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Pessoal, estou montando um F-105 1/48 hobbyboss e gostaria de incluir as AGM-12 nele. O problema é não vi fotos delas no F-105 junto com as bombas que vão em baixo dele no centro da fuselagem. Alguém poderia me confirmar isso? Não sei se era limitação de peso ou outra coisa.

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steve, boa noite.

Encontrei essa foto abaixo que talvez o interesse, pois explica as suas dúvidas acima.

Nela temos dois F-105D (líder 62-4328 e ala 62-4284) portando AGM-12B Big Bullpups, juntamente com outro F-105D (62-4231), em primeiro plano, carregando M117 de 750 libras.

A aeronave 62-4284 participou, com pilotos diferentes, na derrubada de 3 Migs em 1967.

A aeronave 62-4231 foi um dos três F-105D abatidos em 27 de outubro de 1967. Pilotado pelo líder do ataque, Cel John Flynn, então comandante executivo do TFW 388, ele foi atingido por um SA-2, enquanto mergulhava sobre a ponte do Canal Des Rapides. Feito prisioneiro, o Cel. Flynn, após sua liberação, acabaria chegando ao posto de General Inspetor da USAF.

 

Minha área de montagem e leitura é a Militaria, mas leio também sobre Aviação  e Naval. Então...

Ao portar AGM-12B Big Bullpups , o F-105D não tinha como levar bombas na área central, pois ali teria que ir o tanque descartável de 650 galões de combustível. O F-105D era um beberrão...

No Vietnã, ao levar bombas M-117 na área central e asas, também levava dois tanques de 450 libras nas asas, como se vê na foto acima do 62-4231.

A única possibilidade de levar AGM-12 com tanques descartáveis nas asas, era ao utilizar a versão menor, com ogiva de 113 kg, ao invés da maior, com 453 kg.

Tendo em vista as novas designações implementadas em Junho de 1963, houve a criação de uma confusão na identificação das armas.

Vou pesquisar um pouco mais no material que tenho a mão e lhe dou os dados corretos quanto às duas versões da arma terra-ar e do seu uso com os tanques descartáveis nas asas ou central.

Abs.

Last edited by artemius111

Mais alguns dados sobre o AGM-12...

 

O Bullpup foi o primeiro míssil tático guiado ar-solo bem-sucedido da Marinha e da Força Aérea americana. Embora tivesse limitações muito grandes, foi produzido em grande número.

O seu desenvolvimento iniciou em 1953, quando um requisito operacional da Marinha foi emitido para um míssil guiado ar-solo de curto alcance. Os dois objetivos principais eram dar à aeronave de ataque ao solo um míssil que evitasse uma exposição prolongada ao fogo terrestre inimigo e aumentasse as chances de destruir alvos difíceis de atingir com bombas de queda livre, como pontes.

A Martin recebeu, em abril de 1954, o contrato para desenvolver e produzir o novo míssil, denominado ASM-N-7 Bullpup. Era um míssil relativamente pequeno com uma ogiva de 113 kg, rastreado opticamente e guiada manualmente pelo piloto. O primeiro lançamento aéreo bem-sucedido de um protótipo XASM-N-7 ocorreu em junho de 1955, seguido por modelos de avaliação YASM-N-7. Em abril de 1959, a versão de produção do ASM-N-7 Bullpup entrou em serviço da frota da Marinha dos EUA. A maioria dos mísseis de produção foi construída pela Maxson Electronics.

O ASM-N-7 tinha um derivado simples de uma bomba padrão de 113 kg como ogiva. Após a identificação visual do alvo, o piloto lançava o míssil e usava dois pequenos sinalizadores na parte posterior do míssil para rastrear sua trajetória de vôo. Usando uma pequena alavanca de controle para transmitir comandos de rádio ao Bullpup, ele guiava manualmente o míssil até o alvo. Este sistema era extremamente simples e, portanto, o Bullpup poderia ser usado por quase todas as aeronaves, mesmo helicópteros do tipo Sikorsky HUS-1 (UH-34D).

Mas este princípio simples de orientação manual também tinha desvantagens graves, sendo a principal o alinhamento obrigatório em linha reta de aeronave, míssil e alvo ao longo da orientação, tornando a aeronave extremamente vulnerável ao fogo antiaéreo terrestre. Deixava de cumprir uma das razões fundamentais para a sua existência, a substituição de bombas de queda livre.

Após testes com mísseis YASM-N-7a, o melhorado ASM-N-7a Bullpup A foi introduzido em 1960. Substituiu o motor de combustível sólido por um motor de foguete de combustível líquido Thiokol LR58-RM-4 com capacidade para armazenamento maior de propelente, aumentando o alcance do míssil. A ogiva de 113 kg também foi aprimorada.

 

O ASM-N-7b Bullpup B foi uma versão significativamente ampliadapois levava uma ogiva de 453 kg em uma seção maior do corpo, asas alargadas e um novo motor de foguete Thiokol LR62-RM-2/4 de empuxo muito maior. Foi testado pela primeira vez em 1962 e tornou-se operacional em 1964. O novo motor deu ao ASM-N-7b uma faixa dinâmica bem maior, mas por causa do sistema de orientação visual, o alcance efetivo permaneceu essencialmente o mesmo.

O Bullpup B marcou o início da sua utilização pela Força Aérea dos EUA, que tinha se envolvido no desenvolvimento da arma por volta de 1955, quando ela USAF contratou Martin para desenvolver um derivado avançado do Bullpup, denominado GAM-79 White Lance. Era para usar um motor de foguete de combustível líquido armazenável Thiokol LR44-RM-2 e teria uma opção de ogiva nuclear. Outra novidade do GAM-79 era uma orientação de comando por rádio aprimorada, que não exigia mais que a aeronave, o míssil e o alvo estivessem permanentemente alinhados durante o vôo guiado. Isso permitia o piloto realizar manobras evasivas com sua aeronave e o míssil. Como o desenvolvimento do White Lance levaria algum tempo, a USAF decidiu adquirir o ASM-N-7 Bullpup não modificado como um míssil provisório, com a designação GAM-83.

O míssil GAM-79 White Lance foi gradualmente incorporado ao desenvolvimento Bullpup em andamento, e o resultado foi um míssil, que era essencialmente o mesmo que o ASM-N-7a Bullpup A da Marinha, com exceção do sistema de orientação aprimorado. A designação GAM-79 e o nome White Lance foram, portanto, abandonados, e o míssil se tornou o GAM-83A Bullpup.

O GAM-83B era um derivado do GAM-83A com uma seção do corpo de diâmetro ligeiramente maior, que poderia opcionalmente ser equipado com uma ogiva de fissão nuclear W-45 de 1-15 kT. Para o treinamento do sistema Bullpup, Martin desenvolveu também um foguete modificado de 12,7 cm., com sinalizadores de rastreamento e receptor de comando de rádio. Este foguete foi designado como TGAM-83 pela USAF.

 

Em junho de 1963, todos os mísseis Bullpup foram redesignados na série AGM-12, da seguinte forma:

Old DesignationNew Designation
TGAM-83ATM-12
ASM-N-7
GAM-83
AGM-12A
ASM-N-7a
GAM-83A
AGM-12B
ASM-N-7bAGM-12C
GAM-83BAGM-12D

E essa redesignação apresentou duas irregularidades. A primeiro, o uso do designador AGM-12B para duas versões não idênticas da Marinha e da USAF era, no mínimo, confusa. A segunda, a atribuição do designador simples ATM-12 sem uma letra de sufixo era contra as regras que exigiam sufixos para todas as versões. Alguns mísseis AGM-12A / B / D foram posteriormente convertidos em cargas de treinamento inertes e designados como ATM-12A / B / D.

É por isso que você, ao ler matéria sobre a guerra aérea no Vietnã, principalmente em revistas, vai encontrar fotos da arma conflitantes com o texto. Nem todos os autores dão-se conta da confusão de siglas e denominações patrocinadas pela Marinha e Força Aérea americanas.

Eis, em essência, os dados principais envolvendo os Thuds e o AGM-12 na guerra do Vietnam. Deixei de fora detalhes técnicos e administrativos da utilização das duas armas.

Abs e boa montagem.

Rapaz, valeu a aula. Eu não tinha visto essa foto com.duas bulps. Foi o que imaginei. Devido a limitação de peso, eles não levavam elas e as bombas de queda livre. O f-105 era beberrão, não conseguia levar tanto peso. Mesmo com as duas bulps menores e com dois tanques mas asas.  O máximo que vi foi ele levando Sidewinder com as bombas. Em teoria, acho que pudesse levar essa configuração com as bulps, mas acho que teria que reabastecer em voo, mas não sei se seria interessante na época. Abraços

Uma configuração bem comum para o F-105G (wild weasel, biposto) era uma asa com um AGM-78 no cabide interno e AGM-45 no externo, a outra com um tanque no interno e um AGM-45 no externo, e um tanque no cabide ventral...

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