a esses assuntos, troca de conhecimentos na área de tecnologia de defesa, cooperação em serviços de defesa, além de compartilhamento de informações referentes a medicina militar, assistência humanitária e segurança em eventos importantes. Segundo o texto do acordo, poderá haver intercâmbio de instrutores e alunos de instituições militares e visitas mútuas de navios e aeronaves militares.

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CONCORRÊNCIA DO RAFALE COM O EUROFIGHTER TYPHOON EM DISPUTAS INTERNACIONAIS, ALÉM DA DISPOSIÇÃO EM REDUZIR INFLUÊNCIAS GOVERNAMENTAIS APÓS REESTRUTURAÇÃO, ESTARIAM ENTRE OS MOTIVOS

Reportagem do site Defense News publicada na quarta-feira, 30 de julho, noticiou que o Grupo Airbus revelou sua determinação em vender os 46,3% de ações que possui do fabricante rival Dassault Aviation, conforme o grupo reestruturado se livra dos últimos vestígios de controle estatal.

A Airbus mantinha sua parte na Dassault, que fabrica tanto jatos executivos quanto aviões de combate, desde antes de sua entrada na EADS, como um legado da nacionalização da indústria aeroespacial francesa no início dos anos 1980. Porém, com seu interesse no consórcio Eurofighter, a Airbus tem se encontrado frequentemente numa posição em que o caça Typhoon, do consórcio, concorre com o rival Rafale, da Dassault, em concorrências de aviões de combate.

Rafale na mostra LIMA 2013 com Typhoon ao fundo - foto Força Aérea Francesa

Essa revelação foi feita na publicação dos resultados financeiros do grupo referentes ao primeiro semestre deste ano, em que a empresa informa: “Como parte da revisão do portfólio, o Grupo Airbus continua a buscar opções de venda de seus investimentos na Dassault Aviation.” Nesta quarta-feira, o diretor executivo Tom Enders da Airbus, falando numa coletiva de imprensa e investidores sobre os resultados financeiros, não quis revelar o cronograma para essa venda. Porém, ele afirmou que o Grupo Airbus está “trabalhando ativamente”  para vender sua parte na Dassault.

Não foi dado nenhum motivo específico para o renovado interesse na venda, mas fontes ligadas à indústria disseram que, desde que o grupo reestruturou sua composição de ações no início de 2013, reduzindo a influência dos governos francês e alemão, foram removidos os impedimentos para o negócio.

Até o momento em que o site publicou a notícia, ninguém da Dassault estava disponível para comentar o fato. O Grupo Airbus registrou ganhos de 67 milhões de euros (90 milhões de dólares) em sua parte na Dassault no primeiro semestre deste ano.

caças Typhoon e Rafale em treinamento sobre a França - foto Armeé de lair

FONTEDefense News (tradução e edição do Poder Aéreo a partir de original em inglês)

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É uma aeronave fantástica, mas tem problema de ser muito complexo, e principalmente, caro. Por conter quase que exclusivamente componentes franceses, é preciso "sustentar" esses fornecedores para projetar, desenvolver, fabricar e continuar fornecendo, o que o torna o mais caro de sua classe, e limita o desenvolvimento.

 

O Gripen tinha, inicialmente, o radar AESA mais fraco dos 3 concorrentes do F-X2, que era algo que desagradava a comissão da FAB, afinal, com um país desse tamanho, é uma vantagem muito grande "ver e disparar primeiro", e o que a SAAB fez foi procurar outro fornecedor, no caso, o mesmo do Typhoon, o melhor.

 

O motor M-88X se mostra muito caro pra se desenvolver, e é uma das condições dos EAU pra se começar a pensar em comprá-lo, enquanto que a França não faz questão em tê-los, já que isso aumentaria demais os custos.

 

Problemas em seus sistemas eletrônicos e a falta de integração de armas estrangeiras, mesmo tendo um pacote de armas impressionante, mas que por também ser, em sua maioria, francesa, com custo alto.

 

A principal vantagem do Rafale é que é a melhor plataforma de ataque, hoje, inclusive com armamentos nucleares , pois com tanques externos, e até a possibilidade de CFTs, tem uma autonomia superior até a aeronaves maiores.

 

Mas a FAB, assim como várias outras forças aéreas pelo mundo priorizam interceptação/combate aéreo, e custo. Nesses quesitos, o Gripen vence o Rafale, pois é o que tem maior velocidade máxima, capacidade supercruzeiro, melhor radar, é a plataforma para testes dos principais mísseis europeus, além de já ter integrado os americanos, e poder integrar os de qualquer outra origem, seja russo, seja israelense, e ter a mesma autonomia armado e com tanques para interceptação.

 

E além de tudo isso, com o menor custo.

 

Se estivéssemos, ainda, na era da guerra fria, não tenho a menor dúvida que a situação seria inversa pra ambas as aeronaves, mas em época que o maior inimigo é "invisível" (leia-se terroristas/guerrilheiros/separatistas, etc...), o Rafale tem perdido terreno, e se não arrumar um comprador logo... 

 

Mas é um put@ avião, sem dúvida.

 

Tenho postado as notícias "contra" ele, não porque não goste dele, mas pra ratificar a escolha da FAB, e mostrar que (se não, pela primeira vez) estamos em sintonia "fina" com a tendência mundial.

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Sim Fire, concordo com vc.. a unica ressalva contra o gripen é o fato de o mesmo ser monomotor, coisa q acho bem importante, no mais também é um put@ avião.

 

mas sempre achei que o vencedor do FX2 seria o superbug e acho q só nao foi por motivos de politicagem e não técnicos...vamos ver como se sairá o gripen na FAB né.

 

abração

O F-18 tinha uma vantagem indescritível, que era poderem entregar já, e é por isso que alguns, dentro da FAB o queriam, além do pessoal da aviação de ataque. É preciso lembrar que a FAB estava aposentando os F2000 e não havia nem a definição de qual aeronave comprar.

 

Sem dúvida, a politicagem (caso de espionagem) teve um peso muito grande, mas desde o primeiro relatório da FAB o Gripen era o escolhido.

 

O fato do F-18 ser otimizado pra ataque, que se reflete até no desenho de suas asas, trapezoidais, mas teve erro de projeto e leva as cargas em ângulo, aumentando a fadiga das cargas, e ter como função secundária o combate aéreo (até o Legacy era melhor combatente aéreo), voando a não mais que Mach 1.8, deixando assim, a FAB sem um futuro Mach 2.

 

Quanto a ter apenas 1 motor, bom, concordo e discordo, pois se fosse um motor qualquer, de desempenho duvidoso ( russo .), pode ser, mas veja que é o desenvolvimento de um dos mais confiáveis e testados motores da atualidade, e já houve perda de Rafale que tem 2 M-88, enquanto que um número muito maior de Gripen é utilizado por diferentes operadores, que poderia ser um complicador para a manutenção, e ainda não houve perda por esse (nem por outros) motivo. E olha que o operam desde o frio intenso do Norte da Suécia até o calor escaldante das planícies da África do Sul.

 

Abç., colega, e saudade de Bauru...

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