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Sim, este fato ocorreu em 20 de fevereiro de 1852, alguns dias apÓs a vitÓria na batalha de Monte Caseros (03/02/1852). 

 

 

 

Batalha de Monte Caseros, tambÉm chamada de Batalha de Caseros, foi uma das batalhas da Guerra contra Oribe e Rosas (1851-1852) (e parte da guerra civil uruguaia, denominada "Guerra Grande"), travada a 3 de Fevereiro de 1852, jÁ ao final dos conflitos.

 

Nela defrontaram-se o ExÉrcito da ConfederaÇão Argentina de Juan Manuel de Rosas e o da alianÇa encabeÇada pelo General Justo JosÉ de Urquiza, Governador da ProvÍncia de Entre RÍos.

 

Caseros era uma localidade prÓxima à sede de Buenos Aires. O nome refere-se ao da primeira famÍlia que deteve a propriedade. O local da batalha É hoje ocupado pelo Colegio Militar de la NaciÓn, entre as estaÇÕes de trem Caseros e El Palomar, na Grande Buenos Aires. Hoje, na provÍncia de Corrientes existe a cidade denominada Monte Caseros, cujo nome evoca esta batalha.

 

ApÓs a derrota infligida a Oribe no Uruguai, com o reconhecimento final do Governo da Defesa de MontevidÉu como único legÍtimo, a batalha de Monte Caseros determinou a queda definitiva do Governo de Juan Manuel de Rosas e propiciou a criaÇão da ConfederaÇão Argentina, presidida pelo elevado a Brigadeiro-General Justo JosÉ de Urquiza.

 

O exÉrcito aliado partiu em direÇão da capital argentina de Buenos Aires com o intuito de conquistÁ-la por terra, enquanto o ExÉrcito brasileiro comandado por Caxias iria atacar pelo mar. No entanto, o exÉrcito aliado acampou a cerca de nove quilÔmetros de Buenos Aires em 1 de fevereiro de 1852 e dois dias depois encontrou o exÉrcito argentino liderado por Rosas em pessoa.

 

As forÇas aliadas eram compostas por 20 mil argentinos, 1.700 uruguaios e 4.000 soldados de elite brasileiros, distribuÍdos em cerca de 16 mil cavalarianos, 9 mil soldados de infantaria e mil de artilharia, totalizando 25.700 a 26.000 homens, com 45 a 50 canhÕes. E do lado argentino, Rosas possuÍa cerca de 15 mil cavalarianos, 10 mil soldados de infantaria e 10 mil artilheiros, num total de 35 mil homens no mÁximo, com 60 canhÕes.

 

 

Na madrugada do dia 3 de fevereiro, o comandante-em-chefe aliado JosÉ Justo Urquiza percorreu as fileiras aliadas e ao passar pelas tropas brasileiras, gritou: "-Viva o Brasil! Viva o Imperador!" e os soldados por sua vez responderam com viva ao comandante-em-chefe e aos aliados. Os comandantes aliados eram Manuel Marques de Souza, PirÁn, GalÁn, Urquiza e os futuros presidentes argentinos, BartolomÉ Mitre e Domingo Sarmiento (que anos antes havia combatido Rosas escrevendo textos contra o ditador) que se reuniram em conselho e decidiram iniciar a batalha.

 

O ditador Rosas escolheu o melhor terreno possÍvel para preparar o seu exÉrcito, dispondo-o no topo de um monte em Caseros, do outro lado de um ribeirinho chamado Arrojo MorÓn, e quase que imediatamente, entre nove e onze horas da manhã (os relatos são conflituosos), a vanguarda de ambos os exÉrcitos comeÇou a atirar.

 

A formaÇão do exÉrcito aliado era a seguinte: no flanco direito, estava reunida a cavalaria argentina sob o comando do General Anacleto Medina. No centro, sob o comando do brigadeiro Manuel Marques de Sousa, estava concentrado o grosso da infantaria, formada em sua maioria por brasileiros e argentinos (sob o comando e BartolomÉ Mitre), protegendo as peÇas de artilharia ao fundo. à esquerda, mais divisÕes de cavalaria sob o comando do General Juan Pablo Lopez e de Urquiza, sendo auxiliadas pela infantaria uruguaia e por um regimento de cavalaria comandado pelo tenente-coronel OsÓrio. O plano de combate era enviar as divisÕes de cavalaria situadas nos extremos do exÉrcito para atingirem os flancos do inimigo, que seriam atingidos em cheio ao meio pelo avanÇo da infantaria aliada e pelos ataques da artilharia.

 

Por sua vez, a formaÇão do exÉrcito argentino de Manuel Rosas estava definida da seguinte maneira: no topo do morro havia a ChÁcara de Caseros, composta por duas casas, onde o ditador estava alojado com o seu Estado-maior e tambÉm com cinco batalhÕes de infantaria. Na frente das casas, estava alojada parte da artilharia, que por sua vez estava protegida por fossos. Do centro para a direita, estava o restante da artilharia, e do centro para a esquerda, a cavalaria juntamente com a infantaria.

 

 

Logo que o exÉrcito aliado ultrapassou o ribeirinho, comeÇou a sofrer um pesado bombardeio. Para colaborar com o ataque ao flanco direito de Rosas, Urquiza partiu para um ataque pelo flanco com regimentos de cavalaria sob as ordens do Major-General Benjamim Visoro, que conseguiram esmagar as fileiras inimigas. O lado esquerdo logo sofreu um pesado ataque por parte das peÇas de artilharia de Rosas. No centro, a infantaria brasileira, auxiliada pela uruguaia (a maior parte da infantaria argentina aliada havia sido transferida para apoiar o ataque no flanco esquerdo inimigo), com dificuldades por causa do terreno lamacento, consegue ultrapassar os fossos e conquistar as duas casas, apÓs um embate violento de baionetas com as tropas argentinas de Rosas.

 

Poucos minutos antes das forÇas aliadas alcanÇarem a chÁcara de Caseros, don Juan Manuel Rosas escapou do campo de batalha e, disfarÇado de marinheiro, pediu auxÍlio a Robert Gore, representante britânico em Buenos Aires, que o transportou junto com a sua filha Manuelita para o Reino Unido, onde passou os últimos vinte anos de vida.

 

A batalha terminou às trÊs horas da tarde, e o saldo oficial de mortos do lado aliado fora em torno de 400 mortos, enquanto no exÉrcito argentino de Rosas fora em torno de 1.200 mortos. No entanto, pela duraÇão e proporÇÕes da batalha, É mais provÁvel que o número de mortos tenha sido bem mais alto, talvez entre cinco a dez vezes a mais que os números oficiais.

 

Para comemorar a vitÓria, as tropas aliadas desfilaram triunfalmente pelas ruas de Buenos Aires, incluindo o ExÉrcito Brasileiro que desfilou com sua 1ª Divisão Brasileira. Esta, ao passar, deixou a populaÇão civil envergonhada, silenciosa e hostil. O Brasil havia insistido que o seu desfile ocorresse em 20 de fevereiro, pois o considerava uma revanche pela derrota sofrida nas mãos dos argentinos na Batalha do Passo do RosÁrio vinte cinco anos antes, na Guerra da Cisplatina

 

 

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Esta é a maior ofensa que o Ejército Argentino tem...Um inimigo desfilando em sua capital como "conquistador"... Nem a perda das Malvinas causa mais vergonha que isso...

 

Pena que a maioria da população nem sabe disso...

Last edited by Milan
Originally Posted by Milan:

Esta é a maior ofensa que o Ejército Argentino tem...Um inimigo desfilando em sua capital como "conquistador"... Nem a perda das Malvinas causa mais vergonha que isso...

 

Pena que a maioria da população nem sabe disso...

Pode ser que a grande maioria da população daqui não saiba.

Mas eles sabem!!!!!

Imagina só Brasileiros em Buenos Aires como vencedores.

Ganhei o dia.

Se você considerar que metade do RS era "terra de ninguém", o lado oeste do rio Jacui era como o velho oeste americano, disputado entre portugueses e espanhóis e depois com os castelhanos, fomos invadidos e invadimos bem mais que três vezes.
A batalha do Passo do Rosário foi uma derrota moral, pois na prática o exército brasileiro se retirou quando viu que a coisa tava feia. Os dois lados ficaram tão fracos que o exército argentino nem conseguiu ir ao encalço do Brasileiro para derrotá-lo.

Não é atoa que o nosso 4ºRCC fica em Rosário do Sul, bem próximo do local da Batalha.

Abs

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