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Em 09 de agosto de 1943, a Portaria Ministerial Nº 4744, criava a ForÇa ExpedicionÁria Brasileira – FEB. Tinha inÍcio naquele momento a mais briosa aÇão que uma naÇão ruralizada e subdesenvolvida iria empreender para forma uma tropa combativa contra aqueles que eram considerados os melhores soldados do mundo.

 

O ano de 2013 marca o 70ª AniversÁrio de criaÇão da FEB. Alguma manifestaÇão pública ou reportagem sobre o tema? Alguma nota alusiva sendo proferida em escolas públicas? Pois É. Perguntas sem respostas: qual a legado  histÓrico para o Brasil da ForÇa ExpedicionÁria Brasileira? Qual a contribuiÇão que o sacrifÍcio de quase quinhentos mortos deixaram de liÇão para os brasileiros? Na mÁxima da ciÊncia, quando na afirmaÇão, o que move o mundo são as perguntas e não as respostas, temos algumas boas perguntas, mas que depois de sete dÉcadas não encontramos qualquer tentativa de resposta por parte do prÓprio Brasil. Quem responde? A mÍdia? A internet? O povo? O ExÉrcito? Ou esquecemos tudo e seguimos nossas vidas sem  olhas para trÁs.

 

A ForÇa ExpedicionÁria Brasileira foi criada pelo Brasil para ser o prÓprio Brasil no Teatro de OperaÇÕes da ItÁlia. Seus componentes foram brasileiros natos, com mÉdia de idade de 20 anos, portanto jovens pernambucanos, fluminenses, paulistas, capixabas, paranaenses, mineiros, enfim de vÁrios Estados e regiÕes do nosso paÍs. Foram enviados para ItÁlia, muitos voluntÁrios! Sustentavam no seu braÇo direito o sÍmbolo conhecido como “CoraÇão do Brasil” em seus uniformes.

 

Nos primeiros meses, apÓs as primeiras baixas brasileiras, os que sobreviviam não pensavam em outra coisa, a não se que aqueles que se sacrificaram, morreram pelo BRASIL. No cumprimento do dever que cabe a cada brasileiro! Não se sacrificaram por um regime de governo temporal, ou por uma presidente! Morreram pelo seu paÍs. Sustentando em seu coraÇão o prÓprio CORAÇãO DO BRASIL que estava em sues uniformes. Nenhum deles escolheu morrer na ItÁlia, eles queriam voltar vivos para suas famÍlias, mas sabiam que estavam ali para defender sua prÓpria terra e, portanto sua prÓpria gente!

 

Perplexidade minha quando percebo que a morte de brasileiros de nada valeu para esse Brasil do sÉculo XXI. Minha alma se entristece quando vejo que o Brasil passou 70 anos sem fazer a justa menÇão ao sacrifÍcio pÁtrio desses homens. Não estou querendo que faÇam arautos ou os coloquem como deuses pelo que fizeram, mas que eles sejam lembrados pelo exemplo de sacrifÍcio ao serviÇo do paÍs. Os nossos jovens precisam saber que outros jovens de geraÇÕes anteriores deram sua vida pelo Brasil que eles conhecem hoje.

 

A sua terra de campos verdejantes foram cultivadas por sangue, suor e lÁgrimas. Sangue dos que morreram, suor dos que trabalham e lÁgrimas das mães, esposas e filhas que perderam seus entes queridos com o CORAÇãO DO BRASIL EM SEUS UNIFORMES. SÓ quando os jovens conheceram e valorizarem o passado do seu paÍs, essa naÇão serÁ grande. Enquanto isso estaremos relegado a uma naÇão inculta e constantemente ameaÇada por ideologias corruptas e seus agentes corrosivos de nossa PÁTRIA AMADA.

 

Por Francisco Miranda

 

FEB: “VerÁs que um Filho Teu Não Foge A Luta!”. Mas e Agora?

 

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O descaso começou com o próprio Getúlio Vargas, que ao invés de dar as honras que os pracinhas mereciam, por motivos políticos(sempre eles!) determinou que os mesmos voltasse aos seus lugares e funções de origem, sem levar em consideração que muitos deles estavam mutilados ou com diversos problemas neurológicos em função da guerra, só vieram a ter um real reconhecimento(inclusive em termos de pensão) já nos anos 90, quando muitos deles já estavam mortos....Nem o regime militar que governou o país por vinte anos fez isso, só se lembravam dos pracinhas para desfiles militares. Tive a oportunidade de acompanhar a luta de um deles(que por sinal não chegou a embarcar, mas foi um membro muito ativo da Associação de Veteranos da FEB daqui de Belém), o falecido Antônio Miranda(herdei a maioria dos livros da biblioteca dele sobre Segunda Guerra, um rico acervo(inclusive muitos autografados pelos autores, como o livro "A Cobra Fumou" de autoria de Elza Cansação, que foi enfermeira na campanha da FEB na Itália e outra lutadora pela causa dos ex-combatentes) doado a mim pelo filho dele, o médico cardiologista Aristóteles Miranda...frequentavamos aos sábados pela manhã a livraria Apolo, na qual conversavamos muito sobre temas militares e correlatos, isso nos anos 90..). O seu Miranda era talvez o membro mais ativo da Associação de Veteranos de Belém, ia a escolas, jornais, promovia palestras etc...depois que ele morreu, as atividades dos pracinhas em divulgar sua história praticamente cessaram e o prédio da associação de ex-combatentes encontra-se praticamente abandonado, fechado....Por isso, dou o maior ponto em cada lançamento de livro sobre a participação do Brasil na II Guerra e a Campanha da FEB na Itália, que foi, salvo os muitos percalços e dificuldades encontrados, vitoriosa em todos os aspectos. Pouca gente se dá conta disso, mas no Dia V, nós brasileiros estavamos ao lado dos que venceram a guerra, apesar das simpatias de Getúlio & cia pelo outro lado, e isso é mérito também do povo brasileiro, que pressionou e foi as ruas de cara limpa(sem a necessidade de "máscaras" como os black blocs da vida)  exigir que o Brasil entrasse na Guerra ao lado dos Aliados.

Meu pai ex-combatente da FEB, ele contava, que quando voltaram, foram logo redistribuidos aos seus estados, pois eram 2mil homens treinados, armados e com experiência em combate, e Getúlio tinha medo que esta tropa desembarcando no Rio, capital, fosse usada para destituí-lo, e houve um reconhecimento, sem ufanismo, nos anos 60, saiu uma lei que todo ex-pracinha receberia um pensão, que seus filhos solteiros receberiam pós morte, e filhas mesmo casadas, minha irmã recebe até hoje.
Originally Posted by MÁRCIO PINHO:

O descaso começou com o próprio Getúlio Vargas, que ao invés de dar as honras que os pracinhas mereciam, por motivos políticos(sempre eles!) determinou que os mesmos voltasse aos seus lugares e funções de origem, sem levar em consideração que muitos deles estavam mutilados ou com diversos problemas neurológicos em função da guerra, só vieram a ter um real reconhecimento(inclusive em termos de pensão) já nos anos 90, quando muitos deles já estavam mortos....Nem o regime militar que governou o país por vinte anos fez isso, só se lembravam dos pracinhas para desfiles militares. Tive a oportunidade de acompanhar a luta de um deles(que por sinal não chegou a embarcar, mas foi um membro muito ativo da Associação de Veteranos da FEB daqui de Belém), o falecido Antônio Miranda(herdei a maioria dos livros da biblioteca dele sobre Segunda Guerra, um rico acervo(inclusive muitos autografados pelos autores, como o livro "A Cobra Fumou" de autoria de Elza Cansação, que foi enfermeira na campanha da FEB na Itália e outra lutadora pela causa dos ex-combatentes) doado a mim pelo filho dele, o médico cardiologista Aristóteles Miranda...frequentavamos aos sábados pela manhã a livraria Apolo, na qual conversavamos muito sobre temas militares e correlatos, isso nos anos 90..). O seu Miranda era talvez o membro mais ativo da Associação de Veteranos de Belém, ia a escolas, jornais, promovia palestras etc...depois que ele morreu, as atividades dos pracinhas em divulgar sua história praticamente cessaram e o prédio da associação de ex-combatentes encontra-se praticamente abandonado, fechado....Por isso, dou o maior ponto em cada lançamento de livro sobre a participação do Brasil na II Guerra e a Campanha da FEB na Itália, que foi, salvo os muitos percalços e dificuldades encontrados, vitoriosa em todos os aspectos. Pouca gente se dá conta disso, mas no Dia V, nós brasileiros estavamos ao lado dos que venceram a guerra, apesar das simpatias de Getúlio & cia pelo outro lado, e isso é mérito também do povo brasileiro, que pressionou e foi as ruas de cara limpa(sem a necessidade de "máscaras" como os black blocs da vida)  exigir que o Brasil entrasse na Guerra ao lado dos Aliados.

 

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