Os Correios anunciaram na segunda-feira (27) que passaram a cobrar pelo serviço de despacho postal em todas as encomendas vindas do exterior. A taxa, de R$ 15, era aplicada somente aos pacotes tributados pela Receita Federal, mas precisou ser estendida devido ao aumento das importações nos últimos anos, segundo a estatal.
A taxa de despacho postal era cobrada desde 2014 para encomendas tributadas pela Receita Federal, independente do peso, medida ou tipo de produto. Esse serviço, segundo os Correios, se refere ao recebimento dos objetos, inspeção por raio X, formalização da importação, tratamento de eventuais inconformidades, recolhimento e repasse dos impostos, entre outras atividades.
A estatal afirma que estendeu a cobrança a todos os pacotes porque “com o aumento das importações, a empresa precisou injetar mais recursos na operação para manter o padrão do serviço(chega parecer piada kkk)”. Em novembro de 2017, os Correios já acusavam as lojas chinesas de burlarem as regras postais para pagar tarifas mais baixas. No começo do ano, a empresa anunciou que acabaria com a gambiarra do frete grátis.
Segundo os Correios, a taxa de despacho postal cobrada pela empresa, de R$ 15, é “quatro vezes menor que a média praticada por outros operadores logísticos para realizar procedimentos similares”. O valor pode ser pago por boleto bancário ou cartão de crédito, e o prazo de entrega passa a contar a partir da data da confirmação do pagamento.
Na prática, a medida dos Correios torna pouco atraente a compra de produtos de baixo custo em lojas do exterior, que muitas vezes desembarcavam no Brasil com frete grátis. Como a taxa é aplicada inclusive na modalidade Pequenas Encomendas Simples, a mais utilizada em compras internacionais, sem código de rastreamento, o “frete mínimo” em qualquer site chinês passa a ser de R$ 15.