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Muito interessante a comparaÇão de desempenho que estas belonaves tiveram na Batalha da Jutlandia (Skagerrak) em 1916.

 

 

Alemães:

 

SMS Von der Tann - disparou 170 projÉteis 11 pol.; recebeu 2 projÉteis de 15 pol. e 2 de 13.5 pol. ; apresentando 11 mortos e 35 feridos.

 

SMS Moltke - disparou 359 projÉteis de 11 pol.; recebeu 4 projÉteis de 15 pol. e 1 de 13.5 pol.; apresentando 17 mortos e 23 feridos.

 

SMS Seydlitz - disparou 376 projÉteis de 11 pol.; recebeu 8 projÉteis de 15 pol., 6 de 13.5 pol., 8 de 12 pol., 1 de 5.5 pol., 1 de 4 pol. e 1 torpedo; apresentando 98 mortos e 55 feridos.

 

SMS Derflinger - disparou 385 projÉteis de 12 pol.; recebeu 10 projÉteis de 15 pol., 1 de 13.5 pol., 10 de 12 pol., 2 de 6 pol. e 7 de 4 pol.; apresentando 157 mortos e 26 feridos.  

 

SMS LÜtzow - afundou, mas com a maioria da tripulaÇão salva.

 

 

Britânicos:

 

HMS Invincible - afundou, mais de 1020 mortos

 

HMS Inflexible - disparou 88 projÉteis de 12 pol., sem avarias

 

HMS Indomitable - disparou 175 projÉteis de 12 pol., sem avarias

 

HMS Indefatigable - afundou, 1017 mortos, 2 sobreviventes

 

HMS New Zealand- disparou 420 projÉteis de 12 pol., recebeu 1 projÉtil de 11 pol.; sem mortos ou feridos.

 

HMS Lion - disparou 326 tiros de 13.5 pol., recebeu 13 projÉteis de 12 pol. e 1 de 5.9'; apresentando 99 mortos e 51 feridos.

 

HMS Princess Royal - disparou 230 projÉteis de 13.5 pol., recebeu 8 projÉteis de 12 pol., 1 de 11 pol.; apresentando 21 mortos e 88 feridos.

 

HMS Queen Mary - afundou com 1246 mortos e 20 sobreviventes

 

HMS Tiger - disparou 303 projÉteis de 13.5 pol., recebeu 15 projÉteis de 11 pol.; apresentando 24 moros e 46 feridos. 

 

http://www.worldwar1.co.uk/battlecr.htm

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O SMS Seydlitz tentando voltar pro porto foi uma prova que ele aguentava porrada. O bichão estava quase afundando, mas conseguiu voltar.

 

 http://en.wikipedia.org/wiki/SMS_Seydlitz

 

Muito interessante esse comparativo, Milan! 

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  • Seydlitz_badly_damaged

A blindagem dos alemães era duas vezes mais grossa do que os da Royal Navy (Invincible e Indefatigable), já que foram projetados para atuar na linha de batalha junto com os couraçados. O Queen Mary era um pouco mais protegido, mas, ainda assim, inferior aos alemães. Os Kongos, de projeto inglês, sofriam da mesma deficiência, o que levou os japoneses a efetuarem sucessivas reformas para aumentar a sua resistência.

 

O emprego errado dos cruzadores-de-batalha ingleses deu no que deu na Jutlândia. Nunca deveriam ter sido colocados na linha de frente, apenas por terem armamento equivalente aos encouraçados.

Mas, para aquilo que foram projetados, ou seja, caçar e eliminar cruzadores, os cruzadores-de-batalha ingleses eram perfeitos: pulverizaram os alemães em Dogger Bank e nas Falklands.

Jellinek desperdiçou uma esquadra magnífica.

 

Outra comparação importante:

 

...Os alemães não mantinham mais do que uma ou duas cargas de cordite nas torres, além disso tinham-nas parcialmente encartuchadas em latão, o que não permitia a propagação do fogo, ao contrário dos ingleses que utilizavam exclusivamente sacos de seda para meter a cordite nos canhões. Os seus paióis estavam bem protegidos por couraças longitudinais de aço-níquel bem no fundo do navio e numa posição intermédiária alguns segundos paióis de abastecimento direto das torres ainda bem protegidos mas com poucas granadas, Praticamente, cada granada que subia para a torre era para ser imediatamente disparada, numa cadência de uma por vinte segundos nas peças de 305 mm, não se fazendo reservas em zonas acima da linha de água. A carga propelente era constituída por um cartucho de latão e um saco de seda com cordite, dado que então a indústria não fabricava invólucros de latão suficientemente grandes. Mas, para as outras peças, o cartucho estava inteiramente revestido de latão....

 

http://pt.wikipedia.org/wiki/B...ha_da_Jutl%C3%A2ndia

Originally Posted by Staffa:

O emprego errado dos cruzadores-de-batalha ingleses deu no que deu na Jutlândia. Nunca deveriam ter sido colocados na linha de frente, apenas por terem armamento equivalente aos encouraçados.

Mas, para aquilo que foram projetados, ou seja, caçar e eliminar cruzadores, os cruzadores-de-batalha ingleses eram perfeitos: pulverizaram os alemães em Dogger Bank e nas Falklands.

Jellinek desperdiçou uma esquadra magnífica.

 

 

 

Se não estou enganado, isso ocorreu devido a uma doutrina equivocada que ainda teria efeitos no início da WWII, a de que a velocidade era blindagem. Segundo esse conceito valia muito mais ter uma frota de navios com um mínimo de blindagem para que fossem mais leves e mais rápidos e, de acordo com isso poderiam manobrar e se posicionarem muito mais rapidamente para tacar o inimigo.

 

Entretanto, esse acabou por anular esta estratégia com canhões mais poderosos e atirando a uma distância maior antes que os britânicos pudessem se colocar em posição. Por serem mais blindados, os navios alemães eram mais lentos, mas resistiram muito mais que suas contrapartes as salvas sucessivas que recebiam.

 

Os ingleses ironicamente, parecem não ter aprendido essa lição no período entre guerras, uma vez que ainda insistia nesta doutrina, culminando com a construção do Hood, este representando o máximo , mas também o fim deste pensamento equivocado, quando foi humilhado e massacrado pelos poderosos canhões do couraçado alemão Bismarck, na guerra seguinte.

Não me parece que a doutrina dos cruzadores-de-batalha estivesse errada.

 

Os cruzadores comuns eram usados como navios batedores ou para missões de bate-foge. Nenhuma outra classe de navio era mais adequada do que os cruzadores-de-batalha para interceptá-los e impedi-los, em razão da velocidade.

 

O equívoco estava em usar os cruzadores-de-batalha como encouraçados, quando foram concebidos como interceptadores rápidos e com alto poder de fogo para perseguir e liquidar navios menores.

 

A mesma asneira resultou no fim do Hood: usaram-no para perseguir um navio com mais blindagem.

 

Mal comparando: seria como usar um submarino para sustentar fogo na superfície contra um destroyer...

 

 

 

 

Originally Posted by Staffa:

 

Mal comparando: seria como usar um submarino para sustentar fogo na superfície contra um destroyer...

 

 Exceto contra o Surcouf ou contra a classe M e/ou X britânica...

 

 

 

Originally Posted by Staffa:

O emprego errado dos cruzadores-de-batalha ingleses deu no que deu na Jutlândia. Nunca deveriam ter sido colocados na linha de frente, apenas por terem armamento equivalente aos encouraçados.

Mas, para aquilo que foram projetados, ou seja, caçar e eliminar cruzadores, os cruzadores-de-batalha ingleses eram perfeitos: pulverizaram os alemães em Dogger Bank e nas Falklands.

Jellinek desperdiçou uma esquadra magnífica.

 

O que eu quis dizer com a doutrina errada, foi que, com navios mais leves e mais rápidos, eles achavam que podiam se mover à vontade atirando antes que os alemães pudessem mirá-los. O problema é que as armas alemãs tinham um alcance maior e os acertaram antes que estes tivessem alcance. A blindagem mais forte fez toda a diferença, como no caso do Seydlitz...

 

De fato, os cruzadores eram bons, mas inadequados para enfrentar alguém mais forte. O que eles poderiam ter feito seria apoiar no fogo juntamente com os couraçados, mas nunca serem linha de frente.

 

Na WWII, os cruzadores de bolso alemães, mostraram que a rapidez era uma vantagem, mas tiveram trabalho até mesmo contra cruzadores mercantes armados, o que mostra que a blindagem faz muita diferença...

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