Desculpem se for meio off topic, mas lá vai:
Como qualquer país, o Brasil depende de comércio com os demais.
Com alguns países o comércio é deficitário, em outros é superavitário.
Às vezes as dificuldades de troca se tornam difíceis, forçando os países a encontrarem mediações que sejam razoáveis.
O caso dos russos é que o comércio brasileiro é francamente favorável ao Brasil, pela exportação do agronegócio (e é muito exportado).
A Rússia não tem produtos atrativos relevantes que compensem esta balança, daí que nestas circunstâncias precisa fazer uma troca justa, sem quebrar as pernas.
Quando um país tem crédito, ele vai até o outro e verifica o que tem de interessante (ou menos ruim) para os interesses do país.
Foi o caso destes equipamentos russos, bem como o helicóptero comprado.
Da mesma forma o navio francês, discutido no outro tópico.
Quando há o interesse velado por algo bem específico, o país interessado sai à procura em defesa de seus interesses.
Este é o caso do Gripen.
No fundo, é o comércio bilateral que define muitas compras governamentais.
No passado os Estados Unidos faziam isto muito bem, pois eram os vendedores de tudo para o mundo.
Na faculdade nós comentávamos que os EUA eram mascates do comércio mundial, pois todos dependiam dos produtos americanos.
Agora, porque desta negociação?
Provavelmente os russos precisam pagar as importações do Brasil e precisam oferecer o que têm que seja interessante.
Além disto, o financiamento (que é a parte delicada) fica nas mãos do vendedor.
Acredito que se fossem péssimos produtos o Brasil nem iria conversar.
Da mesma forma, se fossem produtos sensíveis politicamente, os russos não venderiam.
Meus 2 centavos...