CONHEÇA A HISTÓRIA DOS DRAGÕES
DA INDEPENDÊNCIA
Se vocÊ É um aficionado pela histÓria do Brasil ou pelo militarismo, com certeza jÁ ouviu falar nos DragÕes da IndependÊncia, o 1º Regimento da Cavalaria de Guardas do ExÉrcito Brasileiro, e de sua participaÇão em um dos momentos mais importantes do paÍs, a IndependÊncia. Mas vocÊ conhece a origem desse regimento, de tradiÇão tão honrosa? Sabe quais são suas atribuiÇÕes nos dias de hoje? Continue lendo para descobrir!
A origem dos DragÕes
Apesar de ser conhecido como DragÕes da IndependÊncia, a histÓria do 1º Regimento de Cavalaria do ExÉrcito se inicia muito ates de 1822. Quando a sede do governo de Portugal foi transferida para o Rio de Janeiro, o PrÍncipe Regente D. João achou arriscado demais se valer de um ExÉrcito desprovido de uma Cavalaria. O prÍncipe acreditava que, para zelar pela sede do governo, era fundamental ter à disposiÇão uma tropa capaz de perseguir e aniquilar o inimigo em caso de invasão.
Assim nasceu o 1º Regimento de Cavalaria do ExÉrcito, que desde sua criaÇão, esteve presente em muitos dos momentos mais importantes da nossa histÓria. Apesar de o Regimento contar com montarias, os cavalos sÓ eram utilizados para deslocamento: os combates eram realizados a pÉ.
O Grito do Ipiranga
O Grito do Ipiranga É um dos quadros mais famosos do Brasil e estÁ presente em todos os livros de histÓria do paÍs. Ele retrata o momento crucial da histÓria da naÇão em que D. Pedro I deu o famoso brado de “IndependÊncia ou morte!” às margens do rio Ipiranga, proclamando o Brasil como uma naÇão finalmente independente de Portugal.
Apesar de o foco do quadro ser na figura de D. Pedro I, ele não teria o mesmo impacto sem os DragÕes da IndependÊncia, que saúdam a proclamaÇão do imperador. Da mesma maneira, esse momento tão importante da histÓria não teria sido o mesmo sem a participaÇão e o apoio do Regimento.
A ProclamaÇão da República
Os DragÕes da IndependÊncia tambÉm estiveram presentes em outro momento importante da histÓria nacional, alÉm daquele que lhes dÁ o nome: foi montado em um cavalo cedido por Eduardo JosÉ Barbosa Júnior, Alferes (Segundo tenente) do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas, que Marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República.
Depois de tão importante atuaÇão, o cavalo baio 6 montado pelo Marechal tornou-se cÉlebre e deixou de ser montado atÉ sua morte, em 28 de fevereiro de 1904. Ele foi enterrado no picadeiro do Regimento, com inscriÇÕes sobre sua participaÇão honrosa na histÓria do paÍs em sua sepultura. Devido a esse fato, o Comandante do Regimento, tradicionalmente, monta um cavalo baio de número 6.
Os DragÕes da IndependÊncia hoje
As tradiÇÕes do 1º Regimento foram resgatadas em 1911 pelo deputado e historiador Gustavo Barroso. É por esse motivo que o atual fardamento dos DragÕes preserva as principais caracterÍsticas da Época de D. Pedro I.
Atualmente, o regimento É responsÁvel pela guarda da presidente da República e pelo cerimonial militar — por exemplo, o desfile de 7 de Setembro. Nesse evento, a Guarda Presidencial escolta a presidente, realiza a guarda dos PalÁcios Itamaraty, do Planalto, da Alvorada e do Buriti, e fazem apresentaÇÕes ao público. Os DragÕes da IndependÊncia, por sua vez, participam da cerimÔnia com a cavalaria e encerram o evento.
Com um longo histÓrico de honra, tradiÇão e presenÇa nos momentos mais importantes da nossa histÓria, os DragÕes da IndependÊncia são um dos grandes motivos de orgulho nacional.