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Ex-executivos de Azul e JetBlue se unem para criar rival de FedEx

MARIANA BARBOSA
DE SãO PAULO

23/09/2014  02h00

 

Um grupo de americanos e brasileiros formado por ex-executivos da Azul Linhas AÉreas e da americana Jetblue estÁ lanÇando uma companhia aÉrea no paÍs, dedicada ao transporte de cargas.

 

A Modern Logistics quer ser uma espÉcie de FedEx ou DHL brasileira, uma empresa de logÍstica que terÁ na aviaÇão seu principal modal.

 

A empresa acaba de fechar uma captaÇão no exterior, que pode chegar a R$ 75 milhÕes, por meio da gestora carioca DXA Investments, de Oscar Decotelli.

 

Com uma frota de jatos Boeing-737 e turboÉlices ATR-72, a Modern pretende fazer para a carga o que a Azul fez para o mercado de passageiros: ampliar a presenÇa em destinos menores, para onde as cargueiras hoje não voam.

 

"É um mercado completamente inexplorado no Brasil e podemos atrair carga que hoje viaja de caminhão, com todos os riscos de roubos e os problemas nas estradas", diz o presidente da Modern, Gerald Lee, americano que se mudou para o Brasil em 2009 para fundar a Azul, ao lado de David Neeleman. Antes, foi vice-presidente da JetBlue.

 

 Raquel Cunha/Folhapress 
Gerald Lee (à esq.), da Modern, e Oscar Decotelli, do DXA

 

A despeito do alto custo do combustÍvel de aviaÇão, a Modern acredita que pode competir atÉ mesmo em distâncias menores de 500 km.

Apenas 0,4% do volume de produtos transportados internamente no paÍs viaja de avião. O mercado É formado, de um lado, por empresas pequenas com aviÕes velhos que prestam serviÇos para os Correios e, de outro, pela TAM Cargo, que atua com aviÕes de maior porte, em rotas como Manaus-Guarulhos.

 

Enquanto cargueiras tradicionais fazem apenas o transporte do ponto A ao ponto B e vendem espaÇo no mercado a vista, a Modern pretende firmar contratos de longo prazo e cuidar da entrega da origem ao destino final.

 

A frota rodoviÁria serÁ terceirizada, mas a Modern farÁ o monitoramento eletrÔnico da carga. Serão criados 15 centros de distribuiÇão em aeroportos ou redondezas.

 

O foco inicial serão empresas farmacÊuticas, montadoras e outros fabricantes de produtos de alto valor agregado. Quando ganhar mais musculatura, a ideia É ingressar no mercado de carga expressa e comÉrcio eletrÔnico, explica Lee.

 

Adalberto Febeliano, vice-presidente comercial e ex-Azul, lembra que hÁ um grande potencial para transportar produtos proibidos de viajar no bagageiro de voos regulares de passageiros por questão de seguranÇa, como material radioativo e de alto valor, como dinheiro.

As operaÇÕes estão previstas para comeÇar em marÇo e a ideia É encerrar 2015 com cinco aviÕes. Em cinco anos, a meta É ter 40 cargueiros, metade 737 e metade ATRs. 

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