Treze países, 1700 militares e uma centena de aeronaves em simulação de guerra. Trata-se da 8º edição do Cruzex(Cruzeiro do Sul Exercise), treinamento realizado pela FAB (Força Aérea Brasileira) que tem início neste domingo (18.nov.2018).
O evento será realizado até 30 de novembro, na Base Aérea de Natal (RN). Cerca de 100 aeronaves de diversos países estarão presentes. A meta é completar 1.200 horas de voo.
Iniciado em 2002, o Cruzex é o maior exercício do tipo na América Latina. No entanto, não era realizado há 5 anos. Desde 2013, a FAB ocupou-se com a segurança de grandes eventos que ocorreram no país, como a Jornada Mundial da Juventude, a Copa do Mundo e as Olimpíadas do Rio.
Segundo o diretor do exercício, o brigadeiro do ar Luiz Guilherme Silveira de Medeiros, a atividade é importante para treinar os militares e, possivelmente, enviar aeronaves para integrar missões da ONU (Organização das Nações Unidas): “Se acontecer, precisamos estar preparados”.
Medeiros afirmou que a Cruzex permitirá aos brasileiros treinarem ao lado de militares estrangeiros que já participam desse tipo de missão, pela Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).
De acordo com a FAB, Brasil, Canadá, Chile, Estados Unidos, França, Peru e Uruguai vão participar com militares e aviões.
Os EUA participam com aproximadamente 130 militares, 1 reabastecedor KC-135 e 6 caças F-16, por exemplo.
Bolívia, Índia, Suécia e Venezuela participam como observadores. Portugal trará militares de forças especiais e, ao lado de Alemanha e França, ministrará palestras sobre o uso do poder aéreo em missões da ONU. Eis 1 resumo dos participantes das últimas edições:
Segundo a FAB, os cenários preparados para o treinamento envolvem “guerra convencional” e “não convencional“.
No cenário de guerra convencional, cerca de 40 a 50 aeronaves decolam em sequência para missões com objetivos comuns ou complementares.
No da não convencional, há 1 combate contra forças insurgentes ou paramilitares e não entre 2 Estados constituídos. Situação similar em missões de paz da ONU.
De acordo com a FAB, o Brasil não terá custos com a presença de forças estrangeiras. Cada país estrangeiro paga suas despesas, por exemplo, plano de saúde dos militares, combustível para os voos das suas aeronaves, hospedagem, transporte e alimentação.
Os custos por parte das Forças Armadas não foram revelados.
Abaixo, assista ao vídeo de apresentação do último megaexercício, realizado em 2013.