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Pra quem não sabe, a Linha Maginot foi um gigantesco complexo de casamatas, fortificaÇÕes e obstÁculos construÍdos pela FranÇa, na fronteira com a Alemanha, para deter uma invasão por parte dessa.

Não funcionou porque os alemães, na WWII, entraram na FranÇa atravÉs dos PaÍses Baixos, então ocorreram apenas ataques em pontos esporÁdicos na extremidade da Linha.

Peguei essas fotos no FÊici, mostrando um pequeno bunker de metralhadora, de aÇo fundido, e que foi vÍtima de ataques com canhÕes. Não tem nenhuma referÊncia quanto a localizaÇão ou a data que foi atacado, mas É impressionante o estrago que foi feito. Poucos projÉteis penetraram, mas imaginem o barulho que deve ter sido lÁ dentro. 

Notar o projÉtil encravado no aÇo. Pelo tamanho, deve ser um de 50mm ou 75mm.

 

http://en.wikipedia.org/wiki/Maginot_Line

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Olhem essa outra foto, de um projÉtil encravado no mantelete do canhão de um Tiger I. A espessura do mantelete era de 120 mm de aÇo blindado. Imagina a forÇa necessÁria para cravar um projÉtil aÍ.

 

 

Essa É outra torre, mas aqui jÁ mostra ela num suporte para trocar o mantelete, e pedaÇos dele numa mesa, onde dÁ pra ver bem a grossura da peÇa, que foi quebrada por impactos.

 

 

E de bÔnus, um Panther com um projÉtil perfurante encravado no mantelete tambÉm.

 

 

Essa daqui mostra um projÉtil britânico de 17 libras que penetrou parcialmente na blindagem frontal de um Tiger. Impressionante, nÉ?

 

 

 

Last edited by fernando frota melzi
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Show de fotos a maioria ainda não tinha visto.Realmente muito impressionante!

Mas agora com as novas ogivas essa proteção não é mais eficaz.

 

Ogivas HEATs.



1 - Cobertura balística. Na verdade serve para: a) manter o melhor coeficiente aerodinâmico possível ao projétil como um todo, visando maximizar o efeito propulsivo e aumentar o alcance e precisão; b) manter a espoleta que detona a carga em distância ótima ao seu maior poder destrutivo, já que se explodir perto demais o jato destruidor não alcançará sua melhor performance e longe demais começará a se dissipar e c) dar alguma proteção ao mecanismo interno da ogiva. 

2 - Redutor. Serve para melhor concentrar o jato numa direção só, ou seja, tão reto à frente e tão fino quanto possível, visando a maior penetração possível..

3 - Cone de metal, que serve para a) moldar a carga explosiva e manter sua coesão e b) unir-se ao efeito da explosão contra o alvo. Nas HEATs mais comuns usa-se o cobre mas foram (e continuam sendo) testadas muitas outras, como alumínio, tântalo (que tem sido usado em armas mais modernas), molibdênio e até urânio exaurido. 

4 - Detonador da carga explosiva.

5 - Carga explosiva. As mais comuns são feitas de Octol (baseado em HMX ou Ocotogênio, um explosivo potentíssimo porém excessivamente sensível para ser seguro no uso, então é misturado com outros componentes mais estáveis como TNT) ou outros baseados em RDX que, com misturas semelhantes, formas os chamados Ciclotols ou Ciclonitas. Daria para ir bem mais longe nesta explicação mas aí se estaria infringindo leis vigentes...

6 - Iniciador piezoelétrico do detonador. Ao entrar em contato com o alvo, produz uma corrente elétrica que ativa o detonador em distância ótima.


Ogivas HEAT têm tido diversos usos militares, não apenas para serem disparadas contra veículos blindados. Por exemplo, os engenheiros alemães em Eben Emael usaram cargas assim para demolir ou abrir brechas nas fortificações, e aí vemos outra peculiaridade da HEAT: independe de velocidade inicial para fazer efeito! Também podem ser usadas desde RPGs comuns até sofisticados mísseis AC (além de minas AC, torpedos, granadas disparadas por fuzil e mesmo submunições - Bomblets - aerolançadas em bombas Cluster), e mesmo em munições de artilharia, embarcadas em CC ou não. 
Mas neste último caso enfrentam a concorrência das munições puramente cinéticas, como as APFSDS que, com sua muito maior velocidade inicial, dão menor chance aos CCs inimigos para tentarem uma reação/manobra evasiva. 

 

E ainda temos outras como:

OGIVA DE ATAQUE PELA VIA SUPERIOR (Top Dawn Attack)

Visa atingir o CC inimigo pelo seu ponto mais vulnerável, a parte superior. Confiram a letalidade de um ataque assim. É um TOW2B pegando um T-72. Notar que a torreta sai voando como uma rolha de champanhe...

https://www.youtube.com/watch?v=QUMxZ34Ptco#t=73

 

Agora as coisas ficaram mais complicadas para as tripulações de tanques.

Last edited by mariolucio

Hoje em dia, os novos projéteis APFSDS, as "flechas de prata", podem penetrar quase 800 mm de aço blindado maciço. Atravessaria um bunker desses como se fosse manteiga.

 

Esse T-72 foi atravessado por um projétil APFSDS de um Abrams.

 

Last edited by fernando frota melzi

Blindagenzinha fina essa do Tiger, não acham?   

 

 

Cá entre nós, pra esse bunker sofrer tudo isso, alguma coisa o francês deve ter dito pro alemão...   

 

Tipo: Cozinhar o brioche no fornô do sua mãe...Merci...

Last edited by José Luiz Vieira

Com certeza. Uma única penetração iria jogar um porrilhão de lascas de metal ardentes em altíssima velocidade dentro do bunker. Quem estivesse lá dentro não teria a menor chance.

E nem precisa de explosivos para isso. A própria energia cinética do projétil já garante o estrago.

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