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Na Guerra das Malvinas, em 1982, a Fuerza Aerea Argentina (FAA) possuia 3 jatos Boeing 707. Embora operassem como aviÕes de transporte de passageiros e carga, a FAA decidiu usÁ-los em missÕes de esclarecimento marÍtimo e vigilância, para acompanhar a descida da ForÇa-Tarefa britânica rumo às Ilhas Malvinas.

 

As fotos abaixo são do dia 21 de abril de 1982, quando a aeronave argentina TC-91 detectou no visual a FT britânica, por volta das 9:00h da manhã.

 

 

Um Sea Harrier do 800 NAS, pilotado pelo tenente Simon Hargreaves, interceptou a aeronave, sem contudo derrubÁ-la, por causa das regras de engajamento (ROE).

 

 

No dia 22 de maio, outro 707 no mesmo tipo de missão teve a sorte de escapar de 4 mÍsseis Sea Dart lanÇados contra ele, pois as ROE tinham mudado. Depois disso, os argentinos não quiseram mais arriscar.

 

Por causa desses vÔos, um DC-10 da VARIG, que fazia a linha Joanesburgo-Rio,  foi interceptado por um Sea Harrier, quando passava sobre a FT britânica. A verificaÇão visual salvou o avião brasileiro. Isto ocorreu em 23 de abril, inclusive neste voo, entre os passageiros que desembarcaram no Rio, estavam Leonel Brizola então candidato ao Governo do Rio e o deputado maranhense Neiva Moreira.  

 

 Fonte: aereo.jor

Last edited by Milan
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Então podemos entender que a FT Britanica ainda estava no Atlântico antes de chegar nos arredores do Nordeste do Brasil...afinal, África x Rio, não passa nem perto do Atlântico sul...ou seja, águas internacionais...

 

 

Uma parte do relato :

 

Na Guerra das Malvinas, um flerte com a morte sobre o Atlântico Sul

Britânicos confundiram avião e quase abateram DC-10 com 188 pessoas - entre elas Brizola

Aconteceu na tarde de sexta-feira, 23 de abril de 1982. Quem estava sentado do lado esquerdo do avião levou um grande susto: apareceu um jato militar, bem armado e com pintura de camuflagem, junto da asa do DC-10 da Varig. Foi por pouco tempo — o suficiente para provocar tumulto. De repente, o caça deu uma guinada e desapareceu. Deixou perplexidade bastante para animar a conversa a bordo naquele fim de viagem Johanesburgo-Rio.

Ao desembarcar no aeroporto do Galeão, por volta das 19h30m, cada passageiro tinha uma breve história para contar. Um deles era Leonel Brizola, então candidato ao governo do Estado do Rio. "Dava para ver o perfil do piloto", ele disse ao GLOBO na época. Brizola (1922-2004) e seus companheiros de viagem não podiam imaginar, mas aquilo fora um flerte com a morte. Quando o DC-10 foi captado na tela dos radares, a frota britânica navegava a dois mil quilômetros de distância das praias do Rio. Avançava na direção do arquipélago Malvinas, invadido por tropas argentinas três semanas antes.

O almirante John Forster "Sandy" Woodward comandava uma operação arriscada, a 13 mil quilômetros das bases europeias, limitada no calendário pelo início do inverno polar. E, também, limitada no tempo, porque o governo da primeira-ministra Margareth Thatcher não sobreviveria se a missão resultasse em fiasco ou numa "viagem inútil a lugar nenhum" — na definição do Bureau de Inteligência do Departamento de Estado norte-americano.

Há quatro dias a esquadra deixara a base da ilha de Ascensão, na altura de Pernambuco, e era frequentemente sobrevoada por um Boeing 707 da Aerolíneas Argentinas. Toda a estratégia de defesa da Junta Militar dependia da localização dos navios para estimativas sobre a data mais provável de chegada da frota à zona de combate.

Incomodado com as missões de "reconhecimento", Woodward pediu mudanças nas regras de interceptação. Até então, dependia de autorização expressa de Londres para abrir fogo contra aeronaves consideradas como "ameaça", fora da "zona de exclusão aérea", mesmo que estivessem desarmadas. Recebeu autonomia na quinta-feira 22 de abril, quando o secretário de Defesa, John Nott, anunciou alterações no sistema de "alerta de defesa" da frota — sob o argumento de que a esquadra já se encontrava ao alcance das Força Aérea argentina.

Na manhã de sexta-feira, 23, um Boeing 707 da Aerolíneas despontou nos radares, e desapareceu — indicam os registros coletados pelo historiador militar britânico Rupert Allason, cujos livros são assinados com o pseudônimo Nigel West. À tarde, outro alarme: aeronave suspeita a 340 quilômetros de distância, dez mil metros de altitude, em aproximação a 700 quilômetros por hora. O momento não poderia ser pior, descreveu Woodward nas memórias, porque o porta-aviões Hermes estava em meio ao reabastecimento. Preparou-se o lançamento de mísseis.

Um caça Harrier se aproximou do "alvo". Chegou por trás; passou por cima; ficou à frente; foi para o lado esquerdo; deu uma guinada e sumiu, sem responder às tentativas de contato do comandante do DC-10, Manoel Mendes — segundo ele mesmo relatou aos passageiros curiosos, como Leonel Brizola e o então deputado maranhense Neiva Moreira. O piloto do caça confirmara o "alvo" como jato comercial regular da companhia brasileira Varig, em voo de rotina e com as luzes de cabine devidamente acesas. Woodward calcula em 30 segundos e Allason (West) estima em 20 segundos o intervalo entre o reconhecimento pelo Harrier e a ordem para abortar o ataque. A bordo do DC-10 da Varig, 188 pessoas não sabiam, mas durante essa fração de tempo flertaram com a morte. E o comandante Woodward escapou de um erro que, certamente, teria mudado a história da guerra no Atlântico Sul.

 

Fonte : O Globo

Se ele derrubasse, estaria numa encrenca danada.

 

Como navegavam em rádio silêncio, não havia como o tráfego civil adivinhar sobre o que estavam voando.

A zona de exclusão aérea era sobre as Malvinas, mas acho que o comandante poderia ter declarado uma zona de exclusão aérea por sobre a Força-Tarefa, só que isso implicaria em navegar com os radares funcionando, e notificar as cias. aéreas para que desviassem vôos, o que teria entregue a posição da FT.

E essa história aqui? Mais insana ainda (mesmo que seja verdadeira). Sea

Harriers vistos a partir de Ponta Grossa - PR??!!

 

http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=19576

 

http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=40650

 

O auto teria feito uma pesquisa intensa, inclusive com afirmativas porparte de ex-pilotos.

 

No mínimo curioso. 

 

Abs,

 

MR

Last edited by Marcelo Ribeiro - Mach 2

Uau!...interessantissima essa historia sobre a interceptacao...e tambem a narrativa sobre o ataque ao Hermes...

 

E incrivel como, em situacoes de guerra, a gente vem a saber de detalhes nunca imaginados ou contados antes tanto tempo depois!......

 

Edilson 

Mas depois demos o troco:

O caso Vulcan...

 

Aqui não jacaré !!!!!!!!!!!!!!!

 

http://zh.clicrbs.com.br/rs/no...de-caca-3713070.html

 

Só não entendi uma coisa: haviam 4 aeronaves no radar... 3 sairam, talvez fossem Harriers em missão de escolta...
E os F-5 decolaram sem mísseis ?????????

Somente com os canhões??????????

 

Coragem absoluta.

 

"...Embora nós não estivéssemos com mísseis, tínhamos 560 cartuchos de dois canhões 20 mm em cada F-5...."

Originally Posted by fernando frota melzi:

Se ele derrubasse, estaria numa encrenca danada.

 

Também acho, se tivessem derrubado acredito que o Brasil iria ceder muito mais que dois Bandeirulhas e alguns xavantes para os hermanos....

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