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F-16C Block 40

POSSÍVEL NOVO TAMPãO DA FAB PODERÁ VIR DE UNIDADES DA USAF EM ATIVIDADE, REFORÇANDO A ALEGAÇãO DE SEREM CAÇAS DO MODELO BLOCK 40/42

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vinheta-exclusivoNo final do mÊs de agosto o Poder AÉreo publicou uma matÉria, baseada em fontes dentro da ForÇa AÉrea Brasileira (FAB), sobre uma viagem de militares da FAB aos Estados Unidos para avaliar o estado de caÇas F-16 estocados, que eventualmente funcionariam como um novo “caÇa-tampão”. O objetivo seria cobrir a desativaÇão dos jatos Mirage 2000 e compensar a contÍnua indecisão do Governo por um vencedor do programa F-X2, o que tem adiado cada vez mais a perspectiva de entrada em operaÇão de um caÇa definitivo. Essa viagem, segundo outras fontes a que tivemos acesso, teria sido antecedida por voos de testes realizados por um piloto (ou pilotos) da FAB em aeronave semelhante, em esquadrão da USAF (ForÇa AÉrea dos EUA). InformaÇão semelhante sobre o interesse de caÇas F-16 pelo Brasil tambÉm foi divulgada recentemente pela ediÇão 234 da revista Aeromagazine, publicada neste mÊs de novembro.

No entanto, tanto a matÉria do Poder AÉreo quanto a reportagem publicada na revista Aeromagazine citam o interesse da FAB por caÇas F-16 do modelo Block 40/42. Segundo levantamento feito aqui no Poder AÉreonão existem caÇas Block 40/42 estocados no 309th Aerospace Maintenance and Regeneration Group (AMARG), localizado na Base AÉrea de Davis-Monthan, prÓximo de Tucson, Arizona.

PorÉm, novas informaÇÕes obtidas pelo Poder AÉreo dão conta de que estes caÇas poderiam vir não do deserto do Arizona, mas sim de esquadrÕes em atividade. Neste caso, a hipÓtese de serem Block 40/42 ganha forÇa.

‘Sequestration’

A USAF, assim como as demais ForÇas Armadas dos EUA, estÁ passando por um processo de enxugamento e drÁstica contenÇão de despesas em funÇão dos cortes orÇamentÁrios que ocorrerão nos prÓximos dez anos (processo tambÉm conhecido como “sequestration&rdquo. Existem programas militares em desenvolvimento que, por questÕes tÉcnicas ou  polÍticas, não serão afetados ou eventualmente pouco afetados, mas que precisam ter seus recursos garantidos. E de onde vÊm esses recursos? Da contenÇão de despesas.

Para manter o fluxo de recursos para estes programas, assim como o equilÍbrio orÇamentÁrio, a USAF estÁ avaliando cortar unidades em atividade. Dentre as diversas opÇÕes existentes (nenhuma delas fÁcil, diga-se de passagem) existe a possibilidade de aposentar todos os bombardeiros B-1B e/ou todos os aviÕes de ataque A-10.  TambÉm existe a possibilidade de reduzir a quantidade de esquadrÕes de caÇas F-15 e F-16. Tudo isso ainda estÁ sendo avaliado.

Este processo de enxugamento da USAF suporta a hipÓtese de que alguns caÇas F-16 Block 40/42 poderiam ser enviados para o AMARG em breve (assim como mais outros de versÕes anteriores). No entanto, esses jatos poderiam continuar sua vida operacional em outras forÇas aÉreas antes do descanso definitivo no deserto.

caças F-16 na Base Aérea de Hill nos EUA afetados pela Sequestration - foto USAF

Se a eventual transferÊncia de caÇas jÁ estocados no deserto para a FAB parecia remota em funÇão da urgÊncia da situaÇão (as aeronaves estocadas, de versÕes mais antigas, deveriam passar por um processo de recuperaÇão antes de serem colocadas em atividade, consumindo um tempo precioso que a aviaÇão de caÇa da FAB não possui), a transferÊncia de caÇas F-16 lotados nos esquadrÕes da ativa da USAF, diretamente para a FAB, representaria um soluÇão de curto prazo. Isso dispensaria modernizaÇÕes, bastando “apenas” as formalidades da negociaÇão dos  jatos, sobressalentes, treinamento e adaptaÇão dos pilotos e das equipes de manutenÇão ao “novo” aparelho.

Mas É preciso lembrar que a “soluÇão F-16″ resolveria apenas uma situaÇão emergencial vivida pelo PaÍs neste momento. Uma soluÇão definitiva ainda aguarda uma definiÇão, hÁ anos postergada pelo Governo e que, pelos acontecimentos recentes, não parece estar prÓxima do momento de decisão. Em setembro deste ano, conforme revelado pelo Poder AÉreoas propostas dos trÊs finalistas do programa F-X2 precisaram ser revalidadas por mais seis meses, valendo atÉ marÇo do ano que vem, que por sua vez É um ano eleitoral. Ao mesmo tempo, o caÇa que era tido recentemente como favorito deixou de sÊ-lo.

Espionagem

Com É de conhecimento amplo, houve um desgaste nas relaÇÕes entre o Brasil e os Estados Unidos recentemente, em funÇão da divulgaÇão de que a agÊncia de espionagem norte-americana NSA teria acessado mensagens eletrÔnicas da cúpula polÍtica brasileira, incluindo a prÓpria presidente Dilma, assim como a interceptaÇão de conversas telefÔnicas.

Uma das consequÊncias deste episÓdio foi o cancelamento (inicialmente anunciado como adiamento) da visita de Estado que a presidente Dilma faria à Casa Branca em outubro deste ano. PorÉm, alguns setores da imprensa nacional davam como certa o anúncio da escolha do caÇa F/A-18E Super Hornet da Boeing como vencedor do programa F-X2 durante a visita. O governo brasileiro nunca se manifestou oficialmente sobre este eventual anúncio, mas o que realmente aconteceu foi mais um adiamento da decisão do F-X2.

Por parte dos Estados Unidos, o que poderia estar por trÁs de uma eventual disponibilizaÇão de caÇas F-16 Block 40/42 à FAB seria a possibilidade de Washington se reaproximar do Governo do Brasil, amenizando as consequÊncias desgastantes do episÓdio onde ambos os paÍses saÍram perdendo.

TambÉm não É do interesse de Washington que a capacidade de defesa aÉrea do Brasil seja duramente degradada, principalmente nos prÓximos anos, quando ocorrerão eventos esportivos de carÁter internacional no PaÍs, e que demandam proteÇão aÉrea de credibilidade. Apesar da Copa do Mundo ser daqui a pouco mais de seis meses, praticamente descartando a entrada em operaÇão efetiva de um “caÇa tampão”, deve-se ressaltar que no grande evento seguinte, os Jogos OlÍmpicos de 2016, o Brasil receberÁ  diversas delegaÇÕes estrangeiras. E uma das maiores delegaÇÕes serÁ justamente a dos Estados Unidos.

F-16 de unidade da Carolina do Sul decola de Nellis - foto USAF

Vertentes

Ainda segundo fontes do Poder AÉreo, essa questão dos caÇas atualmente divide a FAB (e, em parte, setores do Governo) em trÊs vertentes. Existe um grupo dentro da FAB que trabalha incansavelmente para que o programa F-X2 seja definido o mais breve possÍvel, para que os prejuÍzos da defesa aÉrea sejam mÍnimos. Este grupo atua constantemente junto à esfera polÍtica do PaÍs, buscando convencer as autoridades da importância do programa e dos prejuÍzos crescentes advindos da não decisão.

Paralelamente, um outro grupo atua nos bastidores, bem longe dos holofotes, com o propÓsito de definir um novo tampão para a FAB, como soluÇão emergencial. Esta hipÓtese vem ganhando forÇa com o passar do tempo, uma vez que o adiamento da decisão do F-X2 coloca em cheque todo o planejamento da FAB, reduzindo tambÉm a capacidade de dissuasão do PaÍs. Os caÇas Mirage 2000 sairão de cena no final do ano e os primeiros F-5 modernizados deverão dar baixa em 2017, conforme jÁ foi dito por altos oficiais da FAB. Para essa vertente, estÁ claro que um hiato ainda mais grave do que a baixa dos jatos Mirage 2000 ocorrerÁ na AviaÇão de CaÇa, em breve, se um tampão não for adquirido no curto prazo.

HÁ tambÉm um terceiro grupo, composto por elementos do Governo e que ganhou adeptos na FAB, que defende o cancelamento do programa F-X2 e a compra de caÇas russos (muito provavelmente da famÍlia Flanker, e de forma combinada a uma parceria futura e de longo prazo no programa do Sukhoi T-50, de quinta geraÇão). Foi dito que essa proposta, feita no mÊs passado por uma delegaÇão que visitou o Brasil, “balanÇou” alguns setores dentro e fora da FAB.

KC-X2, outra pendÊncia

A FAB teve a oportunidade de entrar para o mundo do reabastecimento aÉreo (REVO) com a compra dos F-5E, em meados da dÉcada de 1970, seguida primeiramente da aquisiÇão de quadrimotores turboÉlice KC-130H, com capacidade de reabastecer os novos caÇas no ar, e depois de quadrimotores a jato KC-137. Desde então, a FAB conhece bem as vantagens tÁticas e estratÉgicas desta operaÇão e não quer perder a expertise adquirida ao longo de tantos anos.

No entanto, com a desativaÇão das últimas aeronaves KC-137 do esquadrão “CorsÁrio” no dia 10 de outubro, a ForÇa AÉrea conta atualmente com um único KC-130H disponÍvel para missÕes REVO. Na verdade, durante a OperaÇão CRUZEX 2013, a FAB teve que se apoiar nas aeronaves de reabastecimento da ColÔmbia e da USAF devido à diminuiÇão drÁstica de seus prÓprios aviÕes reabastecedores, mostrando a atual deficiÊncia da forÇa nesta Área especÍfica. Em breve, deverÁ voar o novo KC-390, jato de transporte da Embraer com capacidade de reabastecer os caÇas da FAB em voo. PorÉm, atÉ a entrada efetiva em operaÇão e em quantidade suficiente, naturalmente vão se passar longos anos.

O problema poderia ser totalmente contornado se o governo aprovasse a compra de dois jatos 767 (com possibilidade de um terceiro) que seriam convertidos pela empresa israelense IAI. Esta proposta foi a vencedora do programa KC-X2, gerenciado pela COPAC, conforme anunciado oito meses atrÁs.

KC-135 na CRUZEX 2013 - foto Icaro

No entanto, algumas fontes do Poder AÉreo (assim como de outras publicaÇÕes) informaram que a proposta da IAI estÁ “engavetada” porque o governo negocia, em segredo, a compra de um avião presidencial de longo alcance de segunda mão, atrelado à aquisiÇão de aviÕes reabastecedores, de forma totalmente dissociada da seleÇão do KC-X2.

PorÉm, essa eventual compra poderia ser “atropelada” por outra proposta tentadora, de baixo custo e que proveria soluÇão quase imediata. Fontes do Poder AÉreo informaram que a USAF estaria disposta a transferir trÊs KC-135 Stratotanker para a FAB jÁ no ano que vem. E essa negociaÇão (sempre lembrando que são informaÇÕes das fontes do Poder AÉreo, ligadas a possibilidades em estudo, e não uma verdade absoluta a se confirmar) independe de qualquer acordo sobre a compra de caÇas F-16 usados.

Nada ainda estÁ muito claro (nem sobre os caÇas e nem sobre os aviÕes de reabastecimento) e existem alguns desencontros em relaÇão a informaÇÕes fornecidas pelas fontes, quando comparadas entre si. No entanto, o que parece muito claro É que o Governo estÁ pouco interessado nas avaliaÇÕes tÉcnicas feitas pela FAB, querendo decidir por conta prÓpria como a ForÇa AÉrea Brasileira deve ser mobiliada, ou simplesmente não querendo decidir nada.

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O falecido Presidente Ernesto Geisel, no seu tempo, denunciou o acordo militar Brasil /Estados unidos, porque só mandavam caquerada prá cá, f-80s t-33m, os gloster quase caindo anos 70 e país não tinha ainda caças interceptores/bombardeiros com asa enflexada e ou supersônicos, no tempo que mandaram F-80s, poderiam ter mandado F-100s.
Originally Posted by Vincent Cassel:

 

F-16C Block 40

POSSÍVEL NOVO TAMPÃO DA FAB PODERÁ VIR DE UNIDADES DA USAF EM ATIVIDADE, REFORÇANDO A ALEGAÇÃO DE SEREM CAÇAS DO MODELO BLOCK 40/42

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vinheta-exclusivoNo final do mês de agosto o Poder Aéreo publicou uma matéria, baseada em fontes dentro da Força Aérea Brasileira (FAB), sobre uma viagem de militares da FAB aos Estados Unidos para avaliar o estado de caças F-16 estocados, que eventualmente funcionariam como um novo “caça-tampão”. O objetivo seria cobrir a desativação dos jatos Mirage 2000 e compensar a contínua indecisão do Governo por um vencedor do programa F-X2, o que tem adiado cada vez mais a perspectiva de entrada em operação de um caça definitivo. Essa viagem, segundo outras fontes a que tivemos acesso, teria sido antecedida por voos de testes realizados por um piloto (ou pilotos) da FAB em aeronave semelhante, em esquadrão da USAF (Força Aérea dos EUA). Informação semelhante sobre o interesse de caças F-16 pelo Brasil também foi divulgada recentemente pela edição 234 da revista Aeromagazine, publicada neste mês de novembro.

No entanto, tanto a matéria do Poder Aéreo quanto a reportagem publicada na revista Aeromagazine citam o interesse da FAB por caças F-16 do modelo Block 40/42. Segundo levantamento feito aqui no Poder Aéreonão existem caças Block 40/42 estocados no 309th Aerospace Maintenance and Regeneration Group (AMARG), localizado na Base Aérea de Davis-Monthan, próximo de Tucson, Arizona.

Porém, novas informações obtidas pelo Poder Aéreo dão conta de que estes caças poderiam vir não do deserto do Arizona, mas sim de esquadrões em atividade. Neste caso, a hipótese de serem Block 40/42 ganha força.

‘Sequestration’

A USAF, assim como as demais Forças Armadas dos EUA, está passando por um processo de enxugamento e drástica contenção de despesas em função dos cortes orçamentários que ocorrerão nos próximos dez anos (processo também conhecido como “sequestration&rdquo. Existem programas militares em desenvolvimento que, por questões técnicas ou  políticas, não serão afetados ou eventualmente pouco afetados, mas que precisam ter seus recursos garantidos. E de onde vêm esses recursos? Da contenção de despesas.

Para manter o fluxo de recursos para estes programas, assim como o equilíbrio orçamentário, a USAF está avaliando cortar unidades em atividade. Dentre as diversas opções existentes (nenhuma delas fácil, diga-se de passagem) existe a possibilidade de aposentar todos os bombardeiros B-1B e/ou todos os aviões de ataque A-10.  Também existe a possibilidade de reduzir a quantidade de esquadrões de caças F-15 e F-16. Tudo isso ainda está sendo avaliado.

Este processo de enxugamento da USAF suporta a hipótese de que alguns caças F-16 Block 40/42 poderiam ser enviados para o AMARG em breve (assim como mais outros de versões anteriores). No entanto, esses jatos poderiam continuar sua vida operacional em outras forças aéreas antes do descanso definitivo no deserto.

caças F-16 na Base Aérea de Hill nos EUA afetados pela Sequestration - foto USAF

Se a eventual transferência de caças já estocados no deserto para a FAB parecia remota em função da urgência da situação (as aeronaves estocadas, de versões mais antigas, deveriam passar por um processo de recuperação antes de serem colocadas em atividade, consumindo um tempo precioso que a aviação de caça da FAB não possui), a transferência de caças F-16 lotados nos esquadrões da ativa da USAF, diretamente para a FAB, representaria um solução de curto prazo. Isso dispensaria modernizações, bastando “apenas” as formalidades da negociação dos  jatos, sobressalentes, treinamento e adaptação dos pilotos e das equipes de manutenção ao “novo” aparelho.

Mas é preciso lembrar que a “solução F-16″ resolveria apenas uma situação emergencial vivida pelo País neste momento. Uma solução definitiva ainda aguarda uma definição, há anos postergada pelo Governo e que, pelos acontecimentos recentes, não parece estar próxima do momento de decisão. Em setembro deste ano, conforme revelado pelo Poder Aéreoas propostas dos três finalistas do programa F-X2 precisaram ser revalidadas por mais seis meses, valendo até março do ano que vem, que por sua vez é um ano eleitoral. Ao mesmo tempo, o caça que era tido recentemente como favorito deixou de sê-lo.

Espionagem

Com é de conhecimento amplo, houve um desgaste nas relações entre o Brasil e os Estados Unidos recentemente, em função da divulgação de que a agência de espionagem norte-americana NSA teria acessado mensagens eletrônicas da cúpula política brasileira, incluindo a própria presidente Dilma, assim como a interceptação de conversas telefônicas.

Uma das consequências deste episódio foi o cancelamento (inicialmente anunciado como adiamento) da visita de Estado que a presidente Dilma faria à Casa Branca em outubro deste ano. Porém, alguns setores da imprensa nacional davam como certa o anúncio da escolha do caça F/A-18E Super Hornet da Boeing como vencedor do programa F-X2 durante a visita. O governo brasileiro nunca se manifestou oficialmente sobre este eventual anúncio, mas o que realmente aconteceu foi mais um adiamento da decisão do F-X2.

Por parte dos Estados Unidos, o que poderia estar por trás de uma eventual disponibilização de caças F-16 Block 40/42 à FAB seria a possibilidade de Washington se reaproximar do Governo do Brasil, amenizando as consequências desgastantes do episódio onde ambos os países saíram perdendo.

Também não é do interesse de Washington que a capacidade de defesa aérea do Brasil seja duramente degradada, principalmente nos próximos anos, quando ocorrerão eventos esportivos de caráter internacional no País, e que demandam proteção aérea de credibilidade. Apesar da Copa do Mundo ser daqui a pouco mais de seis meses, praticamente descartando a entrada em operação efetiva de um “caça tampão”, deve-se ressaltar que no grande evento seguinte, os Jogos Olímpicos de 2016, o Brasil receberá  diversas delegações estrangeiras. E uma das maiores delegações será justamente a dos Estados Unidos.

F-16 de unidade da Carolina do Sul decola de Nellis - foto USAF

Vertentes

Ainda segundo fontes do Poder Aéreo, essa questão dos caças atualmente divide a FAB (e, em parte, setores do Governo) em três vertentes. Existe um grupo dentro da FAB que trabalha incansavelmente para que o programa F-X2 seja definido o mais breve possível, para que os prejuízos da defesa aérea sejam mínimos. Este grupo atua constantemente junto à esfera política do País, buscando convencer as autoridades da importância do programa e dos prejuízos crescentes advindos da não decisão.

Paralelamente, um outro grupo atua nos bastidores, bem longe dos holofotes, com o propósito de definir um novo tampão para a FAB, como solução emergencial. Esta hipótese vem ganhando força com o passar do tempo, uma vez que o adiamento da decisão do F-X2 coloca em cheque todo o planejamento da FAB, reduzindo também a capacidade de dissuasão do País. Os caças Mirage 2000 sairão de cena no final do ano e os primeiros F-5 modernizados deverão dar baixa em 2017, conforme já foi dito por altos oficiais da FAB. Para essa vertente, está claro que um hiato ainda mais grave do que a baixa dos jatos Mirage 2000 ocorrerá na Aviação de Caça, em breve, se um tampão não for adquirido no curto prazo.

Há também um terceiro grupo, composto por elementos do Governo e que ganhou adeptos na FAB, que defende o cancelamento do programa F-X2 e a compra de caças russos (muito provavelmente da família Flanker, e de forma combinada a uma parceria futura e de longo prazo no programa do Sukhoi T-50, de quinta geraçÃo). Foi dito que essa proposta, feita no mês passado por uma delegação que visitou o Brasil, “balançou” alguns setores dentro e fora da FAB.

KC-X2, outra pendência

A FAB teve a oportunidade de entrar para o mundo do reabastecimento aéreo (REVO) com a compra dos F-5E, em meados da década de 1970, seguida primeiramente da aquisição de quadrimotores turboélice KC-130H, com capacidade de reabastecer os novos caças no ar, e depois de quadrimotores a jato KC-137. Desde então, a FAB conhece bem as vantagens táticas e estratégicas desta operação e não quer perder a expertise adquirida ao longo de tantos anos.

No entanto, com a desativação das últimas aeronaves KC-137 do esquadrão “Corsário” no dia 10 de outubro, a Força Aérea conta atualmente com um único KC-130H disponível para missões REVO. Na verdade, durante a Operação CRUZEX 2013, a FAB teve que se apoiar nas aeronaves de reabastecimento da Colômbia e da USAF devido à diminuição drástica de seus próprios aviões reabastecedores, mostrando a atual deficiência da força nesta área específica. Em breve, deverá voar o novo KC-390, jato de transporte da Embraer com capacidade de reabastecer os caças da FAB em voo. Porém, até a entrada efetiva em operação e em quantidade suficiente, naturalmente vão se passar longos anos.

O problema poderia ser totalmente contornado se o governo aprovasse a compra de dois jatos 767 (com possibilidade de um terceiro) que seriam convertidos pela empresa israelense IAI. Esta proposta foi a vencedora do programa KC-X2, gerenciado pela COPAC, conforme anunciado oito meses atrás.

KC-135 na CRUZEX 2013 - foto Icaro

No entanto, algumas fontes do Poder Aéreo (assim como de outras publicações) informaram que a proposta da IAI está “engavetada” porque o governo negocia, em segredo, a compra de um avião presidencial de longo alcance de segunda mão, atrelado à aquisição de aviões reabastecedores, de forma totalmente dissociada da seleção do KC-X2.

Porém, essa eventual compra poderia ser “atropelada” por outra proposta tentadora, de baixo custo e que proveria solução quase imediata. Fontes do Poder Aéreo informaram que a USAF estaria disposta a transferir três KC-135 Stratotanker para a FAB já no ano que vem. E essa negociação (sempre lembrando que são informações das fontes do Poder Aéreo, ligadas a possibilidades em estudo, e não uma verdade absoluta a se confirmar) independe de qualquer acordo sobre a compra de caças F-16 usados.

Nada ainda está muito claro (nem sobre os caças e nem sobre os aviões de reabastecimento) e existem alguns desencontros em relação a informações fornecidas pelas fontes, quando comparadas entre si. No entanto, o que parece muito claro é que o Governo está pouco interessado nas avaliações técnicas feitas pela FAB, querendo decidir por conta própria como a Força Aérea Brasileira deve ser mobiliada, ou simplesmente não querendo decidir nada.

 

Medida real, é comprar dois kits de cada candidato, um monoplace e outro biplace, e aguardar o vencedor e o FCM!
Originally Posted by claudinho:

Não vão vir do Deserto, nem de lugar nenhum..... pra mim isso é só especulação....

 

Mas medidas reais e concretas, não vejo nenhuma sendo tomada

 

Originally Posted by Vincent Cassel:

 Isso dispensaria modernizações, bastando “apenas” as formalidades da negociação dos  jatos, sobressalentes, treinamento e adaptação dos pilotos e das equipes de manutenção ao “novo” aparelho.

Nada disso seria necessário com um novo lote de Mirages 2000, como os que os árabes estão oferecendo.

O maior problema  nesse imbroglio todo que na verdade é a questão crucial é a seguinte: De onde virá dindim pra comprar tudo isso?

 

Não é que o governo esteja indefinido quanto ao FX-2.. Na verdade, ele nem deve estar pensando nisso...

 

Pelo que foi relatado acima, os problemas estão acumulando cada vez mais; é caça, é avião de reabastecimento, avião presidencial(pra que outro?), sem falar naqueles usados em treinamento e outras funções. com tanta coisa se acumulando, fica difícil priorizar um ou outro setor, sem falar na questão financeira que, com certeza, é o que vai ditar as futuras compras e a ordem delas...

 

Ficar atirando em todas as direções não leva a nada. Fica evidente, que não existe uma equipe organizada e tampouco uma analise bem feita à frente das reais necessidades. O desespero começa a tomar conta somando-se à incompetência e a total falta de interesse e disposição em se resolve uma questão tão delicada e de suma importância.

 

Quanto aos eventos citados acima, a Copa e as Olimpíadas, não ficaria surpreso se resolvessem fazer uma espécie de leasing com os americanos contratando temporariamente, os serviços de alguns pilotos e caças para reforçar a segurança aérea. Seria algo ridículo e motivo de piada, mas considerando que estamos fazendo atualmente com os médicos cubanos, nada mais me surpreenderia...

 

Uma coisa é certa: Enquanto tivermos os Petralhas no poder, pode vir FX-3,4,5,6...1000, podem oferecer bomba atômica, estação espacial, disco voador, aviãozinho de papel ou o que seja, mas nada, absolutamente nada será feito...

O F-16 seria um otimo aviao de transicao ate que se decida por algo realmente definitivo no FX...se e que se definira isso algum dia!...

 

Mas ate agora so especulacao (como sempre)...

 

Enquanto isso, o tempo esta passando, e nada se faz de realmente util em relacao a questao...

 

Edilson 

Nada ainda está muito claro (nem sobre os caças e nem sobre os aviões de reabastecimento) e existem alguns desencontros em relação a informações fornecidas pelas fontes, quando comparadas entre si. No entanto, o que parece muito claro é que o Governo está pouco interessado nas avaliações técnicas feitas pela FAB, querendo decidir por conta própria como a Força Aérea Brasileira deve ser mobiliada, ou simplesmente não querendo decidir nada.

 

Esse último parágrafo definiu perfeitamente a situação.

 

O (des)governo está se lixando, ao mesmo tempo que cagando e andando para a FAB e as demais FFAA.

É  bem verdade mesmo, estes comunistóides, são contra os militares,até pelo passado deles de subversivos, mas na hora do aperto quem eles chamam?
 
Originally Posted by Galber Flanker:
O Governo quer que a FAB vá pra P Q Paril, essa é a verdade. Ou alguem duvida? Ta nem ai para as Forças Armadas.

 

O curioso, é que a Marinha e o Exército, ou estão em situação mais confortável ou estão cozinhando o (des)governo em banho-maria, pois até agora nada foi dito sobre a real situação desas duas forças, ao contrário da Aeronáutica que é um verdadeiro livro aberto...

 

Talvez isso até seja uma forma de disfarçar o que vem por aí...

 

Não é possível que tanto descaso não tenha consequências internas a curto e a longo prazo, aumentando ainda mais o clima de descontentamento entre os militares. Gostaria de acreditar, mas não sei se devo, em alguma ação mais determinada para acabar com esta sangria que sofremos sem fim. A cada dia que passa, ficamos ainda mais descrentes de alguma mudança para melhor no futuro...

 

Alguma coisa precisa ser feita... E logo...

Originally Posted by José Luiz Vieira:

O curioso, é que a Marinha e o Exército, ou estão em situação mais confortável ou estão cozinhando o (des)governo em banho-maria, pois até agora nada foi dito sobre a real situação desas duas forças, ao contrário da Aeronáutica que é um verdadeiro livro aberto...

 

Talvez isso até seja uma forma de disfarçar o que vem por aí...

 

Não é possível que tanto descaso não tenha consequências internas a curto e a longo prazo, aumentando ainda mais o clima de descontentamento entre os militares. Gostaria de acreditar, mas não sei se devo, em alguma ação mais determinada para acabar com esta sangria que sofremos sem fim. A cada dia que passa, ficamos ainda mais descrentes de alguma mudança para melhor no futuro...

 

Alguma coisa precisa ser feita... E logo...

 

Concordo plenamente com você.

Para mim o problema foi e sempre será esse ministro da Aeronáutica. Como você mesmo informou tanto o EB quanto a MB levam, mesmo que aos trancos e barrancos, projetos de melhoria e reaparelhamento que também envolvem valores altos.

No caso da FAB tudo tem que empacar.

 

Last edited by Ayres

Alguns comentários com relação a matéria:

 

Até acho que a USAF vá parar seus B-1 por serem muito dispendiosos; mas ela não vai aposentar nenhum A-10, muito pelo contrário. Ela (USAF) assinou com a Boeing um contrato para a produção de novas asas para trocar as dos A-10 que já estão apresentando fadiga de material (ou seja, serão substituídas todas as asas de todas as aeronaves. Além disso estão programando uma upgrade eletrônica para todas as aeronaves visando estender a vida útil para 2035/2040.

 

F-16 Block 40/42 para a FAB, depois desse escândalo de espionagem??? Aguardem sentados em colchão d'agua...

 

O desgoverno federal só quer saber de atualizar as aeronaves do GTE e alguns helicópteros para seu próprio uso. O restante da força....bem.....como o próprio nome diz, é o resto.... 

Na verdade o F-16 deveria estar na FAB a uns 20 anos atrás, mas na atual situação cairia como uma luva pois é superior ao polivalente F-5, acredito que o Brasil mais uma vez vai de caça tampão, só espero que não cometam o mesmo erro de comprar um caça com vida útil de no máximo 5 - 7 anos como fez a FAB no caso dos Mirage 2000 que como disse o colega acima tb deveria ser uma opção, pois conhecemos e é uma maquina de guerra tão boa quanto o F-16, mas que virá uns 12 F-16 pode apostar!

Se o governo quiser arranjar dinheiro internacional sério, era só cobrar o nióbio contabandeado da reserva indígena la na amazônia, o Brasil dispõe de 98% das reservas de nióbio prospectadas, o Canadá 2%, com este dinheiro o Canadá dá um ótimo padrão de vida aos seus habitantes. e o nióbio brasileiro é regulado por uma bolsa em Londres.
 
Originally Posted by José Luiz Vieira:

O maior problema  nesse imbroglio todo que na verdade é a questão crucial é a seguinte: De onde virá dindim pra comprar tudo isso?

 

Não é que o governo esteja indefinido quanto ao FX-2.. Na verdade, ele nem deve estar pensando nisso...

 

Pelo que foi relatado acima, os problemas estão acumulando cada vez mais; é caça, é avião de reabastecimento, avião presidencial(pra que outro?), sem falar naqueles usados em treinamento e outras funções. com tanta coisa se acumulando, fica difícil priorizar um ou outro setor, sem falar na questão financeira que, com certeza, é o que vai ditar as futuras compras e a ordem delas...

 

Ficar atirando em todas as direções não leva a nada. Fica evidente, que não existe uma equipe organizada e tampouco uma analise bem feita à frente das reais necessidades. O desespero começa a tomar conta somando-se à incompetência e a total falta de interesse e disposição em se resolve uma questão tão delicada e de suma importância.

 

Quanto aos eventos citados acima, a Copa e as Olimpíadas, não ficaria surpreso se resolvessem fazer uma espécie de leasing com os americanos contratando temporariamente, os serviços de alguns pilotos e caças para reforçar a segurança aérea. Seria algo ridículo e motivo de piada, mas considerando que estamos fazendo atualmente com os médicos cubanos, nada mais me surpreenderia...

 

Uma coisa é certa: Enquanto tivermos os Petralhas no poder, pode vir FX-3,4,5,6...1000, podem oferecer bomba atômica, estação espacial, disco voador, aviãozinho de papel ou o que seja, mas nada, absolutamente nada será feito...

 

Originally Posted by guacyr:
Se o governo quiser arranjar dinheiro internacional sério, era só cobrar o nióbio contabandeado da reserva indígena la na amazônia, o Brasil dispõe de 98% das reservas de nióbio prospectadas, o Canadá 2%, com este dinheiro o Canadá dá um ótimo padrão de vida aos seus habitantes. e o nióbio brasileiro é regulado por uma bolsa em Londres.
 

 

Esse é apenas um dos muitos casos de contrabando de minerais que sofremos, e que somente vai aumentar com o tamanho descomunhal das reservas que estão sendo criadas em região de fronteira, e para completar, não temos condições adequadas (será que quem realmente governa deseja) de controlar/vigiar essas áreas.

Originally Posted by Milan:

 

 

O desgoverno federal só quer saber de atualizar as aeronaves do GTE e alguns helicópteros para seu próprio uso. O restante da força....bem.....como o próprio nome diz, é o resto.... 

Na última Asas aventou-se a hipótese do (des)governo estar pensando em comprar o EH 101 Merlin para transporte VIP.

Ainda não temos muito como controlar, estas reservas só podem entrar PFs e Militares, e estrangeiros(*), mas tanto o EB como a FAB, estão adiquirindo equipamento de monitoração remota, justamente devido a estes desvios, se falassem para os petralhas que controlando o nióbio, eles poderiam roubar muito mais, talvez eles o fizessem.
 
 
Originally Posted by Lucianocf:
Originally Posted by guacyr:
Se o governo quiser arranjar dinheiro internacional sério, era só cobrar o nióbio contabandeado da reserva indígena la na amazônia, o Brasil dispõe de 98% das reservas de nióbio prospectadas, o Canadá 2%, com este dinheiro o Canadá dá um ótimo padrão de vida aos seus habitantes. e o nióbio brasileiro é regulado por uma bolsa em Londres.
 

 

Esse é apenas um dos muitos casos de contrabando de minerais que sofremos, e que somente vai aumentar com o tamanho descomunhal das reservas que estão sendo criadas em região de fronteira, e para completar, não temos condições adequadas (será que quem realmente governa deseja) de controlar/vigiar essas áreas.

 

Alguém aqui já comentou que um F-16 sem apoio aéreo vale menos que os modernizados F-5M.

 

No mais o governo já esqueceu esse negócio de espionagem. Apenas jogou para a plateia. 

Realmente, tudo encenação, inventando um inimigo externo para ganhar apoio do povo para ela, a espionagem foram nossas malvinas sem tiroteio.
 
Originally Posted by Sucateiro:

Alguém aqui já comentou que um F-16 sem apoio aéreo vale menos que os modernizados F-5M.

 

No mais o governo já esqueceu esse negócio de espionagem. Apenas jogou para a plateia. 

 

Realmente é uma boa argumentação, a empresa de Araxá eu já havia conhecido em 2009, e sabia do nióbio lá também, e é claro, na internet rola todos estes hoax, vi o vídeo do Eneas, mas quando fuzileiro servi na Amazonia, também, e estive no Jari que é mais próximo, e conversavamos bastante com outros militares, principalmente do exercito, que afinal eramos apenas tropa de apoio a eles, mas é claro existe bastante informação, desinformação e contra informação e esta pessoa que nunca ouvi falar trouxe toda esta argumentação, e os políticos nem havia ouvido sobre o assunto, e duvido da roubalheira toda, tivesse niobio no meio, só se os produtores deram dinheiro, como o PC Farias fez com a Petrobras, foi la lá e tirou um dinheiro para caixa deles.
 
Originally Posted by Miguel Angelo:

Guacyr,

 

Essa história do nióbio é , em boa parte, lenda.

 

Veja o video e tire suas conclusões:

 

 

com relaçao a dinheiro , dinheiro pro FX-2 e´ uma coisa, dinheiro pra comprar 12 caças tampoes pro lugar dos Mirage e outra, dinheiro pros tampoes e´ mixaria dentro do orçamento, e´ dinheiro de pinga

Aos companheiros algumas considerações...

1o. o perfil da aeronave: precisamos de interceptadores quase puros, como eram os mirage. Não acredito que os F-16 tenham este perfil pois na minha visão são muito mais próximos do F-5, logo não seriam talvez, o tampão para a situação;

2o. esta história da espionagem jogou uma pá de cal nos EUA por aqui;

3o. apesar dos pesares, lembro que o exército terminou recentemente de receber um lote de carros de combate Leopard da Alemanha, além de várias outras viaturas. A marinha está recebendo uma nova classe de navios de patrulha oceânicos, além dos helicópteros (idem exército e FAB), sem falar no Prosub (os submarinos diesel-elétricos e o famoso sub nuclear).

 

A FAB? bom... só o tempo pode realmente responder.

Originally Posted by Mazzo:

Aos companheiros algumas considerações...

1o. o perfil da aeronave: precisamos de interceptadores quase puros, como eram os mirage. Não acredito que os F-16 tenham este perfil pois na minha visão são muito mais próximos do F-5, logo não seriam talvez, o tampão para a situação;

2o. esta história da espionagem jogou uma pá de cal nos EUA por aqui;

Para estes dois tópicos acima a minha resposta continua a mesma:

Mais Mirage 2000 para tampão. Desta vez, de preferência, os 2000-9 que os árabes estão oferecendo. 

Mirage tampao!???...cruz credo!!......

 

Ja esta na hora de se exorcizar essa "conexao sangue-suga" francesa, que nos faz arrastar com avioes de qualidade, conservacao, utilidade e eficiencia duvidosas, ou mesmo inexistentes, a precos exorbitantes. logistica complicada e disponibilidade sempre comprometida...

 

Que venham, se necessario, F-16 para serem tampoes de alguma coisa...pelo menos sao avioes ja comprovados, e que podem, sim, ser utilizados como interceptadores puros, desde que equipados e armados para tal...

 

Edilson 

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