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A DIMINUIÇãO DA CAPACIDADE DO CAÇA ESCOLHIDO PARA O BRASIL*

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Por Manuel FlÁvio Vieira

ClippingNEWS-PAEm dezembro do ano passado terminou uma das mais longas concorrÊncias de entre fabricantes de armamento de toda a HistÓria: a vitÓria do caÇa sueco Gripen NG no programa FX2, um processo de seleÇão de caÇas de superioridade aÉrea para a FAB cujo inÍcio data de 15 anos atrÁs.

O projeto do Gripen NG teve inÍcio em abril de 2007, quando a Noruega assinou um acordo quanto ao futuro desenvolvimento do caÇa, no valor aproximado de US$ 25 milhÕes, seguido pelo governo sueco em outubro daquele ano. O programa tinha duas metas bÁsicas: gerar uma nova versão e desenvolver novas tecnologias que tambÉm pudessem ser incorporadas aos Gripens em operaÇão.

A nova versão (New Generation, NG) do Gripen deveria ter uma capacidade maior de combustÍvel interno, pelo reposicionamento do trem de pouso, deslocando da fuselagem para as raÍzes das asas, sendo abandonada uma proposta de tanques conformais do inÍcio da dÉcada passada. E tambÉm previa uma turbina mais potente devido ao peso maior projetado. Os demais requerimentos do projeto como radar AESA, novos sistemas de autoproteÇão e novos sistemas de comunicaÇão deveriam ser aplicados tambÉm na atual versão.

Dados informados pela SAAB para a nova versão, a monoplace, atualmente denominada “E”, previam um peso vazio de 15.700lb (7.120kg), peso mÁximo de decolagem de 36.400lb (16.500kg), combustÍvel interno de 7.300lb (3.300kg) e capacidade de cargas externas de 13.000lb (5.900kg)¹.

No programa FX2 o diretor da SAAB no Brasil justificava o relativamente discreto aumento de peso de 300kg com relaÇão versão anterior pela introduÇão de novos materiais estruturais, mais leves 2.

A partir de meados do ano de 2.010 comeÇou a ser divulgado em revistas especializadas3 o aumento do peso vazio para 7.500kg da versão  monoplace. No ano seguinte informaÇÕes disponibilizadas pelo Departamento de Defesa e ProteÇão Social da SuÍÇa (DDPS) corroboraram essa  informaÇão 4.

Em 2012 a publicaÇão da SAAB, a Spirit,5  jÁ apontava um aumento do peso vazio para 7.600kg. Em 2.013 o Departamento de Defesa suÍÇo atualizou os dados da aeronave, divulgando um peso vazio de 7.800kg 6. O peso mÁximo de decolagem (MTOW) permanece atÉ hoje o mesmo, 16.500kg, com um aumento de 100kg de capacidade de  combustÍvel interno, indo para 3.400kg. O aumento projetado das dimensÕes do caÇa permanecem o mesmo: 10cm longitudinalmente e 20cm de envergadura.

Na sessão da Comissão de RelaÇÕes Exteriores e Defesa Nacional, CRE, em 27 de fevereiro deste ano7 o presidente da Comissão Programa Aeronave de Combate (COPAC) divulgou a capacidade de cargas externas de 5.200kg, o que refirmava um peso vazio de 7.800kg. Diga-se de passagem confirmadas pela empresa como sendo o “Basic Mass Empty” (BME), da versão monoplace. “BME”  É um conceito que inclui a parte integral da aeronave, os fluidos, combustÍvel residual, a estrutura da ponta da asa onde se encaixa o mÍssil (chamada “wingtip&rdquo e o canhão vazio.

Em junho deste ano foi apresentado pela empresa um novo aumento do peso vazio: pelo caderno tÉcnico da aeronave, disponÍvel no site dela8 agora estÁ projetado um peso vazio de 8.000kg, permanecendo o peso mÁximo de decolagem em 16.500kg e capacidade interna de combustÍvel em 3.400kg. O peso vazio fora confirmado pela empresa como “BME”. A versão monoplace do caÇa apresenta atualmente apenas 5.000kg de cargas externas, em contraponto aos 5.900kg anunciados pela empresa no perÍodo inicial. É importante  frisar que as imagens da aeronave armada encontra-se bem acima da atual capacidade e ainda são propagadas na mÍdia, inclusive pela prÓpria empresa.

Gripen F em Emmen - foto Depto de Defesa da Suíça

O impacto nas capacidades

A turbina do Gripen em operaÇão É a Volvo RM12. É uma versão mais potente da General Eletric F404-402, desenvolvendo  18.100lb em pÓs-combustão e 12.100lb em potÊncia militar (potÊncia mÁxima sem pÓs-combustão), apresentando um consumo especÍfico de combustÍvel (massa de combustÍvel queimada por hora dividida pela potÊncia que produz) de 1.79 lb/hr/lbf e 0.844 lb/hr/lbf naqueles 2 regimes respectivamente.

A turbina da versão “NG” É mais moderna, derivada da F414-400 do Super  Hornet, denominada F414G. Apresenta potÊncia  0,22% maior em pÓs-combustão (22.050lb ante 22.000lb), desenvolvendo a mesma potÊncia em regime militar (14.000lb). A General Electric não informa o consumo especÍfico de combustÍvel, mas aponta para uma maior eficiÊncia quanto a F404. Ressalta-se que a versão “NG” É mais pesada, um pouco maior e, mantendo praticamente todo o design, gera mais arrasto. Esses fatores fazem com que o desempenho dinâmico do voo exija mais combustÍvel que a versão “C/D”.

Com uma vantagem de cargas externas de apenas 300kg,  capacidade externa de combustÍvel entre a nova e a atual versão É a mesma. Uma versão “NG” com 2 tanques externos de 300 galÕes (1.135L) estarÁ carregando 23,5% a mais de combustÍvel que a versão “C/D” na mesma configuraÇão. Na configuraÇão com 2 tanques de 450 galÕes (1.700L), o NG estarÁ levando 19,3% a mais.

O processo de seleÇão de um caÇa para a ForÇa AÉrea da SuÍÇa foi iniciado em janeiro de 2.008, 4 meses antes do nosso. Ao contrÁrio do FX2, o candidato da SAAB foi a versão “C/D”, tendo os testes de voo sido realizados em territÓrio suÍÇo 9, nas condiÇÕes e dimensÕes deles, ao contrÁrio do nosso, realizado na SuÉcia e com apenas 10 horas de voo no total. 10

A ForÇa AÉrea SuÍÇa realizou 26 voos de interceptaÇão sobre o seu pequeno territÓrio com o Gripen “C/D”. Destes, em 4 o caÇa sueco não concluiu a missão tendo de pousar com o nÍvel de combustÍvel abaixo da reserva de seguranÇa.9 É evidente que no Brasil o caÇa não poderÁ voar com menos combustÍvel externo ainda. OperarÁ com pelo menos 2 tanques de 1.135L, mesmo com as operaÇÕes em rodovias previstas pelo Comando Geral de OperaÇÕes AÉreas (COMGAR).

A FAB selecionou para o FX2 os caÇas Lockheed Martin F-35 Lightning II, Sukhoi Su35BM, EADS Typhoon, Dassault Rafale, Boeing Super Hornet e o SAAB GripenNG. Apenas o último pertence a uma classe de peso abaixo dos demais. No FX1 foram selecionados o Sukhoi Su35, Dassault Mirage 2000mk2 (denominado “BR&rdquo, Lockheed Martin F-16CJ e o SAAB Gripen C/D. De caÇa pesado apenas havia o russo, com os caÇas americanos e francÊs mÉdios-leve e o Gripen sendo um caÇa leve. O Mirage 2000mk2 tem capacidade de 6.000kg de cargas externas, peso vazio de 8.200kg, 3.200kg de capacidade interna de combustÍvel e peso mÁximo de decolagem de 17.500kg. O F-16  tem 6.700kg de capacidade de cargas externas, peso vazio de 9.165kg, 3.220kg de capacidade interna de combustÍvel e peso mÁximo de decolagem de 19.185kg. Pelo projeto inicial o GripenNG, devido a uma estrutura proposta significativamente mais leve que, juntamente com o motor mais eficiente, o caÇa sueco poderia se “ombrear” com esses 2 caÇas “benchmarking” do ocidente,  o Mirage e F-16.

Atualmente o Gripen NG, numa configuraÇão ar-ar, que É a mais leve das configuraÇÕes, com 2 mÍsseis de curto alcance, 4 mÍsseis de  longo alcance (uma configuraÇão ar-ar bÁsica) e com 2 tanques de 1.700L ficaria no limite da capacidade. (O caÇa francÊs e o americano portam tanques sob as asas de 1.700L e 2.270L respectivamente). É impossÍvel ao “NG” carregar 2 bombas inteligentes da classe de 2.000lb com 2 tanques de menor capacidade disponÍvel, teria de ser com apenas 1 tanque, ou levar 1 bomba dessa classe com 2 tanques grandes sem depreciar a quantidade de combustÍvel.

Vale ressaltar que o caÇa com 2 mÍsseis de curto alcance nas pontas das asas, apenas  2 pilones em cada asa, as discretas “iscas” para mÍsseis (chamadas decoys e flares) e o armamento do canhão interno, ou seja, uma configuraÇão praticamente “limpa”, jÁ estarÁ carregando 877kg de cargas externas. No rodapÉ do artigo os leitores poderão constatar as configuraÇÕes da aeronave com o peso das muniÇÕes, adaptadores, tanques e pilones, que não são informaÇÕes classificadas: são disponibilizadas pelos  fabricantes e forÇas aÉreas.

Gripen F em Axalp - foto 3 Depto de Defesa da Suíça

ConsideraÇÕes finais

Numa entrevista realizada via internet pelo jornal O Globo e pela agÊncia Defesanet na data de 29 de janeiro deste ano 11 sobre o tema da decisão do FX2, um dos jornalistas questionou o presidente da COPAC, brigadeiro Crepaldi Affonso, sobre o problema do aumento de peso da aeronave. Ele respondera curta e laconicamente que “o caÇa teria os requisitos da FAB”. Depois disso o Gripen jÁ teve a capacidade de cargas externas diminuÍdas em mais 200kg.

Com um problema de projeto que vem se agravando literalmente ano a ano, onde a capacidade de cargas externas despencou de 5.900kg para 5.000kg, o peso vazio aumentando de 7.100kg para 8.000kg, o Presidente da COPAC não apresentou uma reposta condizente com o problema apresentado.

E É importante que se ressalte o “silÊncio” sobre o problema por parte de alguns veÍculos especializadas em defesa, que É de ciÊncia deste prÓprio autor o conhecimento por parte dos editores.  A tÍtulo de observaÇão, esses veÍculos são patrocinados pela SAAB que, diga-se de passagem, realiza propaganda maciÇa na mÍdia especializada.

Original Post

Replies sorted oldest to newest

Amigos da WK,

alguém tem conhecimento dos problemas apresentados na matéria acima.

Será que levamos gato por lebre....???? 

O aumento do peso do avião e a diminuição na capacidade levar armas seria um problema para a FAB, ou o avião ainda atenderá as nossas necessidades..??

O colega, ao colocar a matéria, esqueceu-se convenientemente, de colocar a correção apontada pelos editores no final da matéria:

 

*NOTA DO EDITOR: a opinião do autor não corresponde, necessariamente, à opinião dos editores deste site. Trazemos aqui o artigo publicado hoje (17 de setembro) na fonte acima referida para debate por parte dos leitores do Poder Aéreo, dada a importância do tema: por se tratar do futuro caça da Força Aérea Brasileira e ao fato desse debate fazer parte da missão deste site, desde o seu nascimento, há mais de seis anos.

Porém, não podemos deixar de ressaltar que o artigo, que procura transparecer um grande cuidado com detalhes em relação a diversos pesos, capacidades e números divulgados e apoiados nas mais diversas fontes, deixa de fazer uma referência quantitativa importante à principal diferença do monoposto de nova geração do Gripen (E, ou NG) em relação à versão anterior (C) : o aumento de cerca de 1 tonelada na capacidade interna de combustível. A decisão de aumentar essa capacidade é apenas mencionada, sem números, no terceiro parágrafo do artigo, e em nenhum momento é dito que a versão C, com a qual se faz diversas outras comparações entre pesos, motorização etc, possui uma capacidade interna de combustível de cerca de 2,4 toneladas, ou seja, 1 tonelada a menos, do que a futura versão E, que deverá carregar internamente 3,4 toneladas de combustível (e não importa se isso foi proposital ou por escolha do autor, já que o efeito da lacuna é o mesmo, podendo gerar um erro de interpretação por parte do leitor). (grifo meu)

O aumento na capacidade de combustível interno do Gripen C em relação ao futuro Gripen E (ou NG) é de aproximadamente 40%, o que equivale (também aproximadamente) ao peso de um tanque externo de 300 galões, porém carregado internamente.

Feita a ressalva, convidamos os leitores a debater o artigo, incluindo o próprio autor, que é cadastrado para comentários neste site.

 

 

ps: Uma coisa importante que ninguém discute é que a FAB procurava, primeiramente, um interceptor/combate aéreo, e com capacidade de ataque (ao solo) como secundário, que o faz superior, levando-se em consideração esse parâmetro, aos demais concorrentes, pois tem o mesmo alcance com a carga de armas de 4 mísseis radar e 2 IR, mas com a capacidade de voar a Mach 2,2, e chegar ao alvo mais rápido em regime de supercruzeiro, Sendo que o Rafale nessa configuração voa a no máximo Mach 1.9, o Super Hornet a 1.8, e sem supercruzeiro.

 

Sua capacidade de ataque ao solo é inferior aos 2, sem sombra de dúvida, com capacidade por volta de 40% a mais de carga que o Gripen, mas alguns apontam 60%, maquiando os dados das capacidades, colocando, pro mesmo alcance, a mesma carga de armas e de combustível externo, sendo que pra alcançar a mesma distância com suas maiores capacidades de cargas, precisam diminuir reduzir armas e aumentar a de combustível (bimotores). Matemática pura e simples, mas que alguns gostam de maquiar pra defender seus argumentos.

Last edited by FІЯЭFФЖ

Isso mesmo caro Firefox.....

Gostaria de levantar o debate aqui no Fórum com os amigos para verificar o que acham da matéria.

Também gostaria da opinião dos colegas se há fundamento no levantado pelo artigo.....

Mesmo antes de ler a nota do editor, enquanto lia o texto, eu via o cara falando de aumento de peso, aumento de peso...  Mas não mencionava o quê era esse aumento de peso, como se o avião estivesse sendo projetado com longarinas de chumbo em vez de alumínio, um procedimento claramente tendencioso...

A conclusão que chego é que deve ser mais um entre os muitos "viúvos" das outras aeronaves derrotadas no FX-2, manipulando informações para manchar a idoneidade do projeto perante leitores desavisados.  O que em nada me espanta por ser perfeitamente dentro do esperado em situações como essa, se não aparecesse ninguém falando mal é que eu ficaria preocupado...

Por quê?  Porque quando algum desafeto descobre um problema no adversário, ele não alerta, ao contrário, fica quietinho esperando ele se ferrar...

Last edited by Felipe C. Miranda

Lendo certa vez atrás...os F-18 Super Hornet, têm um erro de projeto que ocasionou a diminuição do peso sob as asas devido aos suportes de armamento e tanques serem desalinhados com o eixo do avião, inclusive, causando um grande prejuízo a célula material pelo arrasto, diminuindo a vida ativa,..

 

 

 

(... um dos jornalistas questionou o presidente da COPAC, brigadeiro Crepaldi Affonso, sobre o problema do aumento de peso da aeronave. Ele respondera curta e laconicamente que “o caça teria os requisitos da FAB”...)

Last edited by Eduardo Boldo

O texto tenta jogar com numeros para provar uma tese falsa e "esquece" de mencionar alguns que sao muito mais esclarecedores:

_ O motor F414 é mais econômico que o F404 usado no Gripen C;
_ O novo motor é cerca de 20% mais possante que o da versão anterior;
_ O Gripen NG leva cerca de 40% a mais de combustível INTERNO, com um aumento no peso máximo de cerca de 20%.

Isso é o suficiente para desmontar toda a tese do texto..

Last edited by Cesar de Aquino

"...Ressalta-se que a versão “NG” é mais pesada, um pouco maior e, mantendo praticamente todo o design, gera mais arrasto. Esses fatores fazem com que o desempenho dinâmico do voo exija mais combustível que a versão “C/D”."

 

 

Last edited by Gilson

Porr@, meu.

 

O cara  destila dados técnicos de uma anv ainda em projeto. Muita coisa vai mudar "antes", "durante" e "depois" que a primeira unidade deixar a linha de produção.

Até hoje são introduzidas alterações no F-5 (um avião de 50 anos atrás).

 

Outra: ele jamais terá contato com os dados relevantes do projeto, pelo simples fato de não participar dele.

Last edited by Gilson
Originally Posted by Sidney:

Li uma conversa sobre o aumento de peso estar associado a mudanças estruturais necessárias para poder opera-lo.... em um porta-aviões.  

 

Será que já estão se preparando para a versão embarcada.....seria uma ótima notícia...!!!

Originally Posted by Cesar de Aquino:

O texto tenta jogar com numeros para provar uma tese falsa e "esquece" de mencionar alguns que sao muito mais esclarecedores:

_ O motor F414 é mais econômico que o F404 usado no Gripen C;
_ O novo motor é cerca de 20% mais possante que o da versão anterior;
_ O Gripen NG leva cerca de 40% a mais de combustível INTERNO, com um aumento no peso máximo de cerca de 20%.

Isso é o suficiente para desmontar toda a tese do texto..

Também li a respeito de uma versão naval e estudo de novos motores para compensar possíveis aumento no peso total, mas tudo isto antes do inicio da produção.

Isso ai me parece muita dor de cotovelo por nao ver seu "preferido" escolhido para o FX-2, isso sim...

 

Entre todos os concorrentes, sem duvida alguma, nos que mais confio sao os Suecos para honrar os acordos, contratos e trabalhar sem interesses conflitantes com o Brasil para o desenvolvimento de uma aeronave que seja util aos dois paises, bem como comercialmente interessante...

 

Edilson 

GRIPEN NG

Aeronáutica e SAAB se reúnem para início da certificação do caça

 

Publicado: 25/09/2014 16:09h
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O Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI) irá validar os testes realizados na Suécia
 

 Entre os dias 11 e 12 deste mês, representantes do Instituto de Fomento e Coordenação Industrial (IFI), vinculado ao Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), se reuniram em São José dos Campos (SP) com representantes da empresa SAAB para tratar sobre o início do processo de certificação da aeronave Gripen NG.

As certificações da aeronave Gripen NG com relação aos requisitos de aeronavegabilidade e de cumprimento de missão serão realizadas por órgãos da Suécia. O IFI irá acompanhar esses processos e, após validá-los, irá emitir um Certificado de Tipo ao projeto da aeronave Gripen NG.

Durante o encontro, foi apresentado à empresa um breve histórico do Instituto e a empresa, por sua vez, apresentou ao órgão certificador a sua estrutura organizacional envolvida no desenvolvimento da aeronave. Os analistas do IFI debateram sobre o Master Certification Plan que a SAAB irá submeter ao IFI, de forma a possibilitar a aceitação desse documento. Também foi discutido oSAAB Aeronaitics Quality Assurance System e como o Instituto verificará o cumprimento dos requisitos.

No processo de Garantia Governamental da Qualidade, o IFI fará uma validação do Sistema da Qualidade adotado pela SAAB.

 

 

FAB

Last edited by Gilson
Originally Posted by Guacyr.:

O que muito me preocupa nisto tudo é se o kit do Gripen A da Italeri 1/48 que comprei servirá se e quando vierem os caças tampões.

 

Terá que modificar pouca coisa pro padrão C, mas dá sim.

 

E faltará os decalques, claro!!! 

Sem alarde, Saab continua a oferecer o Gripen para a Índia

 

Gripen IN - concepção artística - imagem Saab - site da campanha do Gripen para a Índia

EMPRESA SUECA ACENA COM PRODUÇÃO LOCAL DO CAÇA, ENTENDENDO QUE A ÍNDIA CONTINUARÁ PRECISANDO DE AVIÕES DE COMBATE MESMO APÓS A AQUISIÇÃO DO RAFALE E OUTROS PROGRAMAS

Na sexta-feira, 26 de setembro, o site Stratpost publicou reportagem e vídeo sobre a intenção da empresa sueca Saab de oferta à Índia de produção local do caça Gripen. A informação foi dada pelo “chairman” da empresa na Índia, Lars-Olof Lindgren, e surge num momento em que o novo primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, iniciou uma campanha para encorajar empresas estrangeiras a produzirem na Índia.

Lindgren, que já foi embaixador sueco na Índia, afirmou: “Estamos preparados para estabelecer uma empresa do tipo “joint venture” (parceria) na Índia para produzir na Índia, para a Índia, e com mão de obra indiana. Há um grande número de engenheiros indianos bem formados e altamente qualificados, que são uma combinação perfeita para a alta tecnologia sueca no campo aeroespacial.”

 

A Saab vem trabalhando sem alarte num plano para produzir o Gripen na Índia, e Lindgren disse que sua empresa já realizou boa parte da “lição de casa” para esse fim: “Nós nos preparamos, temos todos os projetos para uma fábrica, como ela ficaria e como a cadência de produtos funcionaria, e também estamos preparados para subcontratadas na mesma área, portanto já temos muito trabalho já feito para produzir na Índia.” Ele também enfatizou que a Saab estaria propondo uma “real transferência de tecnologia” nessa proposta. Após destacar que já se viu muitos exemplos de envio de maquinário e projetos para um país, sem que nada realmente aconteça, ele afirmou que “gradualmente se introduziria a tecnologia na Índia de forma que a mão de obra indiana esteja mais e mais acostumada sobre como produzir aeronaves, de forma que seja empregada no desenvolvimento de uma nova geração de aviões. Assim, nós falamos de real transferência de tecnologia, quando dizemos isso.”

 

Gripen IN - imagem Saab - página da campanha do Gripen para a Índia

 

Para a Saab, a Força Aérea Indiana ainda precisará de cerca de 200 caças após terminar seus planos de aquisição, incluindo o LCA (Tejas), o caça russo-indiano de quinta geração (FGFA) e os 126 aviões de combate multitarefa de porte médio (MMRCA), para os quais foi selecionado o francês Rafale. O Gripen já competiu no MMRCA.

 

Sobre esse assunto, o executivo afirmou: “Nós lamentamos não termos sido selecionados no MMRCA, mas respeitamos integralmente a decisão indiana e o processo, e não nos colocamos contra o mesmo. Mas sabemos que, mesmo com o MMRCA, a Força Aérea Indiana ainda precisará de muitos aviões. É difícil dizer quantos, mas cerca de 200 aviões adicionais seriam necessários. E achamos que o Gripen E, como você diz, a nova geração do Gripen, se encaixaria perfeitamente na Força Aérea Indiana.” Lindgren acrescentou: “Quando os assuntos são desempenho, disponibilidade, acessibilidade e transferência de tecnologia, achamos que o Gripen seria uma escolha perfeita para a Índia. Eu diria que, a substituição da frota de caças MiG que a Força Aérea Indiana ainda possui demandaria um avião como o Gripen,  mais leve, mas ainda assim de alto desempenho. Então, como disse, se encaixa perfeitamente.”

 

Um projeto como esse se transformaria em realidade em poucos anos, segundo Lindgren: “Sabemos que as demandas da Força Aérea Indiana são mais ou menos imediatas, e poderíamos iniciar a produção em menos de cinco anos após a decisão. Já temos uma boa preparação, como mencionei, e poderíamos ajudar a trazer nossa própria base de fornecedores para a Índia, o que seria benéfico para a indústria indiana de defesa como um todo.”

 

 

FONTE / VÍDEO: Stratpost (South Asian Defense & Strategic Affairs)

Originally Posted by Cesar de Aquino:

O texto tenta jogar com numeros para provar uma tese falsa e "esquece" de mencionar alguns que sao muito mais esclarecedores:

_ O motor F414 é mais econômico que o F404 usado no Gripen C;
_ O novo motor é cerca de 20% mais possante que o da versão anterior;
_ O Gripen NG leva cerca de 40% a mais de combustível INTERNO, com um aumento no peso máximo de cerca de 20%.

Isso é o suficiente para desmontar toda a tese do texto..

Não apenas tendencioso, mas também ignora que o primeiro protótipo de fato do Gripen NG voará somente no segundo semestre do ano que vem e que o terceiro protótipo, representativo da aeronave de produção em série, voará no segundo semestre de 2016. A matéria quer sugerir que os engenheiros suecos, que sempre demonstraram sua criatividade em projetos de caças inovadores, como o Draken, o Viggen e o próprio Gripen, seriam uns jumentos, umas bestas cúbicas e incapazes de procurar soluções que reduzam o peso da aeronave. E o autor da matéria também "esquece" de lembrar que, mesmo que a redução da carga útil ocorra, o Gripen NG ainda terá capacidade de carga bélica igual ou superior a do Mirage 2000C, um caça ligeiramente maior.

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